Por toda parte na Terra, vemos o fantasma do supérfluo enterrando a alma do homem no sepulcro da provação.
Supérfluo de posses estendendo a ambição…
Supérfluo de dinheiro gerando intranquilidade…
Supérfluo de preocupações imaginárias abafando a harmonia…
Supérfluo de indagações empanando a fé…
Supérfluo de convenções expulsando a caridade…
Supérfluo de palavras destruindo o tempo…
Supérfluo de conflitos mentais determinando o desequilíbrio…
Supérfluo de alimentação aniquilando a saúde…
Supérfluo de reclamações arrasando o trabalho…
No entanto, se o homem vivesse de acordo com as próprias necessidades, sem exigir o que ainda não merece, sem esperar o que não lhe cabe, sem perguntar fora do propósito e sem reprovar nos outros aquilo que ainda não retificou em si mesmo, decerto a existência na Terra estaria exonerada da grande maioria dos tributos que aí se pagam quase diariamente à perturbação.
Se procuras no Cristo o mentor de cada dia, soma as tuas possibilidades no bem, subtrai as próprias deficiências, multiplica os valores do próprio serviço e divide o amor para com todos, a fim de que os que te cercam aprendam com a vida o que convém realmente à própria segurança.
O problema da felicidade não está em sermos possuídos pelas posses humanas, quaisquer que elas sejam, mas em possuí-las, com prudência e serenidade, usando-as no bem para os semelhantes, que resultará sempre em nosso próprio benefício.
Alija o supérfluo de teu caminho e acomoda-te com o necessário à tua paz.
Somente assim encontrarás em ti mesmo o espaço mental indispensável à comunhão clara e simples com o nosso Divino Mestre e Senhor.
(Plantão da paz. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)