Natal! – enquanto enfarpelas
teu salão aurifulgente,
desfilam, junto às janelas,
as dores de muita gente.
Natal!... Um pobre foi visto,
passando sobre pedradas.
Soube, depois, que era o Cristo
batendo as portas fechadas.
Natal! Quem foge ao preceito
de repartir o seu pão
carrega um calhau no peito,
em forma de coração.
O Natal em toda idade
é sempre nova alegria,
mas nos dons da caridade,
o Natal é todo dia.
Natal!... Festeja esquecendo
quaisquer preconceitos vãos...
Natal é Jesus dizendo
que todos somos irmãos.
(Antologia mediúnica do Natal. Espírito Leôncio Correia. Psicografado por Chico Xavier)