“Por isso, diz também a sabedoria de Deus: — Profetas e apóstolos lhes mandarei, e eles matarão uns, e perseguirão outros.” — Jesus (Lucas, 11:49)
Profetas e apóstolos não vivem tão somente nos círculos dos preceitos religiosos.
Tempo virá em que o conceito da revelação divina abrangerá todos os departamentos das atividades úteis e generosas.
O serviço nobre, em todos os tempos, requisita missionários da visão e apóstolos da ação.
São eles que enriquecem os patrimônios da vida, recebem a onda de inspiração das Esferas Superiores e ambientam as ideias do bem, plasmando-as, em seguida, através de serviços inestimáveis à coletividade.
Entretanto, a multidão e a vulgaridade jamais entenderam semelhantes trabalhadores, no tempo adequado. Sejam cooperadores da religião, da ciência ou da economia, experimentam perseguições e ataques dolorosos que lhes fenecem a justa noção da soledade em que passam no mundo.
Não se lhes perdoa a superioridade, nem se lhes entende a visão ou o serviço nobre.
Trava-se a luta. Às vezes, os trabalhadores são candidatos à posição de profetas ou apóstolos, porque o homem, em todas as circunstâncias deverá a si próprio a elevação ou a decadência e, quando isso se verifica, a vulgaridade costuma vencer.
Falha, em parte, a experiência de maior ascensão.
Todavia, quando o profeta ou o apóstolo já se identificou à exata união com Deus, torna-se elemento de trabalho da Providência Divina.
Constitui-se em seu enviado na Terra e, atropelado, esmagado, perseguido, o trabalhador fornece testemunho em si mesmo, e atinge seus fins, cedo ou tarde, atendendo com valor aos desígnios de Deus.
(Harmonização. Cap. 6. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)