POR QUE ALGUNS ESPÍRITAS DIZEM QUE A LEITURA DE LIVROS ESPÍRITAS OU PARTICIPAR DAS SESSÕES MEDIÚNICAS DÁ SONO?

De acordo com Divaldo Franco, "O sono normalmente decorre da falta de hábito da leitura, excepcionalmente quando a pessoa está em processo obsessivo, durante o qual as entidades inimigas operam por meio de hipnose, para impedirem àquele que está sob o seu guante que se esclareça, que se ilumine, e, conseqüentemente, se liberte. Mas, não em todos os casos. Na grande maioria, as pessoas cochilam na hora da leitura porque não se interessam e não fazem o esforço necessário para se manterem lúcidas. Como também cochilam durante a sessão, por não estarem achando-a interessante, já que vão ao cinema, ficam diante da televisão até altas horas, quando os programas lhes agradam, na maior atividade. Assim, não respeitam a Doutrina que abraçaram." (Diretrizes de segurança. Item 88. Divaldo Franco / Raul Teixeira)

Segundo Raul Teixeira, as causas  do sono durante a reunião mediúnica podem ser várias: " Desde o cansaço físico, quando o indivíduo que vem de atividades muito intensas e que, ao sentar-se, ao relaxar-se, naturalmente é tomado pelo torpor da sonolência. Também, pode ser causado pela indiferença, pelo desligamento, quando alguém está num lugar, fisicamente, entretanto, pensando em outro, desejando não estar onde se acha. Compelido por uma circunstância qualquer, a pessoa se desloca mentalmente.

O sono pode, ainda, ser provocado por entidades espirituais que nos espreitam e que não têm nenhum interesse em nosso aprendizado para o nosso equilíbrio e crescimento.

Muitas vezes, os companheiros questionam. "Mas nós estamos no Centro Espírita, estamos num campo protegido e como o sono nos perturba?"

Temos que entender que tais entidades hipnotizadoras podem não penetrar o circuito de forças vibratórias da Instituição ficam do lado de fora. Mas, a pessoa que entrou no Centro, na reunião não sintonizou-se com o ambiente, continua vinculada aos que se conservam fora, e através dessa porta, desse plug aberto, ou dessa tomada, as entidades que ficaram lá de fora lançam seus tentáculos mentais, formando uma ponte. Então, estabelecida a ligação atuam na intimidade dos centros neuroniais desses incautos, que dormem, que se dizem desdobrar: "Eu não estava dormindo... apenas desdobrei, eu ouvi tudo...

Eles viram e ouviram tudo o que não fazia parte da reunião. Foram fazer a viagem com as entidades que os narcotizaram. "(Diretrizes de segurança. Item 53. Divaldo Franco / Raul Teixeira)

Hermínio C. Miranda, autor do livro "Diálogo com as Sombras", no Cap. 38, faz o seguinte apontamento: Os autores espirituais de O LIVRO DOS ESPÍRITOS foram inequívocos nesse, como em todos os outros pontos de seus ensinamentos. Aqueles que se sintonizarem com as faixas inferiores... "(...) vão, enquanto dormem, ou a mundos inferiores à Terra, onde os chamam velhas afeições, ou em busca de gozos quiçá mais baixos do que os em que aqui se deleitam. Vão beber doutrinas ainda mais vis, mais ignóbeis, mais funestas do que as que professam entre vós." (O Livro dos Espíritos. Questão 402. Allan Kardec)

"Induzidos pelo impacto de comando do hipnotizador, os hipnotizados produzem oscilações mentais com freqüência peculiar a cada um, oscilações essas que, partindo deles, entram automaticamente em relação com a onda de forças positivas do magnetizador, voltando a eles próprios com a sugestão que lhes é desfechada, estabelecendo para si mesmos o campo alucinatório em que lhe responderão aos apelos. (...)Emprega-se comumente a palavra "alucinação" para designar tal fenômeno; contudo, a definição não é praticamente segura, de vez que na ocorrência não entra em jogo o devaneio ou a ilusão." (Mecanismos da Mediunidade. Cap. 13 e 19. Espírito André Luiz.  Psicografado por Chico Xavier)

No livro "Missionários da luz", o instrutor Alexandre faz o seguinte esclarecimento ao Espírito André Luiz sobre alguns encarnados, que ainda se mantém ligados aos Espíritos inferiores, após participarem das reuniões mediúnicas:

"Eles ainda se encontram sob as irradiações do banho de luz a que se submeteram, através do serviço espiritual com a oração. Se conseguissem manter semelhante estado mental, pondo em prática as regras de perfeição que aprendem, comentam e ensinam, fácil lhes seria atingir positivamente o nível superior da vida; entretanto, André, como nós, que em outros tempos fomos inexperientes e frágeis, eles, agora, ainda o são também. Cada hábito menos digno, adquirido pela alma no curso incessante dos séculos, funciona qual entidade viva, no universo de sentimentos de cada um de nós, compelindo-nos às regiões perturbadas e oferecendo elementos de ligação com os infelizes que se encontram em nível inferior. Examine os nossos amigos encarnados, com bastante atenção.

- Acompanhemos o grupo, onde se encontra o nosso irmão mais fortemente atacado pelas inquietações do sexo - Exclamou o orientador, proporcionando-me valiosa experiência. O rapaz, em companhia de uma senhora idosa e de uma jovem, que logo percebi serem sua mãe e irmã, punha-se de regresso ao lar.

(...)Três entidades de sombrio aspecto, absolutamente cegas para com a nossa presença, em vista do baixo padrão vibratório de suas percepções, acercaram-se do trio sob nossa observação.

Encostou-se uma delas à senhora idosa e, instantaneamente, reparei que a sua fronte se tornava opaca, estranhamente obscura.

Seu semblante modificou-se. Desapareceu-lhe o júbilo irradiante, dando lugar aos sinais de preocupação forte. Transfigurara-se de maneira completa.

- Oh! Meus filhos - exclamou a genitora, que parecia paciente e bondosa -, por que motivo somos tão diferentes no decurso do trabalho espiritual? Quisera possuir, ao retirar-me de nossas orações coletivas, o mesmo bom ânimo, a mesma paz íntima. Isso, porém, não acontece. Ao retomar o caminho da luta prática, sinto que a essência das preleções evangélicas persevera dentro de mim, mas de modo vago, sem aquela nitidez dos primeiros minutos. Esforço-me sinceramente para manter a continuação do mesmo estado d'alma; entretanto, algo me falta, que não sei definir com precisão.

Nesse momento, as duas outras entidades, que ainda se mantinham distanciadas, agarraram-se comodamente aos braços do rapaz, que ofereceu aos meus olhos o mesmo fenômeno. Embaciou-se-lhe a claridade mental e duas rugas de aflição e desalento vincaram-lhe as faces, que perderam aquele halo de alegria luminosa e confiante. Foi então que ele respondeu, em voz pausada e triste:

- É verdade, mamãe. Enormes são as nossas imperfeições. Creia que a minha situação é pior. A senhora experimenta ansiedade, amargura, melancolia... É bem pouco para quem, como eu, se sente vítima dos maus pensamentos. Casei-me há menos de oito meses e, não obstante o devotamento de minha esposa, tenho o coração, por vezes, repleto de tentações descabidas.

(...)Preocupado em fazer algum bem, ponderei: - Quem sabe poderíamos conduzir estas entidades ao devido fortalecimento? Não será razoável doutriná-las, incentivando-as ao equilíbrio e ao respeito próprio?

- Semelhante recurso - falou Alexandre, complacente - não  foi esquecido. Essa providência vem sendo efetuada com a perseverança e o método precisos. Todavia, tratando-se de um caso em que os encarnados se converteram em poderosos ímãs de atração, a medida exige tempo e tolerância fraternal. (...) De qualquer modo, esteja convicto de que toda a assistência tem sido prestada aos amigos sob nossa observação. Se ainda não avançaram, todos eles, no terreno da espiritualidade elevada, isto só se verifica em razão da fraqueza e da ignorância a que vivem voluntariamente escravizados. Colhem o que semeiam."  (Missionários da luz. Cap. 5. Espírito André Luiz. Psicografado por Chico Xavier)

Com relação ao desdobramento em serviço, "Raros Espíritos encarnados conseguem absoluto domínio de si próprios, em romagens de serviço edificante fora do carro de matéria densa." (Nos Domínios da Mediunidade. Cap. 11. Espírito André Luiz. Psicografado por Chico Xavier)

Diante deste fato, Raul Teixeira afirma: " Por isso recomendamos àqueles que estão cansados fisicamente, que façam um ligeiro repouso antes da reunião ainda que seja por poucos minutos, para que o organismo possa beneficiar-se do encontro, para que fiquem mais atentos durante o trabalho doutrinário, levantar-se, borrifar o rosto com água fria, colocar-se em uma posição discreta, sempre que possível ao fundo do salão, em pé, sem encostar-se, a fim de lutar contra o sono.

Apelar para a prece, porque sempre que estamos desejosos de participar do trabalho do bem, contamos com a eficiente colaboração dos Espíritos Bondosos. Faze a tua parte que o céu te ajudará.

Temos, então, o sono como esse terrível adversário de nossa participação, de nosso aprendizado, de nosso crescimento espiritual. Não permitamos que ele se apodere de nós. Lutemos o quanto conseguirmos, e deveremos conseguir sempre, para combatê-lo, para termos bons frutos no bom aprendizado. " (Diretrizes de segurança. Item 53. Divaldo Franco / Raul Teixeira)

Voltar

Passatempo Espírita © 2013 - 2024. Todos os direitos reservados. Site sem fins lucrativos.

Desenvolvido por Webnode