De acordo com Herculano Pires, "Não se pode curar obsessões com sal grosso, folhas de arruda, incenso ou explosão de pólvora, nem com medalhas, crucifixos ou água benta. A obsessão é um processo inteligente desencadeado por espíritos – o que vale dizer por inteligências extrafísicas que não são atingidas por essas coisas. Pois eles vivem no plano espiritual, não no material e conhecem o problema da comunicação mediúnica e do envolvimento fluídico. Só podemos afastar uma entidade obsessiva pela persuasão e a prece, procurando esclarecê-la ao invés de dar-lhe ordens que só que fazem irritá-la." (O Centro Espírita. Cap. 9. J. Herculano Pires)
Aliás, para realizar a cura de doenças, os Espíritos Superiores ensinam apenas a simples imposição de mãos usada e ensinada por Jesus. Allan Kardec explica que as pessoas não diplomadas podem tratar "os doentes pelo magnetismo; pela água magnetizada, que não é senão uma dissolução do fluido magnético; pela imposição das mãos, que é uma magnetização instantânea e poderosa; pela prece, que é uma magnetização mental". (Revista Espírita. Julho de 1867. A lei e os médiuns curadores. Allan Kardec)
" A crítica malévola teve prazer em representar as comunicações espíritas como cercadas pelas práticas ridículas e supersticiosas da magia e da necromancia. Se aqueles que falam do Espiritismo sem o conhecer se tivessem dado ao trabalho de estudar aquilo de que querem falar, ter-se-iam poupado esforços de imaginação ou alegações que servem somente para provar sua ignorância ou sua má vontade. Para a edificação das pessoas alheias à ciência, diremos que não há, para se comunicar com os Espíritos, nem dias, nem horas, nem lugares que sejam mais propícios do que outros; que não é preciso, para evocá-los, nem fórmulas, nem palavras sacramentais ou cabalísticas; que não se precisa de nenhuma preparação nem de nenhuma iniciação; que o emprego de todo sinal ou objeto material, quer para atraí-los, quer para repeli-los, é sem efeito, e o pensamento basta; enfim, que os médiuns recebem as comunicações deles sem sair de seu estado normal, tão simples e naturalmente como se elas fossem ditadas por uma pessoa viva. Unicamente o charlatanismo poderia afetar maneiras excêntricas e acrescentar acessórios ridículos. " (O Céu e o inferno. Cap. 10. Item 10. Allan Kardec)
Segundo Herculano Pires, "Todas as formas rituais do passado mágico e religioso não passam de adendos pretensiosos dos homens à técnica natural e simples do Evangelho. " (Ciência espírita e suas implicações terapêuticas. Cap. 8. J. Herculano Pires)