POR QUE A APOMETRIA NÃO DEVE SER INSERIDA NO CENTRO ESPÍRITA?

        A apometria não é uma prática recomendada pelos Espíritos Superiores, pois não é necessário e nem indicado promover o desdobramento do indivíduo (desprender a alma do corpo físico),  para obter tratamento espiritual.
        Segundo Allan Kardec, " Todo magnetizador pode tornar-se  médium curador, se souber fazer-se assistir por bons Espíritos. (...) Como a todos é dado apelar aos bons Espíritos, orar e querer o bem, muitas vezes basta impor as mãos sobre uma dor para acalmá-la; é o que pode fazer qualquer indivíduo, se ele estiver dotado de fé, fervor, vontade e confiança em Deus." (Revista Espírita.  Setembro de 1865. Da mediunidade curadora. Allan Kardec)
        Bem sabemos, hoje, pelos informes da Doutrina Espírita, dos riscos que corre o Espírito desatento e desprevenido, em tais desdobramentos (Diálogo com as sombras. Cap. 38. Hermínio C. Miranda).
        Segundo os Espíritos Superiores,  aqueles que se sintonizarem com as faixas inferiores, "esses vão, enquanto dormem, ou a mundos inferiores à Terra, onde os chamam velhas afeições, ou em busca de gozos quiçá mais baixos do que os em que aqui tanto se deleitam. Vão beber doutrinas ainda mais vis, mais ignóbeis, mais funestas do que as que professam entre vós. "(O Livro dos Espíritos .Questão 402 . Allan Kardec)
        Muitos ignoram como isso é autêntico, duma trágica e dolorosa autenticidade. Companheiros encarnados, até mesmo declaradamente espíritas, comparecem a esses núcleos de alucinação dos sentidos, ou aos centros de irradiação de doutrinas nefastas que tentam, aqui, entre nós, implantar, como “reformulações”, “modernizações” e “atualizações” da Doutrina Espírita, ou fundam movimentos paralelos, tão logo  lhes seja possível apossarem-se de organizações terrenas que lhes forneçam a base de que necessitam para os seus propósitos. É lá, nessas regiões tenebrosas, que se praticam as mais lamentáveis formas de lavagem cerebral e hipnose. (Diálogo com as sombras. Cap. 38. Hermínio C. Miranda)
        De acordo com o Espírito André Luiz, "Raros Espíritos encarnados conseguem absoluto domínio de si próprios, em romagens de serviço edificante fora do carro de matéria densa. Habituados à orientação pelo corpo físico, ante qualquer surpresa menos agradável, na esfera de fenômenos inabituais, procuram instintivamente o retorno ao vaso carnal, à maneira do molusco que se refugia na própria concha, diante de qualquer impressão em desacordo com os seus movimentos rotineiros." (Nos domínios da mediunidade. Cap. 11. Espírito André Luiz.  Psicografado por Chico Xavier)
        Além disso, não é recomendável expulsar o obsessor pela força. Segundo, Hermínio C. Miranda, " (...) o obsessor não deve ser arrancado à força ou expulso. Ele precisa ser convencido a abandonar seus propósitos e levado ao arrependimento. Isto se faz buscando com ele um entendimento, um diálogo, pelo qual procuremos educá-lo moralmente, mas sem a arrogância do mestre petulante, e sim com o coração aberto do companheiro que procura compreender as suas razões, o núcleo de sua problemática, o porquê da sua revolta, do seu ódio. Por mais violento e agressivo que seja, é invariavelmente um Espírito que sofre, ainda que não o reconheça. A argumentação que utilizarmos tem que ser convincente. " (Diálogo com as sombras. Cap. 10. Hermínio C. Miranda). Aliás,  o obsidiado (o doente) também precisa fazer esforços para se corrigir e melhorar, pois foram as suas más tendências que atraíram o Espírito obsessor para perto de si.

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