Perdão é a possibilidade de trabalhar no resgate de nossas próprias faltas, é a luz
do arrependimento que nos clareia a estrada ainda mesmo depois de nos arrojarmos às trevas interiores, é o ar que respiramos, generoso e puro, mesmo além do nosso gesto que maculou a simplicidade da Natureza.
O Pai desculpa os filhos proporcionando-lhes novo ensejo á corrigenda e à
santificação, e, se o Todo-Compassivo nos tolera em semelhante clima construtivo, cabe-nos igualmente esquecer todo mal, na consideração dos próprios males que já praticamos, aproveitando todas as horas de nossa experiência no tempo para engrandecer a bondade, sem a qual não seguiremos para a frente.
A justiça funciona até que o amor tome posse do coração e da vida.
Onde há fraternidade, há compreensão. E onde há entendimento, há perdão com
absoluto olvido da ofensa e trabalho espontâneo a benefício do ofensor, com as melhores vibrações de simpatia.
Enquanto alimentamos as pequenas discórdias, colaboramos com as grandes
guerras, e, enquanto sustentamos adversários, garantimos focos infecciosos de raios mentais destruidores contra nós.
Recordemos o Cristo e lembremo-nos de que o Senhor silenciou perante a justiça.
Seu Espírito Divino pairava acima de todas as disputas humanas e, por isso mesmo, descerrando o coração cheio de amor, converteu-se, na cruz, em lâmpada celeste acesa no mundo para todos os séculos da Humanidade, indicando-nos o glorioso roteiro da Vida Eterna.
(Escrínio de Luz. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)