Era uma vez um lindo peixinho chamado Dourado que morava num grande lago de águas azuladas. Dourado tinha muitos companheiros: o peixinho Vermelho, o Pintado, o Prateado, o Barrigudinho e outros, bonitos e interessantes.
Quando peixinho Dourado e seus amigos saíam a passear, os velhos moradores do lago Azul ficavam contentes. Tudo parecia estar em festa! Os peixinhos eram muitos divertidos, nadavam para lá e para cá, girando as barbatanas, um atrás do outro, num engraçado brinquedo de pega-pega. O fundo do lago tornava-se, então, movimentado e colorido.
Certa vez, um grande silêncio se fez no lago. Os seus moradores estavam descansando. De repente as águas começaram a movimentar-se. Alguém saíra! Quem seria?... Ah!...Era o peixinho Dourado que nadava para cá e para lá, com suas bonitas barbatanas cor de ouro. Muito curioso, pensou:
- Que haverá mais em cima? será tão bonito como aqui?... Vou subir um pouco para espiar.
No princípio meio assustado, depois mais corajoso, o peixinho foi subindo, levado pela curiosidade. Até que chegou à superfície do lago:
- Ah, que susto! - gritou todo tremulo, mergulhando de volta. - Que terrível clarão!... Quase fico cego.
Mas, apesar do susto, o peixinho Dourado não desistiu de ver o que havia fora d'água. Várias vezes voltou à tona até que seus olhos se acostumaram com aquela claridade. Olhou, então, atentamente, para tudo o que cercava o grande lago.
- Que beleza! - exclamou entusiasmado. - Nunca vi coisa igual!
Dourado olhava para o lindo céu azul, onde nuvens se amontoavam como algodão-doce. Viu também o Sol que esparramava seus raios por toda parte, iluminando e aquecendo tudo.
Ao voltar-se para a margem do lago, viu árvores cheias de passarinhos que saltitavam de galho em galho, macacos que faziam as mais incríveis piruetas, frutos e flores coloridos, crianças brincando com pequenos barcos. E as borboletas, voando de flor, cortando os ares com suas asas multi coloridas.
- Que lindeza! - pensava o peixinho. - Quem teria feito tudo isso? Que pena meus amigos não estarem aqui! Vou depressa contar para eles as maravilhas que descobri.
E assim dizendo, nadou para o fundo do lago em busca dos amigos.
Os peixinhos ficaram encantados com a descoberta de dourado e faziam perguntas e mais perguntas que o peixe respondia sempre, achando-se mesmo muito sabido. Foi então que Barrigudinho indagou, intrigado:
- Mas, afinal, quem fez tanta beleza?
Ah! Essa pergunta Dourado não sabia responder. Porém, como costumava dizer a verdade, falou logo:
- Não sei, não sei...Também, gostaria de saber quem fez aquelas maravilhas.
- E por que não perguntamos ao senhor Peixoto? - falou o peixinho Vermelho. - Ele é um velho morador deste lago e sabe muitas coisas!
- É mesmo! - gritaram os outros. - Vamos procurá-lo.
E os peixinhos, curiosos e agitados, foram ao encontro do senhor Peixoto. ele os ouviu com muita atenção e falou:
- Há seres diferentes de nós e tudo, tudo o que existe, é obra de Deus, o único Criador de todas as coisas.
- Deus? - exclamou os peixinhos, a uma só voz.
- Sim, DEUS! - tornou a falar o sábio peixe. - Deus é que fez as belezas que Dourado viu na superfícies. O céu, o Sol, as árvores, as flores, os frutos, os animais, as pessoas...
Senhor Peixoto parou um pouco, mas vendo que os peixinhos não se moviam, interessados, continuou:
- Olhem à volta de vocês... Tudo o que temos neste lago, que é a nossa casa, também foi criado por Deus! A água, as pedras, os grãos de areia, as plantas e até nós mesmos.
- Oh! Nunca havia pensado nisso! Deus é o máximo! - Exclamavam os peixinhos.
o velho morador do lago pediu silêncio e terminou:
- Deus, Criador de tudo o que existe, nós agradecemos e demonstramos o nosso amor pelo Senhor amando tudo o que o Senhor criou.
Os peixinhos, calados, sentiram grande respeito pela criação divina e despediram-se, agradecidos àquele peixe tão sábio. Foram brincar com sempre, no mesmo lago Azul, mas agora alguma coisa estava diferente...
(Evangelização Infanto-Juvenil - Aliança Espírita Evangélica)