Sim, Mãezinha, a dor é a nossa amiga e, principalmente para as Mães, a jornada terrena é testemunho de sacrifício...
Muitas vezes, escuto-lhe as perguntas silenciosas e para responder a elas desejaria materializar o meu próprio coração, de modo a revelar-lhe o meu carinho...
Entre nós dois, vivem agora, juntas, a névoa da saudade e a luz da esperança.
Meu afeto é sempre seu a sua ternura é sempre minha, mas não nos esqueçamos da grande família humana, na qual nos integramos.
Os necessitados e os sofredores são nossos irmãos mais próximos.
Dividamos com eles o tesouro de nosso amor.
O sofrimento dá-nos compreensão e a compreensão confere-nos crescimento espiritual.
Reconhecemos, por isso, que a nossa família se encontra, hoje, em toda a parte.
Os filhos sem Mãe e as Mães angustiadas, os aflitos e os tristes, respiram em todos os lugares, contando com o nosso consolo e com as nossas mãos.
Auxiliemos, assim, desassombradamente, amando e ser-vindo, sem vacilação e sem receio.
Dores e dificuldades são nossas portas de iluminação e enriquecimento, se soubermos abri-las com entendimento e boa vontade.
Aceitemos nossas provas, por mais dolorosas e por mais rudes, como nossas beneméritas instrutoras, e cresceremos para o Senhor, através do cumprimento denossos deveres, marchando, cada vez mais unidos, para a nossa comunhão integral.
(Cartas do coração. Espírito Raymundinho. Psicografado por Chico Xavier).