Segundo Allan Kardec, "As sociedades religiosas meditam as Escrituras. As sociedades espíritas devem fazer o mesmo e grande proveito tirarão daí para seu progresso, instituindo conferências em que seja lido e comentado tudo o que diga respeito ao Espiritismo, pró ou contra." (O Livro dos Médiuns. Segunda parte. Cap. 29. Allan Kardec)
"O Espiritismo, pois, nem descobriu, nem inventou os médiuns, mas descobriu as leis da mediunidade, e a explica. Assim, é a verdadeira chave para a compreensão do Antigo e do Novo Testamentos, onde abundam os fatos deste gênero. Foi por falta dessa chave que se fizeram tantos comentários contraditórios, que nada explicam. " (Revista Espírita. Novembro de 1865. O Patriarca José e o Vidente de Zimmerwald. Allan Kardec)
"O Velho Testamento é o alicerce da Revelação Divina. O Evangelho é o edifício da redenção das almas." (O Consolador. Questão 282. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)
"O Velho Testamento é a história da preparação do mundo para o advento do Cristo. O Novo Testamento é a história desse advento e a exposição profética de seus resultados." (Elucidações Evangélicas. Fontes e Cronologia do Novo testamento. Antônio Luiz Sayão).
De acordo com Léon Denis, " O Antigo Testamento é o livro sagrado de um povo - o povo hebreu; o Evangelho é o livro sagrado da Humanidade. As verdades essenciais que ele contém acham-se ligadas às tradições de todos os povos e de todas as idades.
A essas verdades, porém, muitos elementos inferiores vieram associar-se. Nesse ponto de vista o Evangelho pode ser comparado a um vaso precioso em que, no meio da poeira e das cinzas, se encontram pérolas e diamantes. A reunião dessas gemas constitui a pura doutrina cristã. " (Cristianismo e Espiritismo. Nota 2: Sobre a origem dos Evangelhos. León Denis)
De acordo com Rodolfo Calligaris, "Já é tempo (...) de sabermos que tudo o que se contém na Bíblia, em contraposição ao Decálogo, não é e nem poderia ser de origem divina, mas tão somente preceitos humanos, quase sempre outorgados por Moisés para o povo judeu e para aquela época de ignorância e barbarismo." ( As leis morais. Cap. 22. Rodolfo Calligaris).
Paulo de Tarso, que não se considerava perfeito, fez a seguinte advertência: "Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo." (Colossenses 2:8)
Em outras palavras, o apóstolo dos Gentios quis dizer: Devemos ficar atentos e examinar tudo o que os homens dizem, pois qualquer ensinamento que estiver em contradição com as palavras do Divino Mestre, deverá ser desconsiderado.
"Deverse-á daí concluir que a Bíblia é um erro? Não; a conclusão a tirar-se é que os homens se equivocaram ao interpretá-la." (O Livro dos Espíritos. Item 59. Allan Kardec).
Segundo Allan Kardec, " A Bíblia, evidentemente, encerra fatos que a razão, desenvolvida pela Ciência, não poderia hoje aceitar e outros que parecem estranhos e derivam de costumes que já não são os nossos. Mas, a par disso, haveria parcialidade em se não reconhecer que ela guarda grandes e belas coisas. A alegoria ocupa ali considerável espaço, ocultando sob o seu véu sublimes verdades, que se patenteiam, desde que se desça ao âmago do pensamento, pois que logo desaparece o absurdo." (A Gênese. Cap. 4. Item 6. Allan Kardec).
"Muitas passagens do Evangelho, da Bíblia, e dos autores sagrados em geral são ininteligíveis, e muitas mesmo parecem absurda por falta de uma chave que nos dê o seu verdadeiro sentido. Essa chave está inteirinha no Espiritismo, como já se convenceram os que estudaram seriamente a doutrina, e como ainda melhor se reconhecerá mais tarde. O Espiritismo se encontra por toda parte, na Antigüidade, e em todas as épocas da humanidade. Em tudo encontramos seus traços, nos escritos, nas crenças e nos monumentos, e é por isso que, se ele abre novos horizontes para o futuro, lança também uma viva luz sobre os mistérios do passado. " (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Introdução. Allan Kardec).
"As interpretações que os homens deram da lei do Cristo geraram lutas que são contrárias ao seu espírito. Deus não quer mais que a lei de amor seja um pretexto de desordem e de lutas fratricidas. Exprimindo-se sem rodeios e sem alegorias, o Espiritismo está destinado a restabelecer a unidade da crença. "( Revista Espírita. Abril de 1861. Correspondência. Allan Kardec)