O pequeno Zacarias era um menino muito obediente, que viveu no tempo de JESUS. Toda a vizinhança o estimava muito, porque estava sempre disposto a servir. A mãe do menino chamava-se ESTER e era moça e bonita. O pai, JOEB, era um rapaz de trinta anos, que ganhava a vida nos rudes trabalhos do campo.
Enquanto o pai trabalhava, Zacarias estudava.
Certa vez, a mãe adoecera gravemente, JOEB fora obrigado a deixar os trabalhos do campo, a fim de proporcionar à esposa assistência indispensável.
Determinada manhã, JOEB disse ao garoto:
- Zacarias, meu filho, a lavoura está ameaçada pelas erva daninhas e sua mãe continua mal, o que você sugere? Devo ir ao campo ou continuar ao lado de ESTER?
- Fique ao lado da mamãe, enquanto irei substituí-lo na lavoura- fora a resposta pronta do menino.
- Mas como, meu filho? Não chegou ainda aos dez anos, onde vai arranjar forças para o duro trabalho de enxada?
- Não pense nisso, pai. Não se aflija, porque tudo vai correr bem, até mamãe ficar boa, o que não vai demorar, pois tenho pedido a JESUS para curá-la.
O menino, dentro de pouco, estava trabalhando na roça. A tarefa dos primeiros dias deixara-lhes grandes bolhas nos dedos. As mãos doloridas apresentavam manchas avermelhadas. Mas Zacarias estava muito satisfeito por sentir-se útil aos queridos pais, durante as horas de serviço, o pensamento estava sempre na mãezinha enferma, coitada! Estava tão abatida!... E o pai! Tão trabalhador e dedicado; eles mereciam toda a sua atenção e carinho!
A uns cem metros da casinha humilde, o menino matutava nos últimos acontecimentos. Pensava naquele homem chamado JESUS, que, segundo lhe dissera, realizava curas extraordinárias! Se ELE curasse a sua mãezinha?...
De repente, avistou, sem saber direito de onde tinha vindo, um moço muito belo que lhe tomou as mãozinhas feridas e as beijou longamente.
O menino ouviu a voz suave do desconhecido;
- Zacarias, sua mãe está salva, ela deve agradecer o fato ao seu coração de filho abnegado.
Zacarias compreendeu que estava diante do CRISTO e se jogou de joelhos aos seus pés, beijando-lhe as sandálias rotas.
JESUS levantou-o carinhosamente e apontou-lhe o caminho do lar, sem mais uma palavra. O menino tomou a rota indicada, com os olhos marejados de lagrimas.
Em casa, a doce mãezinha e o papai agradecidos aguardavam o filho, mostrando nos olhos o brilho da felicidade.
( Aura Celeste – psicografia de Corina Novelino - Adaptação do Livro: Escuta, meu filho...)