O Diamante

No serro desamparado

Que chama ao suor e à luta,

O diamante luminoso

Descansa na pedra bruta.

Por conquistá-lo é preciso

Vencer enorme aspereza,

Eliminando os percalços

Que surgem da Natureza.

Sobretudo, é imprescindível

Estudar todo o cascalho,

Sem desprezar-lhe a dureza

No espírito do trabalho.

Longo esforço, longa espera,

Serviço e compreensão,

Tudo isso é indispensável

Ao bem da lapidação.

Ao preço de luta ingente,

A pedra sonha e rebrilha.

É a divina descoberta

Da gota de maravilha.

Pouca gente lembrará

Que a jóia de perfeição

Constitui a experiência

Dos átomos de carvão.

A princípio, não passava

De míseros fragmentos

De carbono desprezível

Na força dos elementos.

Nas grandes transformações,

Viveu obscura e ao léu,

Mas, agora, é flor de luz,

Refletindo a luz do céu.

Quem não vê na jóia rara,

Sublimada e soberana,

A história maravilhosa

Dos caminhos da alma humana?

*

Nos serros da Humanidade

Que a ignorância domina,

Cada ser guarda o diamante

Da Consciência Divina.

 (Cartilha da Natureza. Espírito Casimiro Cunha. Psicografado por Chico Xavier)

 

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