Não nos esqueçamos

 Lembra-te de que tudo na vida é propriedade de Deus, a fim de que o egoísmo não te faça ver a ingratidão onde apenas se expressa a lei natural na marcha evolutiva.

 Recorda que o lar é um empréstimo precioso que nos cabe prestigiar com serviço e renúncia para que se transforme em templo de paz e luz;

   que o esposo e a esposa, o filho e o irmão, os pais e os companheiros, constituem depósitos do Senhor que nos compete valorizar sem prender e amar sem escravidão, de modo a restituí-los, um dia, à Infinita Bondade, enriquecidos por nosso amor;

   que as posses humanas são meros compromissos com o Céu que devemos mobilizar na extensão do bem, a fim de que o remorso não nos fira quando chamados a exame na Contabilidade Divina

   e que os dons da inteligência ou do equilíbrio físico, do verbo fácil ou do raciocínio brilhante são concessões do Todo Misericordioso que nos cabe empregar na aquisição das riquezas incorruptíveis do Espírito, através do exemplo edificante e do serviço invariável ao próximo.

 A rigor, se alguém existe com direito de queixar-se de ingratidão, esse alguém seria o Criador, à cuja Misericórdia e Justiça tudo se nos tributa, entretanto, o Pai Celeste jamais racionou o Sol que nos ilumina ou o ar que nos sustenta, porque tenhamos abraçado atitudes infelizes à frente de Suas Leis.

 Aceita a luta que a Sabedoria da Vida te confere, sem exasperação e sem inveja, sem ciúme e sem mágoa, porque tudo o que te encanta os olhos e alimenta o coração, tudo o que te angaria o apreço dos outros e te consolida a própria dignidade vem de Deus que, através do tempo e da experiência, nos pedirá contas em momento oportuno.

(Tocando o barco. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)

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