Em Espiritismo, é imperioso distinguir entre Mediunidade e Doutrina para que as surpresas do mundo não nos ensombrem a marcha.
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Mediunidade é processo
Doutrina é realização
O processo passa
A realização permanece.
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Mediunidade é caminho
Doutrina é bússola
O caminho pode bifurcar-se
A bússola guia sempre.
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Mediunidade é pormenor
Doutrina é base
O pormenor é superfície
A base é substancia.
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Mediunidade é trato de terra
Doutrina é semente nobre
A leira obedece aos ditames do lavrador
A semente nobre enriquece a vida.
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Mediunidade é argumento
Doutrina é lógica
O argumento é variável
A lógica é inamovível.
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Mediunidade é fenômeno da alma.
Doutrina é alma do fenômeno.
A mediunidade inclui a telementação e a letargia, a sugestão e a hipnose.
A doutrina é responsabilidade, estudo edificante, serviço ao próximo e sacrifício pessoal.
Na primeira, temos a observação e a experiência; na segunda, a educação e a caridade.
Em síntese, a Mediunidade é trabalho da criatura humana e a Doutrina Espírita é Jesus de braços abertos.
Dignifiquemos, assim, a mediunidade com a nossa consagração ao bem puro e simples, mas não nos esqueçamos de plasmar a Doutrina Espírita no livro da própria alma, a fim de que o nosso coração se converta em flama da Vida Eterna.
(Através do tempo. André Luiz. Psicografado por Chico Xavier)