Em uma casa humilde vivia a família do seu Luís. Apesar das dificuldades viviam felizes, cada um com seus afazeres ou tarefas que lhes eram atribuídas.
Certo dia, Aninha, a filha mais velha, então com dez anos, chamou seus irmãos e lhes disse:
- A partir de hoje só eu posso entrar no quarto de dormir, pois vocês só bagunçam e não ajudam a arrumar. E traçou uma linha imaginária no chão perto da porta dizendo aos irmãos que eles não poderiam ultrapassar aquele limite sem que ela autorizasse.
Roberto com oito anos disse, então, que ninguém poderia entrar na cozinha, pois era ele que lavava a louça do café, e repetindo o gesto da irmã traçou também uma linha imaginária no chão dizendo que a partir daquele momento a cozinha seria um espaço só dele, que estava proibida a entrada dos irmãos sem a sua permissão.
Júnior, o caçula de quatro anos, olhou para os dois e sem compreender direito o que estava acontecendo foi até o banheiro e fez com o pé o mesmo gesto dos irmãos.
Dona Amélia, que a tudo observava, ficou em silêncio, dirigindo-se a lavanderia para realizar suas tarefas.
De repente, Aninha lhe chamou, dizendo que estava com sede, mas Roberto não lhe deixava entrar na cozinha para pegar água.
Roberto, por sua vez, necessitava usar o banheiro e Júnior não o deixava entrar. Júnior queria tirar a sua sonequinha e Aninha lhe barrava a entrada no quarto.
Dona Amélia chamou seu Luís, que estava trabalhando no jardim e lhe explicou o que estava acontecendo.
Seu Luís, pensou um momento, e convidou a todos a se dirigirem até a sala, pois necessitavam conversar.
Com muita calma falou aos filhos que, a cozinha, o banheiro e os demais cômodos da casa eram de todos os que viviam naquele lar, que quem tinha sede ou fome poderia usar a cozinha, que quem necessitasse ir ao banheiro assim deveria fazê-lo, bem como todos poderiam usar o quarto, que era compartilhado pelos três, no momento que desejassem repousar. Disse-lhes que tudo na vida possui regras e que todos devemos cumpri-las para não haver bagunça. Que cada um deveria cuidar da sua tarefa e respeitar o trabalho do outro, fazendo uso da liberdade com responsabilidade.
Foi então que eles resolveram realizar uma reunião familiar, uma vez por semana, para discutir as regras e, se necessário, criar outras novas dentro das necessidades para o bom convívio em família.
(Adaptação da história "As regras do Jogo" do Roteiro Sugestivo para os encontros de Estudo FERGS - Modulo 3 - Conduta Espírita - Vivência Evangélica.
Ciclo: 2º da Infância)