“Que aproveita ao homem granjear o mundo todo, perdendo-se ou prejudicando a si mesmo?” —JESUS (Lucas, 9.25)
Em verdade, com a força associada à inteligência, pode o homem terrestre:
revolver o solo planetário,
sugar os benefícios da Terra,
incentivar interesses personalistas,
erguer arranha-céus nas cidades maravilhosas,
construir palácios para o ninho doméstico,
elevar-se ao firmamento em máquinas possantes,
consultar os abismos do mar,
atravessar oceanos em navios velozes,
estender utilidades no plano da civilização,
criar paraísos de fantasias para os sentidos corporais,
monopolizar os negócios do mundo,
abrir estradas, ligando continentes e povos,
conversar à distância de milhares de quilômetros,
dominar o dia que passa em carros de triunfo,
substituir os ídolos de barro no altar da ilusão,
formar exércitos poderosos, consagrados à morte,
forjar espadas e canhões,
ditar duras leis aos mais fracos,
gritar a palavra de ódio em tribunas de ouro,
exercer a vingança, oprimir, gozar, amaldiçoar…
Em verdade, o homem, usufrutuário da Terra, e depositário da confiança de Deus, pode fazer tudo isso, contudo, que lhe aproveitará tamanha exaltação se, distraído de si mesmo, se vale das glórias da inteligência para precipitar-se nos despenhadeiros da treva e da morte?
(Coletânea do Além. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)