Não olvides que a vida é um processo de luta edificante em que todos nos influenciamos, uns aos outros, para que o trabalho gere o conhecimento e amadureça o fruto da educação.
Não vale chorar e reclamar nas algemas do desânimo para que nossos desafetos se modifiquem. É imprescindível que a nossa atuação lhes alcance a estrada, inclinando-lhes o coração a novo modo de ser.
Não ignoramos que as mais belas teorias de aperfeiçoamento e progresso permanecem inoperantes e estacionárias, quando não encontram a base do exemplo e a movimentação do serviço a lhes concretizarem as linhas essenciais.
Saibamos receber nossos inimigos, desencarnados ou não, à conta de instrutores, de cujo contato será justo retirar as melhores vantagens em nosso próprio favor, oferecendo-lhes não apenas nossas lágrimas comoventes ou nossas frases brilhantes, mas, sobretudo, o nosso próprio esforço na construção do bem, através do qual recolham as sugestões de nosso campo renovado e feliz, para que se desvencilhem, por fim, das cadeias de sombra a que se agregam.
Recorda que o malho, se desfigura a bigorna, também termina por sua vez em deplorável desgaste, mas desse atrito inquietante nasce a utilidade doméstica que te atenua a preocupação e o cansaço.
Não te esqueças de que o arado, dilacerando o solo, acaba igualmente desmantelado e ferido, entretanto, desse choque de forças surge o pão que te supre a mesa.
Aprendamos a extrair da intimidade com os opositores, no silêncio da compreensão e no devotamento ao dever, os valores da experiência que acumularão em nossas próprias almas os tesouros incorruptíveis da Vida.
(Inspiração. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)