As criaturas humanas autênticas que ainda não atingiram elevados graus de virtudes e nem mais se comprazem nas faixas dos sentimentos primitivistas, frequentemente esbarram com indagações complexas de si para si mesmas.
Como adquirir a tranquilidade perfeita se não são anjos e como evitar a permanência em desequilíbrio se já não querem viver sob o império dos instintos desenfreados?
Aí é forçoso entre em função o nosso próprio senso de aspirantes à Vida Superior.
Não existe alma que não haja, algum dia, experimentado hesitações, deficiências, enganos ou faltas na escola.
E toda elevação do aprendiz em qualquer educandário resulta de menos erros e mais acertos nas experiências e lições que lhe cabem, a serem verificados em testes múltiplos que se sucedem uns aos outros.
Nesse critério, não há motivo para qualquer de nós cair em desânimo ou adotar desistência no trabalho da ascensão espiritual.
Hoje teremos colaborado menos no serviço do bem, no entanto, reconhecendo isso, amanhã ser-nos-á possível fazer mais.
Notei que ontem se me fez maior a intemperança mental diante dos outros, mas, observando semelhante deficiência, posso hoje retificar-me e ser menos agressivo, à frente dos meus irmãos de experiência e caminho.
Agora terá sido o momento que menos me decidi a praticar ponderação, entretanto, sabendo isso, devo na primeira oportunidade agir segundo os preceitos do equilíbrio, conforme os princípios do respeito mútuo que me compete observar.
Encerrei a semana passada em condições deficitárias na execução dos meus compromissos de ordem geral, no entanto, anotando essa falha, na semana presente posso aplicar-me muito mais atividade à desincumbência dos meus próprios encargos a meu próprio benefício.
Na senda da evolução, é preciso efetivamente aceitar-nos imperfeitos tais quais somos, mas, é igualmente necessário não parar simplesmente nisso e sim melhorar-nos constantemente, aprendendo e estudando, trabalhando e servindo, sob a fórmula do progresso: — “Errar menos para acertar sempre mais.”
(Indulgência.Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)