“Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor…” — JESUS (João, 15.10)
Quem observa o mal e o remédio contra o mal, nos campos de provação do mundo, é, naturalmente, induzido a refletir no pensamento livre e nos recursos neutros que nos cercam. Vejamos alguns deles.
Com a pedra tanto se pode ferir ou injuriar quanto edificar ou esculpir.
A criatura é livre para usar o fogo de maneiras diversas, como sejam: extinguir o frio, afastar as trevas, preparar o próprio alimento, condicionar a matéria, ou destruir através do incêndio.
Da morfina que se extrai, na Terra, o alívio do enfermo, retira-se igualmente a dose de veneno sutil que dilapida as energias orgânicas de quem se compraz no abuso do entorpecente.
Nas mãos do homem o dinheiro é trabalho ou inércia dourada, educação ou desequilíbrio, beneficência ou sovinice, bondade ou violência, prosperidade ou penúria.
A força atômica é suscetível de garantir o brilho do conforto e da indústria tanto quanto é capaz de ser manejada por morticínio e arrasamento.
Assim também acontece com os tesouros do tempo, rigorosamente iguais para todas as criaturas, segundo o critério da Eterna Justiça. A hora do chefe e do subordinado, do homem culto e do homem menos culto, da pessoa transitoriamente mais favorecida ou menos favorecida de recursos materiais é matematicamente constituída de sessenta minutos. Somar semelhante valor ao bem ou ao mal, melhorando condições ou agravando problemas em nossa própria vida, será sempre questão de atitude pertinente a nós mesmos.
(Segue-me. Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)