Objetivo: Mostrar que não devemos misturar política com religião e que também não é aconselhável discutir divergências políticas ou religiosas, pois gera muitos conflitos entre as pessoas.
Participantes: Indefinido.
Tempo Estimado: Indeterminado.
Material: Palavras separadas por sílabas: PO-LÍ-TI-CA / RE-LI-GI-ÃO (imprimir em papel canson A4), tesoura, saco plástico.
Descrição: O Evangelizador deverá, previamente, recortar as sílabas das palavras: PO-LÍ-TI-CA e RE-LI-GI-ÃO, misturá-las e colocá-las dentro de um saco plástico. Depois, na sala de aula, deverá formar dois grupos de alunos e espalhar as sílabas sobre uma mesa para iniciar a dinâmica dizendo o seguinte: "Há dois assuntos que jamais deveriam ser misturados, inclusive, nunca deveriam ser discutidos com fanatismo por indivíduos que se consideram "donos da verdade". Coloque as sílabas na ordem correta para formar as palavras e descobrir quais são estes assuntos." Dê algum tempo para tentarem realizar a tarefa, mas se não conseguirem, dê as seguintes dicas:
Dica 1: Cada palavra possui 4 sílabas. Dica 2: Uma das palavras tem cores quentes e a outra tem cores frias.
Obs.: Um representante de cada grupo deverá ser escolhido para organizar as sílabas de cada palavra, conforme a orientação do seus colegas.
Após descobrirem que as palavras são: Política e Religião, faça o seguinte comentário abaixo.
Cometário: Nenhum culto, que se prenda a Deus pela devoção e por determinados deveres religiosos, tem o direito de interferir nos movimentos transitórios do Estado, como este último não tem o direito de interferir na vida privada da personalidade, em matéria de gosto, de sentimento e de consciência, segundo as velhas fórmulas do liberalismo. Há muito tempo, os fenômenos do progresso político dos povos proscrevem essas nefastas influências religiosas sobre a política administrativa das coletividades.
Já o próprio Cristo asseverava nas suas divinas lições; - “A César o que é de César e a Deus o que é de Deus.”
Mas, a Igreja Católica Romana jamais ocultou sua preferência pela amizade de César. Os tempos apostólicos, que ainda iluminam o coração da Humanidade sofredora, até os tempos modernos, pela sua união com o Evangelho, foram muito curtos. Não tardou que a organização dos bispos romanos preponderasse sobre todos os núcleos do verdadeiro Cristianismo, sufocando-os com as suas forças temporais. (Livro: Emmanuel. Cap. 10 - As pretenções católicas. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)
Os chefes eclesiásticos, guindados à mais alta preponderância política, não se lembravam da pobreza e da simplicidade apostólicas, nem das palavras do Messias, que afirmara não ser o seu reino ainda deste mundo. (A caminho da luz. Cap. 17 - Os mensageiros de Jesus. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)
Então*, crimes tenebrosos foram perpetrados ao pé dos altares, em nome d’Aquele que é amor, perdão e misericórdia. (A caminho da luz. Cap. 18 - A Inquisição. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier. Obs.: *Acrescentada a palavra "então")
Vencedores do Paganismo, os cristãos, de perseguidos que eram, fizeram-se perseguidores. A ferro e fogo foi que se puseram a plantar a cruz do Cordeiro sem mácula nos dois mundos. E fato constante que as guerras de religião foram as mais cruéis, mais vítimas causaram do que as guerras políticas; em nenhumas outras se praticaram tantos atos de atrocidade e de barbárie.
Cabe a culpa à doutrina do Cristo? Não, decerto, que ela formalmente condena toda violência. Disse ele alguma vez a seus discípulos: Ide, matai, massacrai, queimai os que não crerem como vós? Não; o que, ao contrário, lhes disse, foi: Todos os homens são irmãos e Deus é soberanamente misericordioso; amai o vosso próximo; amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos persigam. Disse-lhes, outrossim: Quem matar com a espada pela espada perecerá. A responsabilidade, portanto, não pertence à doutrina de Jesus, mas aos que a interpretaram falsamente e a transformaram em instrumento próprio a lhes satisfazer às paixões;
(...) Se o Cristianismo fosse mais bem compreendido e mais bem praticado, isso não se daria.
Quando Jesus declara: "Não creais que eu tenha vindo trazer a paz, mas, sim, a divisão", seu pensamento era este:
"Não creais que a minha doutrina se estabeleça pacificamente; ela trará lutas sangrentas, tendo por pretexto o meu nome, porque os homens não me terão compreendido, ou não me terão querido compreender. Os irmãos, separados pelas suas respectivas crenças, desembainharão a espada um contra o outro e a divisão reinará no seio de uma mesma família, cujos membros não partilhem da mesma crença. (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap.23. Itens 15 e 16. Allan Kardec)
Portanto, sigamos o exemplo de Chico Xavier. A respeito da religião ele disse: "Nunca quis mudar a religião de ninguém, por que, positivamente, não acredito que a religião “A” seja melhor que a religião “B”... Nas origens de toda religião cristã está o Pensamento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Quem seguir o Evangelho (estará seguindo Jesus!)... De modo que os meus familiares sempre me respeitaram a opção religiosa , mas eu também nunca quis convencê-los de que estava com a Verdade. Aliás, o Espiritismo não tem esta pretensão. (O Evangelho de Chico Xavier. Item 200 - Opção religiosa. Chico Xavier/ Carlos A. Baccelli)
(Baseada nas obras de Allan Kardec e Chico Xavier)