Objetivo: O jogo do contente consiste em procurar extrair algo de bom e positivo em tudo, mesmo nas coisas aparentemente mais desagradáveis.
Participantes: Indeterminado.
Tempo Estimado: 40 min.
Material: História , papel sulfite, lápis de escrever , borracha e caixa de papelão.
Descrição: O Evangelizador deverá contar um trecho da história “Pollyanna , a Pequena Órfã " de Eleanor H. Porter . E depois pedir para que cada evangelizando escreva num papel ( metade de uma folha A4) uma situação que vivenciou que considera ruim, mas que possa extrair algo de bom e agradecer. Explicando que certos acontecimentos são provas para o nosso próprio aprendizado e que não devemos reclamar deles. No entanto, o evangelizando não deverá citar nomes dos outros e nem colocar seu próprio nome no papel. Além disso, deverão dobrar seus textos para que não sejam identificados e colocá-los numa caixa para que o Evangelizador possa fazer a leitura deles no final da aula, de modo que sirvam como exemplos para todos .
História : O jogo do contente
A história de Pollyanna é muito interessante e enriquecedora. Já órfã de mãe, aos 11 anos, ela também perdeu o seu pai, um missionário sem muitas posses. Teve que, então, ir morar com a avó materna, uma mulher rica, da alta sociedade, mas nada carinhosa e bastante insensível a neta.
Porém, antes de falecer, o pai de Pollyanna deixou para ela uma grande herança, nada material, mas sim uma lição e um exemplo que a ajudou a ter uma vida de superação e paz. Ele a ensinou a jogar o que chamou de “O Jogo do Contente” (**), que vou lhes contar agora:
“Certa vez Pollyanna conversava com seu pai e pediu-lhe uma boneca. Ele então sorriu e respondeu, dizendo que ela teria sua boneca.O pai, que era um missionário, enviou uma carta pedindo a boneca.A menina esperou, esperou... E a caixa de doações finalmente chegou!Ela foi correndo até a caixa e a abriu toda feliz. Mas dentro só havia um par de muletas...A menina começou a chorar desesperada, então seu pai a abraçou e lhe ensinou um jogo...O jogo do contente, que se trata de encontrar em cada tristeza ao menos um pouquinho de alegria. Pollyanna então perguntou ao pai:– Como posso ficar contente por ter recebido um par de muletas e não a boneca que pedi? O que há de bom nisso?O pai a olhou com ternura e respondeu:– Simplesmente pelo fato de não precisar delas!” (*)
Assim, quando ele morre e Pollyanna é entregue aos cuidados da tia amarga, carrancuda, exigente, em vez de sofrer com as maldades que ela lhe apronta, Polyanna encontra em tudo um motivo para ser feliz.
O quarto é muito pequeno? Ótimo, assim ela o limpará bem mais depressa.
Não existem quadros na parede, como havia em sua casa? Que bom, assim ela poderá abrir a janela e olhar os quadros da natureza, ao vivo.
Não tem um espelho? Excelente, assim nem verá as sardas do seu rosto.
Mais tarde, ela acabará conquistando para o jogo do contente a empregada e a própria tia, austera e má.(***)
Comentário: A história, que foi continuada em uma outra obra, chamada Pollyanna moça , nos remete aos conceitos exarados em O evangelho segundo o Espiritismo , a respeito do homem de bem, que sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.
Portanto, nos momentos de graves dificuldades, busquemos os motivos para nos alegrarmos.
Nosso passeio de final de semana não deu certo, por causa da chuva que caiu torrencial? Alegremo-nos por estarmos em nossa casa, abrigados, e aproveitemos esses dias para uma convivência maior com a família. (Redação do Momento Espírita ***)
''Quando você conseguir superar graves problemas de relacionamento, não se detenha na lembrança dos momentos difíceis, mas na alegria de haver atravessado mais esta prova em sua vida. Quando escapar de um acidente grave, não fique pensando no trauma que ele causou, mas no milagre que lhe ajudou a sair ileso. Quando saíres de um longo tratamento de saúde, não pensa no sofrimento que foi necessário enfrentar, mas na benção de Deus que permitiu a cura''. Leva na sua memória, para o resto da tua vida, as coisas boas que surgiram no meio das dificuldades. Elas serão uma prova de sua capacidade em vencer as provas, e lhe darão confiança na presença Divina, que nos auxilia em qualquer situação, em qualquer tempo, diante de qualquer obstáculo”. (Paulo Coelho. Adaptação de um texto psicografado por Chico Xavier. Fonte: https://g1.globo.com/platb/paulocoelho/2007/12/22/da-reflexao/)
Paulo de Tarso disse: "Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade." ( Filipenses 4:12)
(Baseada nos blogs: - https://terocupsararaquelcosta.blogs.sapo.pt/dinamica-de-gratidao-24814 (*) - https://verbodavida.org.br/lista-blogs/perilo-borba/o-jogo-do-contente/ (**) e na Redação do Momento Espírita (***) - Site: https://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=3494&stat=0)