Objetivo: Compreender como ocorre a cura de doenças por meio do magnetismo humano e/ou espiritual, que foi ensinado e praticado por Jesus.
Participantes: Máximo 12 alunos (2 grupos).
Tempo Estimado: 50min.
Material: 8 títulos, 24 textos, coração com pergunta ( imprimir 9 folhas em papel sulfite A4), 2 cartolinas (azul e vermelha), tesoura, régua, 2 sacos plásticos transparentes (ou envelope pardo), fita crepe, cola bastão, canetinha preta, lápis de escrever.
Descrição: O Evangelizador deverá, previamente, recortar os 8 titulos e 24 textos. Logo em seguida, traçar três linhas nas duas cartolinas para dividi-las em 4 colunas idênticas. Na cartolina vermelha, deverá colar na parte superior de cada coluna os seguintes títulos: 1. O MAGNETIZADOR OU MÉDIUM CURADOR, 2. TIPOS DE MAGNETISMO, 3. CAUSAS DAS DOENÇAS, 4. TRATAMENTO E EFEITO DA AÇÃO FLUÍDICA. Na cartolina azul, deverá colar na parte superior de cada coluna os seguintes títulos: 5. O DIVINO MÉDICO, 6. QUALIDADE DOS FLUIDOS, 7. MECANISMOS DA CURA, 8. DURAÇÃO DAS DOENÇAS. Na sala de aula, deverá colocar as cartolinas na parede com o coração entre as duas (no meio), e dividir a turma em dois grupos (vermelho e azul), com no máximo 6 alunos em cada. O grupo vermelho receberá 12 textos referentes aos 4 primeiros títulos (1, 2, 3 e 4) que estarão misturados dentro de um saco plástico e o grupo azul receberá 12 textos referentes aos 4 títulos (5, 6, 7 e 8) que restaram, que também deverão estar misturados dentro de um saco plástico. O Evangelizador deverá explicar que cada coluna deverá ser preenchida com 3 textos, portanto, eles deverão ler os textos e analisar quais deles se referem ao título, ou seja, ao assunto abordado (Obs.: Dê a seguinte dica para os alunos: Geralmente o texto possui a palavra-chave que também está no título). Logo após, deverão colar (com fita crepe) os textos (na ordem: 1°laranja, 2°verde, 3°roxo) nas suas cartolinas nos respectivos locais (obs.: Após a correção, deverá colar com cola bastão). No final, cada grupo deverá ler o que está escrito na sua cartolina, começando com o grupo vermelho. O grupo que colar primeiro e corretamente os textos, será o vencedor.
No entanto, antes de distribuir os textos, faça a seguinte explicação:
"O que é o homem?...Um composto de três princípios essenciais: o espírito, o perispírito e o corpo. (...)Se, pois, temos a presença de três princípios, esses três princípios devem reagir um sobre o outro, e seguir-se-á a saúde ou a doença, conforme haja entre eles harmonia perfeita ou desarmonia parcial."
(Revista Espírita. Fevereiro de 1867. As três causas principais das doenças. Dr. Morel Lavalleé. Médium: Sr. Desliens. Allan Kardec)
Leia o que está escrito no CORAÇÃO: Jesus curava com a simples imposição das mãos!
Como é possível a cura pelo magnetismo? (Neste momento, distribua os textos).
CARTOLINA - GRUPO VERMELHO:
1. O MAGNETIZADOR OU MÉDIUM CURADOR
Todo magnetizador pode tornar-se médium curador, se souber fazer-se assistir por bons Espíritos. (...) Como a todos é dado apelar aos bons Espíritos, orar e querer o bem, muitas vezes basta impor as mãos sobre uma dor para acalmá-la; é o que pode fazer qualquer indivíduo, se ele estiver dotado de fé, fervor, vontade e confiança em Deus. (Revista Espírita. Setembro de 1865. Da mediunidade curadora. Allan Kardec)
O médium tem uma ação mais poderosa sobre certos indivíduos do que sobre outros, e não cura todas as doenças. (Revista Espírita. Abril de 1865. Poder curativo do magnetismo espiritual. Allan Kardec)
Gastando o seu próprio fluido, o magnetizador se esgota e se a fadiga, pois dá de seu próprio elemento vital, por isso ele deve, de vez em quando, recuperar suas forças. O fluido espiritual, mais poderoso em razão de sua pureza, produz efeitos mais rápidos e por vezes quase instantâneos. Não sendo esse fluido do magnetizador, disso resulta que a fadiga é quase nula. (Revista Espírita. Setembro de 1865. Da mediunidade curadora. Allan Kardec)
2. TIPOS DE MAGNETISMO
A ação magnética (...) pelo próprio fluido do magnetizador; é o magnetismo propriamente dito, ou magnetismo humano, cuja ação se acha adstrita à força e, sobretudo, à qualidade do fluido. (A Gênese. Cap. 14. Item 33. Allan Kardec)
A ação magnética (...) pelo fluido dos Espíritos, atuando diretamente e sem intermediário sobre um encarnado, seja para o curar ou acalmar um sofrimento, seja para provocar o sono sonambúlico espontâneo, seja para exercer sobre o indivíduo uma influência física ou moral qualquer. É o magnetismo espiritual, cuja qualidade está na razão direta das qualidades do Espírito. (A Gênese. Cap. 14. Item 33. Allan Kardec)
A ação magnética (...) pelos fluidos que os Espíritos derramam sobre o magnetizador, que serve de veículo para esse derramamento. É o magnetismo misto, semiespiritual, ou, se o preferirem, humano-espiritual. Combinado com o fluido humano, o fluido espiritual lhe imprime qualidades de que ele carece. Em tais circunstâncias, o concurso dos Espíritos é amiúde espontâneo, porém, as mais das vezes, provocado por um apelo do magnetizador. (A Gênese. Cap. 14. Item 33. Allan Kardec).
3. CAUSAS DAS DOENÇAS
Se a doença ou desordem orgânica, como queiram chamar, procede do corpo, os medicamentos materiais sabiamente empregados bastarão para restabelecer a harmonia geral. ( Revista Espírita. Fevereiro de 1867. As três causas principais das doenças. Dr. Morel Lavalleé. Médium: Sr. Desliens. Allan Kardec)
Se a perturbação vem do perispírito, se é uma modificação do princípio fluídico que o compõe, que se acha alterado, será necessária uma medicação adequada à natureza do órgão perturbado, para que as funções possam retomar seu estado normal. Se a doença procede do Espírito, não poderíamos empregar, para combatê-la, outra coisa senão uma medicação espiritual. ( Revista Espírita. Fevereiro de 1867. As três causas principais das doenças. Dr. Morel Lavalleé. Médium: Sr. Desliens. Allan Kardec)
Certas afecções, mesmo muito graves e passadas ao estado crônico, não têm como causa primeira "a alteração das moléculas orgânicas", mas "a presença de um mau fluido" (*) que, a bem dizer, as desagrega, perturbando a sua economia. (...)Enfim, não podendo os maus fluidos emanar senão de Espíritos maus, sua introdução na economia se liga muitas vezes à obsessão. Daí resulta que, para obter a cura, é preciso tratar, ao mesmo tempo, o doente e o Espírito obsessor. (Revista Espírita. Março de 1868. Ensaio Teórico das Curas Instantâneas. Allan Kardec)
4. TRATAMENTO E EFEITO DA AÇÃO FLUÍDICA
Sendo o fluido humano menos ativo, exige uma magnetização continuada e um verdadeiro tratamento, por vezes muito longo. (...) O fluido espiritual, mais poderoso em razão de sua pureza, produz efeitos mais rápidos e por vezes quase instantâneos. (Revista Espírita. Setembro de 1865. Da mediunidade curadora. Allan Kardec)
Quando o mal exige a reparação de órgãos alterados, necessariamente a cura é lenta e requer uma ação contínua e um fluido de qualidade especial; quando se trata da expulsão de um mau fluido, ela pode ser rápida e, mesmo, instantânea. (Revista Espírita. Março de 1868. Ensaio Teórico das Curas Instantâneas. Allan Kardec )
A substância fluídica produz um efeito análogo ao da substância medicamentosa, com a diferença que, sendo maior a sua penetração, em razão da tenuidade de seus princípios constitutivos, ela age mais diretamente sobre as moléculas primeiras do organismo do que podem fazê-lo as moléculas mais grosseiras das substâncias materiais. Em segundo lugar, sua eficácia é mais geral, sem ser universal, porque suas qualidades são modificáveis pelo pensamento, ao passo que as da matéria são fixas e invariáveis e não podem ser aplicadas senão a casos determinados. (Revista Espírita. Março de 1858. Ensaio teórico das curas instantâneas. Allan Kardec)
CARTOLINA - GRUPO AZUL:
5. O DIVINO MÉDICO
O médium é um intermediário, um instrumento de que se servem os Espíritos desencarnados e o Cristo não precisava de assistência, pois que era ele quem assistia os outros. Agia por si mesmo, em virtude do seu poder pessoal, como o podem fazer, em certos casos, os encarnados, na medida de suas forças. (A Gênese. Cap. 15. Item 2. Allan Kardec)
A sua superioridade com relação aos homens não derivava das qualidades particulares do seu corpo, mas das do seu Espírito, que dominava de modo absoluto a matéria e da do seu perispírito, tirado da parte mais quintessenciada dos fluidos terrestres.(...) A qualidade desses fluidos lhe conferia imensa força magnética, secundada pelo incessante desejo de fazer o bem. (A Gênese. Cap. 15. Item 2. Allan Kardec)
Se algum influxo estranho recebia, esse só de Deus lhe poderia vir. Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus . (A Gênese. Cap. 15. Item 2. Allan Kardec)
6. QUALIDADE DOS FLUIDOS
Sendo esses fluidos o veículo do pensamento e podendo este modificar-lhes as propriedades, é evidente que eles devem achar-se impregnados das qualidades boas ou más dos pensamentos que os fazem vibrar, modificando-se pela pureza ou impureza dos sentimentos. (A Gênese. Cap. 14. Item 16. Allan Kardec)
Há fluidos que superexcitam e outros que acalmam, fluidos fortes e outros suaves e de muitas outras nuanças. Conforme as suas qualidades, o mesmo fluido, como o mesmo remédio, poderá ser salutar em certos casos, ineficaz e até prejudicial em outros, de onde se segue que a cura depende, em princípio, da adequação das qualidades do fluido à natureza e à causa do mal. (Revista Espírita. Março de 1858. Ensaio teórico das curas instantâneas. Allan Kardec)
O fluido humano está sempre mais ou menos impregnado de impurezas físicas e morais do encarnado; o dos bons Espíritos é necessariamente mais puro e, por isto mesmo, tem propriedades mais ativas, que acarretam uma cura mais rápida. Mas, passando através do encarnado, pode alterar-se como um pouco de água límpida passando por um vaso impuro, como todo remédio se altera se permanece muito tempo num recipiente impróprio e perde, em parte, suas propriedades benéficas. Daí, para todo verdadeiro médium curador, a necessidade absoluta de trabalhar a sua depuração, isto é, o seu melhoramento moral...(Revista Espírita. Setembro de 1865. Da mediunidade curadora. Allan Kardec)
7. MECANISMOS DA CURA
A cura se opera mediante a substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã. O poder curativo estará, pois, na razão direta da pureza da substância inoculada; mas, depende também da energia da vontade que, quanto maior for, tanto mais abundante emissão fluídica provocará e tanto maior força de penetração dará ao fluido. (A Gênese. Cap. 14. Itens 31. Allan Kardec )
Esse fluido, embora etéreo, não deixa de ser matéria; que pela corrente que lhe imprime, o Espírito pode com ele impregnar e saturar todas as moléculas da parte doente; que ele pode modificar suas propriedades, como o magnetizador modifica as da água, dando-lhe uma virtude curativa adequada às necessidades. (Revista Espírita. Setembro de 1865. Cura de uma fratura - Pela magnetização espiritual. Allan Kardec)
O fluido tem que atingir a matéria orgânica, a fim de repará-la; pode então ser dirigido sobre o mal pela vontade do curador, ou atraído pelo desejo ardente, pela confiança, numa palavra: pela fé do doente. (...) Compreende-se que a fé (...) não é uma virtude mística, qual a entendem muitas pessoas, mas uma verdadeira força atrativa, de sorte que aquele que não a possui opõe à corrente fluídica uma força repulsiva, ou, pelo menos, uma força de inércia, que paralisa a ação. (A Gênese. Cap. 15. Item 11. Allan Kardec)
8. DURAÇÃO DAS DOENÇAS
A maioria das doenças, como todas as misérias humanas, são expiações do presente ou do passado, ou provas para o futuro; são dívidas contraídas, cujas conseqüências devem ser sofridas, até que tenham sido saldadas. Aquele, pois, que deve suportar sua provação até o fim não pode ser curado. (Revista Espírita. Março de 1868. Ensaio Teórico das Curas Instantâneas. Allan Kardec )
A duração do castigo depende da melhoria do Espírito culpado. Nenhuma condenação por tempo determinado lhe é prescrita. (O Céu e o Inferno. Primeira parte. Cap. 7 - Código penal da vida futura. Item 12 e 13. Allan Kardec )
A ação magnética será impotente enquanto, por sua vontade e sua melhoria, ele não se desembaraçar desses fluidos perniciosos. É, pois, uma cura moral que se deve obter, antes de buscar a cura física. Uma mudança de direção em seu comportamento é a única coisa que pode tornar eficazes os cuidados de seu magnetizador, que os bons Espíritos procurarão ajudar. (Revista Espírita. Julho de 1865. Questões e Problemas. Cura moral dos encarnados. Allan Kardec)
Obs. (*): Allan Kardec explica que as causas das doenças podem ser dois tipos: " alteração das moléculas orgânicas" ou "a presença de um mau fluido". No primeiro caso para ocorrer a cura, deverá substituir a molécula malsã por uma molécula sã, modificando as propriedades da molécula doente, através do magnetismo. No segundo caso, o fluído maléfico deve ser expulso, por um fluido melhor e mais poderoso.
Comentário final: O homem perfeitamente normal é uma raridade. (...) A causa geral de qualquer perturbação psíquica reside na desobediência constante às determinações da Lei de Deus. (Evolução para o terceiro Milênio. Cap.5. Item 19. Carlos Toledo Rizzini) Segundo Allan Kardec, "As doenças fazem parte das provas e das vicissitudes da vida terrena; são inerentes à grosseria da nossa natureza material e à inferioridade do mundo que habitamos. As paixões e os excessos de toda ordem semeiam em nós germens malsãos, às vezes hereditários. Nos mundos mais adiantados, física ou moralmente, o organismo humano, mais depurado e menos material, não está sujeito às mesmas enfermidades e o corpo não é minado surdamente pelo corrosivo das paixões. Temos, assim, de nos resignar às consequências do meio onde nos coloca a nossa inferioridade, até que mereçamos passar a outro. Isso, no entanto, não é de molde a impedir que, esperando tal se dê, façamos o que de nós depende para melhorar as nossas condições atuais. (...) Se Deus não houvesse querido que os sofrimentos corporais se dissipassem ou abrandassem em certos casos, não houvera posto ao nosso alcance meios de cura. A esse respeito, a sua solicitude, em conformidade com o instinto de conservação, indica que é dever nosso procurar esses meios e aplicá-los." (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 28. Item 77. Allan Kardec)