“…Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus.” — JESUS (Mateus, 5.20)
Escribas e fariseus assumiam atitudes na pauta da Lei Antiga.
Olho por olho, dente por dente. Atacados, devolviam insulto. Perseguidos, revidavam, cruéis.
Com Jesus, porém, a justiça fez-se a virtude de conferir a cada qual o que lhe compete, segundo a melhor consciência.
Ele mesmo começou por aplicá-la a si próprio.
Enredado nas trevas pela imprudência de Judas, não endossa condenação ou desforço.
Abençoa-o e segue adiante, na certeza de que o amigo inconstante já carregava, consigo mesmo, infortúnio suficiente para chorar.
Ainda assim, porque o Mestre nos haja ensinado o amor sem lindes, isso não significa que os discípulos do Evangelho devam caminhar sem justiça, na esfera das próprias lutas.
Apenas é forçoso considerar que, no padrão de Jesus, a justiça não agrava os problemas do devedor, reconhecendo-lhe, ao invés disso, as necessidades que o recomendam à compaixão, sem furtar-lhe as possibilidades de reajuste.
Se ofensas, pois, caírem-te na alma, compadece-te do agressor e prossegue à frente, dando ao mundo e à vida o melhor que possas.
Aos que tombam na estrada, basta o ferimento da queda; e aos que fazem o mal, chega o fogo do remorso a comburir-lhes o coração.
(Palavras de vida eterna. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier )