Defesa

“Quando pois vos conduzirem para vos entregarem, não estejais solícitos de antemão pelo que haveis de dizer, mas, o que vos for confiado naquela hora, isso falai, porque não sois vós os que falais e sim o Espírito-Santo.” — JESUS (Marcos, 13.11)

 

 Se tens a consciência tranquila no cumprimento do próprio dever, guardas em ti mesmo cidadela e refúgio.

 Não te percas em conflitos inúteis, nem te emaranhes nas explicações infindáveis.

 Acusado de mistificador, responde com o devotamento à verdade.

 Acusado de malfeitor, responde fazendo o bem.

 Por todas as culpas imaginárias em que te cataloguem o nome, oferece por resposta a prestação de serviço.

 O fruto revela a árvore. A obra fala do homem.

 Quem te provoca, através do escárnio, mostra-se mal informado ou doente; e quem te fere, através do insulto, traz consigo pensamentos de ódio e destruição.

 Não lhes sanarias o mal à força de palavras somente.

 Dá-lhes a conhecer a própria rota no trabalho edificante que realizas e a Luz Divina inspirar-te-á o verbo justo, no instante certo.

 Meditando sobre a atitude do Cristo, ao deixar justiçar-se, nos tribunais terrenos, ante a sanha dos cruéis detratores que o içaram à cruz, somos induzidos a pensar que o Mestre — centralizado nas construções da Vontade do Pai — teria agido assim por ter mais que fazer que gastar tempo em defesas desnecessárias.

(Palavras de vida eterna. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)

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