(O Evangelho 14.9)
Pais e mães — dois vínculos de amor — na experiência terrestre que não se podem esquecer sem perpetrar ingratidão.
São eles que se esquecem para que os filhos — Espíritos reencarnantes no mundo — deles faça berço e ninho, apoio e teto; que se arrancam das gratificações dos sentidos para sacrifício e abnegação, a fim de que os próprios rebentos não sofram carência de proteção notadamente no difícil período de adaptação, a que denominamos “infância”; que formam o lar e sustentam-no por base do aperfeiçoamento e do progresso; que garantem aos filhas a certidão de presença na Terra, doando-lhes o nome e a localização social de que necessitam.
Existem na Terra os que asseguram que a comunhão afetiva entre duas criaturas é incompatível com os serviços de fraternidade e elevação, sem se recordarem de que dispõem de um corpo em favor da própria evolução, à custa de pai e mãe que se puseram a servi-los, através da comunhão afetiva, cujo valor pretendem desconhecer.
Que se corrijam as manifestações poligâmicas, em nome do amor, é providência justa; entretanto, condenar a ligação afetiva, entre os seres que sabem honrar os compromissos que assumem e da qual se derivam todas as civilizações existentes no planeta, seria renegar a fonte da própria vida, que nos empresta a vida na Terra, em nome de Deus.
Pais e mães, como forem e onde estiverem, são e serão sempre credores respeitáveis nos domínios da existência, principalmente para quantos se lhes erigem na condição de filhos e descendentes.
Decerto que os filhos nem sempre se harmonizam com os pais nos ideais que abraçam, como também nem sempre os pais se harmonizam com os filhos, nos propósitos a que se afeiçoam, — de vez que no campo da alma cada Espírito é um mundo por si —; no entanto, é tão significativa a função dos progenitores, nas lides terrenas, que a voz do Mundo Maior, ouvida por Moisés, no lançamento das Leis Divinas incluiu, entre os itens mais importantes para a felicidade do homem na Terra, a legenda inesquecível — “honrarás pai e mãe”.
(Rumo certo. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)