Muitos companheiros na Terra evidenciam coragem nas horas de heroísmo.
O homem que enfrentou um animal selvagem, colocando-lhe um freio.
Outro que conquistou o campeonato de mergulho em águas perigosas.
Outro ainda que adquiriu o maior destaque na longa corrida de pedestres.
Todos eles, pelo devotamento à disciplina, são dignos de respeito.
Um tipo diferente de coragem, porém, se espera dos seguidores do Cristo: a coragem da fé.
Aquela de se calar alguém para que outrem fale mais alto; de sofrer injúrias e humilhações, sem deteriorar a imagem dos próprios adversários e agressores; de acreditar no bem, mesmo quando a ignorância e a maldade parecem em triunfo; de aceitar a rotina dos encargos de cada dia, nela encontrando a alegria do trabalho sem aplauso público, e a coragem de esquecer-se para que outros recolham as vantagens do serviço que lhe haverá custado imenso esforço.
O heroísmo é, talvez, mais fácil pelo deslumbramento de uma hora, à frente dos homens.
Entretanto, a coragem da fé será sempre mais difícil, porque exige humildade e renúncia, tolerância e dedicação ao bem do próximo, no desdobramento incessante do dia-a-dia.
(Monte acima. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier).