Enquanto te esforças para viver no bem, outros procuram desanimar-te…
Afirmam que a fé é uma utopia e que Deus não existe.
Escarnecem das orientações espirituais que os Benfeitores da Vida Maior endereçam aos homens na Terra.
Criticam o teu idealismo e sorriem de tua boa vontade.
O que mais estranhas é que muitos deles ombrearam contigo nas lides de que deliberaram se afastar, alegando motivos que ainda não compreendes…
Certamente não puderam suportar o peso das lutas e tombaram, alvejados pelas tentações.
Atraídos pelas flores artificiais das ilusões, feriram-se nos espinhos da realidade e, ao invés de se reconhecerem equivocados; endureceram o coração…
De longe, atiram-te agora farpas em forma de palavras contundentes, como se fosses culpado da situação infeliz em que se encontram.
Todavia, cultivando o silêncio por resposta e fazendo da prece a luz dos teus passos, segue na abençoada empresa do socorro aos que te fitam com os olhos súplices.
Todos os que desertaram da trilha do dever, a ela voltarão mais tarde lamentando o tempo perdido.
Os que se distanciam do Evangelho apenas encontram decepções e amarguras.
Pergunta a ti mesmo o que eras antes que o conhecimento espírita-cristão te alcançasse a existência e concluirás, sem delongas, o quanto tens recebido da Misericórdia Divina.
Reflete na tua segurança de hoje contrastando com as incertezas de ontem e agradece ao Criador a estrada palmilhada.
Abençoa os companheiros que se permitiram desencantar da fé, porque todos eles, embora não demonstrem, estarão sofrendo muito e, no íntimo, desejariam ser o que sempre foram.
Um dia, as ovelhas tresmalhadas tornarão ao aprisco, ouvindo, entre lágrimas, a voz inconfundível do Pastor Amado:
— “Vinde a mim, todos vós que andais aflitos e sobrecarregados que eu vos aliviarei… Porque é leve o meu fardo e suave o meu jugo…”
(Palavras da coragem. Irmão José. Psicografado por Carlos A. Baccelli)