Muitos julgam facílimo contar uma história. Puro engano. São poucos os bons contadores de histórias. Vejamos estas sugestões:
1-) Nunca conte uma história que não interessa ao nível da classe.
2-) É muito importante que as crianças estejam fisicamente bem próximas ao evangelizador, se possível, dispostas em semi-círculo, para sentirem-se próximas mentalmente.
3-) Nunca quebrar a narração para fazer comentários (mesmo ligados à história) nem mesmo para
chamar a atenção de alguma criança.
4-) Conhecer bem a estória a ser narrada. O evangelizador que ler a história pouco antes da aula não está apto a narrá-la.
5-) Planejar a apresentação da história antes de contá-la, treinando antes a seqüência dos fatos, ligando-os à aprensetação das gravuras ou cartazes a serem utilizados durante a narrativa.
6-) Verificar se a hitória contém passagens que necessitem de anterior explicação. Caso exista, simplificar ao máximo, passando à sua necessária explicação.
7-) Verificar se a história ainda não é de conhecimento das crianças. O prévio conhecimento diminuiria muito o interesse.
8-) Não ponha ênfase em pormenores sem importância. Além de cansar, tiraria o valor das partes principais.
9-) Contar com naturalidade, usando uma linguagem, usando uma linguagem simples e correta. A linguagem deve estar à altura do entendimento das crianças.
10-) Modular a voz, encarando os ouvintes, sem fixar-se em nenhum.
11-) Nunca interrompa a narrativa, e conte a história com velocidade crescente.
12-) Verificar se as crianças estão bem acomodadas. Acúmulo de crianças tende a quebrar o interesse.
13-) Fale sempre em tom agradável, nem depressa e nem devagar.
14-) Evite comentários inúteis, pois cansam a a criança.
15-) Evite balbuciência (hesitação e timidez).
16-) Evite tartareio: Trocar "tá" por está; "né" por não é; "ocê" por você.
17-) Evite cacoetes: Dizer sempre ao fim da frase... Não é? Certo? Entende? Compreende?
Aliás... etc.
Etapas de Como contar Histórias.
1-) Incentivo Inicial: Nunca entremos diretamente no início da história. Através de conversações, gravuras, vários tipos de material didático, perguntas e outros recursos, aguçamos a curiosidade e o interesse da criança com relação a ouvir e conhecer a história.
2-) Apresentação de Expressões e passagens desconhecidas das crianças. Devem ser explicadas anteriormente, a fim de que não haja incompreensão durante a narração.
3-) Apresentação da história - Ao ouvir, as crianças devem estar em semi-círculo, se possível.
4-) Comentário da história - Marcar bem a passagem principal, passando a fixar o objetivo da história, relativo ao tema.
5-) Atividades de desenvolvimento - Perguntas individuais, gerias, reprodução da história e avaliação do aprendido. Pode-se aqui apresentar ainda a respeito do tema: dramatização, desenho, coro falado (jogral), canções e composições de outras histórias referentes ao tema.
Características do Bom Contador de Histórias:
a) Conhecer o enredo seguramente, evitando quebras de atenção e desconfiança por parte das crianças.
b) Confiar em si mesmo, preparando convenientemente.
c) Não ser afetado, narrar com toda naturalizade.
d) Não ter gestos bruscos, movimentando-se tranqüilamente.
e) Evitar tiques, estribilhos e cacoetes a fim de não distrair a atenção dos pequenos.
f) Atender a todos com igualdade.
g) Tom de voz agradável e não cansativa.
h) Sentir o que conta, permanecendo atento aos fatos.
(Fonte: Evangelização Infantil - Volume 1 - Mariluz Valadão Vieira - Editora Aliança - 1988)