Finalizando as nossas tarefas da noite de 20 de janeiro de 1955, foi Meimei quem nos trouxe o reconforto de sua palavra.
Expressando-se com o carinho que lhe assinala as manifestações, falou-nos sobre os méritos da boa-vontade.
O Sol é a força que nutre a vida na Terra.
Á boa-vontade é a luz que alimenta a harmonia entre as criaturas.
Acendamo-la no coração para caminhar com segurança e valor.
No lar, é chama atraente e doce.
Em sociedade, é fonte de concórdia e alegria. Onde falha o dinheiro e onde o poder humano é insignificante, realiza milagres.
Ao alcance de todos, não a desprezemos.
Em todos os lugares, há chagas que pedem bálsamo, complicações que rogam silêncio, desventuras que esperam socorro e obstáculos que imploram concurso amigo.
Muitos aguardam lances públicos de notabilidade e inteligência, no cultivo da caridade, acabando vencidos pelo tempo, entre a insatisfação e o desencanto.
Sejamos nós soldados diligentes no exército do bem, anônimos e humildes, atravessando os dias no culto fiel à fraternidade.
O ódio e a ignorância guerreiam com ímpeto, conquistando no mundo o salário da miséria e da morte.
O amor e o serviço lutam sem alarde, construindo o progresso e enaltecendo a vida.
Com a boa-vontade, aprendemos a encontrar o irmão que chora, o companheiro em dificuldade, o doente infeliz, a criança desamparada, o animal ferido, a árvore sem proteção e a terra seca, prestando-lhes cooperação desinteressada, e é por ela que podemos exercitar o dom de servir, através das pequeninas obrigações de cada dia, estendendo mãos fraternas, silenciando a acusação descabida, sofreando a agressividade e calando a palavra imprudente.
Situemo-la no princípio de todas as nossas atividades, a fim de que as nossas iniciativas e anseios, conversações e entendimentos não se desviem da luz.
Lembremo-nos de que a paz e a boa-vontade devem brilhar em nossos triunfos maiores ou menores com o nosso Divino Mestre.
É por isso que o Evangelho no berço de Jesus começa com a exaltação inesquecível das milícias celestiais:
— «Glória a Deus nas alturas, paz na Terra e boa-vontade para com os homens.»
(Instruções Psicofônicas. Meimei. Psicografado por Chico Xavier)