Bem-aventurados os aflitos que, chorando — não se desanimam,
que, ofendidos — não revidam,
que, esquecidos pelos outros — não olvidam os deveres que lhes são próprios,
que, dilacerados — não ferem,
que, caluniados — não caluniam,
que, desamparados — não desamparam,
que, açoitados — não praguejam,
que, injustiçados — não se justificam,
que, traídos — não atraiçoam,
que, perseguidos — não perseguem,
que, desprezados — não desprezam,
que, ridiculizados — não ironizam,
que, sofrendo — não fazem sofrer…
Até agora, raros aflitos da Terra conseguiram merecer as bem-aventuranças do Céu, porque, realmente, com amor puro, somente o Grande Aflito da Cruz se entregou ao sacrifício total pelos próprios verdugos, rogando perdão para a ignorância deles e voltando das trevas do túmulo para socorrer e salvar, com a sua ressurreição e com o seu devotamento à Humanidade inteira.
(Através do tempo. Espírito André Luiz. Psicografado por Chico Xavier)