Auxílios do invisível

“E, depois de passarem a primeira e segunda guarda, chegaram à

porta de ferro, que dá para a cidade, a qual se lhes abriu por si mesma; e,

tendo saído, percorreram uma rua e logo o anjo se apartou dele.” —

(ATOS, capítulo 12, versículo 10.)

Os homens esperam sempre ansiosamente o auxílio do plano espiritual.

Não importa o nome pelo qual se designe esse amparo. Na essência é invariavelmente o mesmo, embora seja conhecido entre os espiritistas por “proteção dos guias” e nos círculos protestantes por “manifestações do Espírito Santo”.

As denominações apresentam interesse secundário. Essencial é considerarmos que semelhante colaboração constitui elemento vital nas

atividades do crente sincero.

No entanto, a contribuição recebida por Pedro, no cárcere, representa lição para todos.

Sob cadeias pesadíssimas, o pescador de Cafarnaum vê aproximar-se o anjo do Senhor, que o liberta, atravessa em sua companhia os primeiros perigos

na prisão, caminha ao lado do mensageiro, ao longo de uma rua; contudo, o emissário afasta-se, deixando-o novamente entregue à própria

liberdade, de maneira a não desvalorizar-lhe as iniciativas.

Essa exemplificação é típica.

Os auxílios do invisível são incontestáveis e jamais falham em suas multiformes expressões, no momento oportuno; mas é imprescindível não se

vicie o crente com essa espécie de cooperação, aprendendo a caminhar sozinho, usando a independência e a vontade no que é justo e útil, convicto de

que se encontra no mundo para aprender, não lhe sendo permitido reclamar dos instrutores a solução de problemas necessários à sua condição de aluno.

(Caminho, verdade e vida. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier).

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