“Eis que o semeador saiu a semear.” Jesus (Mateus, 13:3)
“A perfeição está toda, como disse o Cristo, na pr ática da caridade absoluta; mas os dever es da caridade alcançam todas as posições sociais, desde o menor até o maior.”
(Cap. 17, Item 10)
Auxiliar, amparar, consolar, instruir!... Para isso, não aguardes o favor das circunstâncias. Jesus foi claro no ensinamento. O semeador da parábola não esperou chamado. Largou simplesmente as conveniências de si mesmo e saiu para ajudar. O Mestre não se reporta a leiras adubadas ou a talhões escolhidos. Não menciona temperaturas ou climas. Não diz se o cultivador era proprietário ou rendeiro, se moço no impulso ou amadurecido na experiência, se detinha saúde ou se carregava o ônus da enfermidade. Destaca somente que ele partiu a semear.
Por outro lado, Jesus não informa se o homem do campo recebeu qualquer recomendação acerca de pântanos ou desertos, pedreiras ou espinheirais que devesse evitar. Esclarece que o tarefeiro plantou sempre e que a penúria ou o insucesso do serviço foi problema do solo beneficiado e não dos braços que se propunham a enriquecêlo. Saibamos, assim, esquecernos para servir. Não importa venhamos a esbarrar com respostas deficientes da gleba do espírito, às vezes desfigurada ou prejudicada pela urze da incompreensão ou pelo cascalho da ignorância. Idéia e trabalho, tempo e conhecimento, influência e dinheiro são possibilidades valiosas em nossas mãos. Todos podemos espalhálas por sementes de amor e luz. O essencial, porém, será desfazer o apego excessivo às nossas comodidades, aprendendo a sair.
(Livro da Esperança. Cap. 52. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier )