1)Falar baixo, entre os dentes e de forma afetuosa. O timbre e o volume da voz, e a velocidade da palavra, devem ser médios. Falar sempre com doçura.
2) Ler a aula, Isso quebra qualquer interesse que possa ter o grupo pelo assunto, transmitindo apenas sono e desinteresse. A aula deve ser previamente preparada e planejada: é um dos principais requisitos para que haja boa assimilação.
3) Permanecer sentado ou de pé, sempre no mesmo lugar - O evangelizador, enquanto fala e dirige a aprendizagem, deve andar entre os alunos, localizando-se em determinado ponto, por alguns minutos. É de bom alvitre conservar-se em pé, com boa gesticulação enquanto fala, sempre chamando a atenção de todos para o assunto tratado. Assentar-se entre as crianças, deve ser fato passageiro, unicamente utilizado em atividades de modelagem, colagem, recortes, etc, que exigem imobilidade. Assentando-se em definitivo entre as crianças, ele perde o domínio da classe.
4) Adaptar-se ao meio - Certos evangelizadores, caracteristicamente passivos, ao invés de levarem inovação e renovação, adaptam-se ao ''modus vivendi'' das crianças, ou seja, sua linguagem, costumes, hábitos, de tal forma que em lugar de exercer sobre o meio ambiente a sua influência educativa, é sufocado por ele. Acostuma-se ao meio ganhando-lhe os vícios.
5) Desordem em classe - Quando a aula causa interesse, o problema da desordem deixa de existir. ''Criança interessada é aprendizagem realizada''. Se o evangelizador perceber desordem em classe (conversação das crianças entre si ou crianças que se movimentam fora de hora), é sinal que há desinteresse por parte dos alunos. Deve então, modificar o método e a motivação da aula, analisando os pontos falhos.
6) Crianças que falam ao mesmo tempo - Acostumar a criança a ser disciplinada. Falar no momento adequado, dando chance aos companheiros, cada qual na sua vez.
7) Linguagem inadequada - A linguagem inacessível ao entendimento da criança é anti-pedagógico. A linguagem deve ser clara e simples, correta e precisa, sem qualquer subjetividade. Qualquer termo novo e diferente, deve ser esclarecido na primeira oportunidade.
8) Interrogatório inadequado e mal dirigido - As perguntas devem ser feitas de acordo com o nível mental da classe, fixando a aprendizagem com o interrogatório em ordem crescente, e depois em ordem decrescente, passando-se às perguntas alternadas.
9) Não exemplificar o que ensina - Deve o evangelizador primar pela observação aos princípios evangélicos que ensina, exemplificando os próprios ensinamentos. Do contrário estaria cumprindo o ''faça o que eu falo, não o que eu faço''.
Não é difícil manejar-se uma classe, desde que obedeçamos a certas regras fundamentais, das quais decorrem o domínio completo e daí a dinâmica imprescindível à aprendizagem.
( Programa para a infância. Federação Espírita do Estado de São Paulo. Área da Infância, juventude e mocidade, 1998).