Nos comentários do Evangelho guardemos abstenção de referências a outras escolas religiosas do nosso campo de ação, quando essas referências se efetuem num sentido menos edificante.
A mesma bondade infinita que nos socorre nos santuários espíritas cristãos é a mesma que se expressa nos templos de outra feição interpretativa da Divina Ideia de Deus.
Não é a religião que destaca o homem, mas sim o homem quem salienta ou desfigura a religião que esposa e pretende servir.
Saibamos honrar o Espiritismo Evangélico na elevada compreensão de quem encontrou o Pai no Todo-Compassivo Senhor e de quem abraçou na Humanidade a própria família.
A revelação do Céu é invariável como a luz que flui da grandeza solar, a benefício das criaturas. Sempre a mesma para todos. Difere, em nossa vida, tão somente, no trabalho transformador com que a recebemos.
Convertamos, desse modo, o patrimônio de bênçãos que nos felicita em serviço de amor aos nossos semelhantes.
Somente o amor é capaz de soerguer-nos da perturbação para a harmonia e das trevas para a luz.
Seja a nossa religião o amor que se exprima, incessante, em caridade, tolerância, paciência, fraternidade, trabalho e dever bem cumprido, no estímulo constante ao melhor que possamos fazer, e o sectarismo desaparecerá totalmente das nossas profissões de fé, porquanto, não mais encontraremos adversários na senda redentora, e sim irmãos de experiência e de luta, felizes, ou iluminados ou menos esclarecidos, em cuja companhia dispomos da sublime oportunidade de aprender com Jesus para a Vida Eterna.
(Luz e vida. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)