Amar aos inimigos, na conceituação de Jesus, não será praticar servilismo ou bajulação.
É compreender, acima de tudo, que as faltas daqueles que não se afinam conosco poderiam ter sido nossas e imaginar quão felizes nos sentiríamos se tivéssemos, porventura, os nossos erros desculpados e esquecidos, por aqueles aos quais tenhamos ofendido.
Efetivamente, ser-nos-á possível amar aos nossos adversários, cultivando atitudes diversas, quais sejam:
- orar pela felicidade deles, no silêncio do coração, a envolvê-los em vibrações de paz e encorajamento;
- destacar-lhes as qualidades nobres, quando em conversação com pessoas amigas, ao redor de ocorrências que lhes digam respeito;
- desembargar, quanto se nos faça possível, de maneira oculta e indireta, os caminhos para as realizações que demandem ;
- auxiliar-lhes os entes queridos, quando estejam à frente de problemas que lhes surjam no cotidiano, de modo a aliviar-lhes as provações;
- induzir companheiros a prestar-lhes apoio nas tarefas úteis a que se empenham;
- mentalizá-los sempre tranquilos e felizes; desencorajar quaisquer campanhas negativas, tendentes a suscitar-lhes desgostos e prejuízos;
- sobretudo, não nos referirmos, em tempo algum, a essa ou aquela dificuldade que nos hajam causado.
Não digas, portanto, que não podes amar aos inimigos, porque existem vários meios de endereçar-lhes compreensão e afeto, sem humilhá-los com a nossa possível benevolência.
Decerto Jesus, quando nos aconselhou amar aos ofensores, não desejava transformar-nos em carpideiras, junto daqueles que, acaso, não nos entendam ou nos firam e, sim, espera que os tratemos a todos, na condição de irmãos autênticos e, tanto quanto nós, amados filhos de Deus.
(Monte acima. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)