Adaptação dos filhos em sala de aula

            (...) O período inicial de adaptação da criança à escola de evangelização, especialmente de crianças mais novas, deve ser visto e abordado com bastante sensibilidade e bom senso.

            Há crianças que se adaptam com muita segurança e tranquilidade, não sendo necessária a presença dos pais e/ou responsáveis em sala. Outras exigem mais atenção e zelo, sendo importante considerar e respeitar as características da criança envolvida, dos evangelizadores, da turma e da família.

            Inicialmente, é importante oferecer aos pais e responsáveis esclarecimentos prévios sobre o processo da evangelização, seus objetivos, programação e funcionamento na instituição espírita. Com tais elementos, a família poderá abordar junto à criança, no ambiente doméstico, os propósitos dela participar das atividades de evangelização, ressaltando as atividades interessantes que ela poderá realizar em sala.

            Quando a criança solicita, de modo recorrente, a presença dos pais em sala de aula, a equipe de coordenação da tarefa deve estar atenta para compreender o sentido desse comportamento, a fim de que possa melhor auxiliá-la em seu processo de adaptação e desenvolvimento.

            Dessa forma, vale verificar se a criança apresenta dificuldade em permanecer sozinha em outros contextos ou se essa dificuldade surge apenas nas aulas de evangelização, para melhor entender a situação.

            Para o êxito das atividades, é essencial considerar o bem estar e o conforto da criança no ambiente da evangelização, sem prejudicar sua autonomia, tampouco a dos evangelizadores.

            Assim, quando necessária, a presença dos pais nos primeiros dias de aula pode ser bem-vinda, quando tiver o intuito de facilitar a transição da criança do ambiente familiar para a sala de aula, bem como de favorecer a formação do vínculo com os evangelizadores e com as demais crianças da turma. Para tanto, mostra-se válida uma adequada orientação aos pais nessa fase:

            – Durante o período de adaptação da criança, os pais podem permanecer em sala como pontos de apoio e de incentivo à participação e ao engajamento da criança nas atividades propostas pelos evangelizadores, evitando interagir muito com o filho e envolvendo-se em outras atividades, como por exemplo, a leitura, a fim de que o vínculo de confiança entre a criança e o evangelizador seja fortalecido.

            – Com a progressiva adaptação da criança, os pais podem iniciar seu afastamento da sala de aula com saídas para tomar água, utilizar o banheiro, atender ao telefone etc, de modo que suas ausências se estendam, gradativamente, por mais tempo e tornem-se mais frequentes, até não ser mais necessária sua entrada em sala.

            – Os pais ainda podem ser orientados a combinar com as crianças de estarem à sua espera na porta a sala no instante que esta for aberta, ao final da aula. Atentem para a importância de tal combinado ser cumprido!

            – Muitos Centros Espíritas oferecem atividades próprias para os pais durante a atividade de evangelização. Esclarecendo a criança quanto a isso, ela poderá compreender que os pais também estarão em momento de aprendizagem como ela.

            Lembramos, ainda, que confraternizações e momentos de interação entre a família, a criança e o evangelizador podem e devem ser incentivados ao longo do ano, favorecendo o aprendizado conjunto e a vivência dos ensinamentos de Jesus à luz da Doutrina Espírita.

            Outros momentos de diálogo e troca de informações e experiências entre a equipe de evangelização e as família dos evangelizandos podem ser promovidos, proporcionando a participação ativa dos pais no processo de evangelização dos filhos.

(Equipe de Evangelização do DIJ / FEB. Fonte : https://www.dij.febnet.org.br)

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