Aquele que realmente conhecia a si mesmo, passando entre os homens, nunca perdeu de vista o esquecimento incondicional, diante da injúria e da violência.
Repelido — desculpava.
Ironizado — compreendia.
Desprezado — auxiliava sempre.
Aprisionado sem razão — não recorreu à justiça.
Espancado — abençoava os próprios verdugos.
Escarnecido — orava em silêncio pedindo ao Céu a paz dos perseguidores.
Condenado à morte sem culpa — esqueceu a suprema afronta.
E içado à cruz entre salteadores — estendeu o perdão puro e simples, rogando ao Pai Celeste amparasse aos que se Lhe erigiam no monte da crucificação em frios carrascos.
Tudo isso aconteceu com Ele, o Cristo de Deus e Governador Espiritual do Mundo, coroado de espinhos.
Entretanto, por Sua serenidade, ensinou aos aprendizes do Seu Evangelho de Redenção, a viverem no mundo com a bênção do amor, a fim de que todos nós, aprendamos, por fim, a ressurgir da morte, não possuídos pela estreiteza de existência nos Planos inferiores da carne, mas, sim, possuindo, além-túmulo, a alegria triunfante da vida vitoriosa.
(Vida e Caminho. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)