Um pai tinha três filhos. Desejando ensiná-los a serem trabalhadores e diligentes, de forma que pudessem aproveitar as oportunidades que lhes fossem concedidas durante a existência, um dia chamou-os e lhes disse:
— Meus filhos, vou viajar. Antes, porém, vou dar-lhes algumas moedas para que vocês as utilizem da melhor maneira possível, de forma a fazê-las render. Em uma semana estarei de volta e quero ver o que cada um conseguiu fazer com o dinheiro que lhes dei.
Chamou um filho e deu-lhe cinco moedas, duas moedas ao outro e uma moeda ao terceiro filho.
Os garotos ficaram muito felizes com seu tesouro.
O filho que ganhara cinco moedas, após muito pensar, resolveu comprar material e fazer pipas para vender. Assim, trabalhou bastante e, quando ficaram prontas, vendeu todas elas rapidamente. Dessa forma, conseguiu recuperar o que havia gasto e ganhar mais cinco moedas, ficando com dez.
O garoto que ganhara duas moedas pensou bastante, pois não tinha muito dinheiro. O que fazer? Afinal, resolveu.
Foi até o supermercado, comprou pacotinhos de suco e os preparou. Depois, arrumou uma barraquinha e vendeu copos de suco para os amigos.
Assim, recuperou o que havia gasto e ganhou mais duas moedas, ficando com quatro.
O terceiro filho, que recebera uma única moeda, colocou-a no seu cofrinho, com medo de perdê-la, e não fez nada.
Uma semana depois o pai voltou e pediu contas aos filhos das moedas que lhes entregara.
O que havia ganho cinco moedas, entregou dez ao pai, explicando, todo entusiasmado, o que fizera.
— Muito bem, meu filho! Gostei de ver o seu esforço. Parabéns!
O segundo filho, que ganhara duas moedas, entregou as quatro moedas ao pai e, muito animado, explicou o que tinha feito para consegui-las, recebendo os cumprimentos:
— Parabéns, meu filho! Você soube fazer seu dinheiro render de forma útil.
O terceiro filho, que recebera uma única moeda, aproximou-se um pouco envergonhado ao ver o relato dos irmãos e justificou-se, devolvendo a moeda ao pai:
— Aqui está sua moeda, meu pai. Fiquei com medo de perdê-la e guardei-a nesse cofrinho para devolvê-la ao senhor quando voltasse.
O pai, muito desapontado, falou com severidade:
— Você foi preguiçoso, meu filho, e não mereceu a moeda que lhe confiei. Por isso, como você a devolveu sem fazer nada, vou entregá-la a um de seus irmãos que saberá usá-la de forma útil.
E assim, corando de vergonha, o menino perdeu a oportunidade que o pai lhe concedera.
Também assim acontece conosco na vida. Deus, que é nosso Pai, nos concede “talentos” que são oportunidades para algo fazermos de bom na vida, e que precisamos fazer com que frutifiquem a benefício da nossa evolução, ajudando ao nosso próximo e a nós mesmos.
(Adaptação da Parábola dos Talentos, Evangelho de São Mateus, XXV:14 a 30. Célia Xavier Camargo.Fonte: O Consolador - Revista Semanal de Divulgação Espírita)