O êxito no trabalho,
Com que o homem se apresenta,
Depende da vigilância
Que se deve à ferramenta.
A enxada laboriosa,
Que coopera e não se cansa,
Pede zelo no serviço,
Para agir com segurança.
A agulha por ministrar
Benefícios e atenções,
Não dispensa tratamentos,
Desvelos e condições.
Nos trabalhos do tecido,
Em tudo que atinja o assunto,
O tear pede harmonia
Nas peças do seu conjunto.
A própria cozinha humilde,
No que diz respeito a ela,
Reclama copo asseado
E limpeza na panela.
No círculo das tarefas
Da mais simples à maior,
Descuidada a ferramenta,
Tudo vai pelo pior.
Sem isto, qualquer serviço
Inclina-se à negação
E tende com rapidez
Às sombras da confusão.
Instrumento corrompido
Marca início de insucesso.
Sem lutas de vigilância,
Não há bênçãos de progresso.
O problema do utensílio,
É tão belo quão profundo...
Lembra sempre que teu corpo
Atende essa lei no mundo.
Viveres de corpo ao léu,
Estranho aos cuidados teus,
É injúria feita ao trabalho,
Menosprezo aos dons de Deus.
(Cartilha da Natureza. Casimiro Cunha. Psicografado por Chico Xavier)