O homem sensato e nobre,
Quando faz a moradia,
Toma alvitres à prudência,
Conselho à sabedoria.
Primeiramente examina
O local, a posição,
E edifica os alicerces
Devidos à construção.
Não se cansa de escutar
As vozes da sensatez,
Que sugerem vigilância
E induzem à solidez.
Muito antes da parede,
Da janela, do portal,
Reflete fazendo contas
E escolhe o material.
Raciocina por si mesmo,
Não perde ponderações,
E estuda todo problema
Das suas aquisições.
Não se atira a preço baixo,
De matéria condenada;
A sucata não lhe serve,
Nem madeira carunchada.
Acima de toda ideia,
Vibra a ideia de seu lar.
Seleciona a caráter
Cada coisa em seu lugar.
Impõe-se nos seus desejos,
Sereno, prudente, ativo;
O senso da qualidade
Garante-lhe o objetivo.
Esse homem previdente
Dá lições a cada qual,
Na construção do edifício
Da vida espiritual.
Escolhe teus pensamentos
No dever que te governa.
Ideias, palavras, atos,
Constroem-te a casa eterna.
(Cartilha da natureza. Casimiro Cunha. Psicografado por Chico Xavier)