Era uma vez uma linda e boa menina chamada Lucinha. Ela morava com sua avós, D. Marcelina, uma simpática senhora de cabelos brancos.
Lucinha ajudava nos serviços da casa: varria, limpava e fazia as compras, pois sua avó era muito velhinha, já não podendo sair de casa.
Lucinha gostava muito de brincar com as suas amiguinhas. Era alegre, e gostava de sempre participar das festas com as crianças da vizinhança. Porém, havia uma coisa que entristecia profundamente a bondosa Lucinha: ver alguém sofrendo.
Quando encontrava um cãozinho ou um gatinho doente na rua, ela ficava com muita pena e os levava para casa. Sua avó sempre a advertia:
- Querida! Nós não podemos ficar com tantos animais doentes aqui em casa! Por que tem de trazer todos, logo para esta casa? Deixe-os, para que outros os ajudem também!
Mas Lucinha se apiedava muito dos bichinhos, e fazia questão de ajudá-los. Depois de curados e gordinhos, dava-os para suas amiguinhas e sempre ia visitá-los.
Uma tarde, quando voltava da feira, ouviu um gemido que vinha de uma lata de lixo. Parou, olhou intrigada, e viu um cãozinho, com olhos tristes e suplicantes. Cheia de pena, tomou-o nos braços e ia saindo, quando surgiu um homem com uma cara muito feia.
- Deixe que ele morra! Está com a perna quebrada. Não perca seu tempo com ele!
Lucinha, penalizada, olhou o animalzinho que gemia sem parar, e , sem ouvir o mau homem, levou-o com ela, com muito carinho.
Chegando em casa, amarro um pequeno pedaço de madeira em sua perninha, medicou-o e tratou-o com muito amor. Pôs-lhe o nome de Totó.
Os dias se passaram. Lucinha e Totó ficaram grandes amigos. Alimentando-se bem, Totó crescia e se fortificava. Lucinha já não ficava muito tempo sem sua companhia.
No fim de quinze dias, retirou a madeira da perninha do cão e viu que ele estava curado. O cãzinho, satisfeito, corria de um lado para outro, fazendo-lhe festas.
Contente, Lucinha orou a Jesus, agradecendo a cura de seu amiguinho. Ele não mais iria embora como os outros, pois Lucinha muito o amava, havendo um grande lugar para ele em seu coração.
(autor desconhecido)