A besourinha feliz


Joaninha é uma encantadora besourinha. Sua beleza vinha da alma. Tão pequenina e já sabia ser feliz. Morava nos ramos de um lindo roseiral. Balançando prá lá... pra cá... de olhinhos fechados, sentia o sol a bater em seu corpinho e com o perfume das rosas, adorava aquele
recanto.
Era aí que refletia sobre a melhor maneira de viver em paz consigo mesma: quando surgia algum problema, procurava ficar calma e sentia a ajuda de anjo guardião.
Estava Joaninha numa bela manhã balançando prá lá... prá cá... tomando sol como de costume, quando vê um grilinho, muito apressado, bracinhos caídos para trás, cabeça baixa, tristonho, andando de um lado para outro.
Joaninha percebeu logo que seu amiguinho estava angustiado. Desceu do roseiral e, aproximou-se com jeitinho, disse:
_ Olá, Grilinho! Você me parece estar precisando de um amigo!
_ Oi, Joaninha! Como é bom ter alguém com quem se possa contar:
_ Mas, fale. O que o põe triste assim?
_ Bem... sabe o quê é? Eu agora peguei a mania de mentir. Isto está trazendo conseqüências desastrosas. Acabo de passar uma grande vergonha.
Mal acabara de falar, seu rosto ficou vermelho como tomate maduro.
_ Isso – Falou Joaninha - Aconteceu com todos nós quando ficamos invigilantes. É preciso pensar mais antes de falar, para errarmos menos.
_ Você parece ser feliz. Como consegue?
_ Quer saber? Venha conhecer o recanto onde eu me ponho a pensar.
E lá se foram os dois subindo o roseiral. Sentando-se no ramo, disse ela:
_ Sente-se também. Procure sentir o sol que nos aquece, olhe que céu azul bonito, sinta o
perfume dessa rosa. Não é maravilhoso? Pois bem... É aqui que venho pensar o que fiz de bom e de errado. Bem, não é preciso dizer que o bem só nos faz sentirmos bem e o errado nos faz
sentirmos mal. Aí eu penso: “O que me levou a errar?” Quando descubro, tudo fica claro, procuro me corrigir e não erro mais.
_ Ah! Como é bom estar aqui e ouvir você falar! – disse suspirando o Grilinho.
Já calmo, despediu-se de sua boa amiguinha. Parece que conseguira refletir e compreender o
que o levava a agir daquela forma errada. Passados alguns dias, estava Joaninha no roseiral balançando prá lá... prá cá... refletindo, quando foi despertada.
_ Psiu! Joaninha!...
Ela olhava para todos os lados e não via ninguém.
E o Grilinho insistia:
_ Joaninha, aqui!
Lá estava ele no meio das folhagens.
_ O que está fazendo aí? Parece tão feliz!
_ Sim, este é o meu recanto para refletir. Aprendi com você a pensar melhor nas coisas e errar menos. Já me corrigi daquele hábito feio de mentir. Sinto-me em paz comigo mesmo. Como é bom refletir! A gente se conhece melhor e fica fácil corrigir as coisas erradas que fazemos.
Estou ensinando este segredo a todos amigos.
Até a Minhoca, a Abelha e a Borboleta gostaram da idéia e já escolheram um cantinho para refletir.
Obrigado, amiga, pelo que nos fez!
E assim, naquela comunidade todos passaram a ser felizes porque aprenderam a refletir.

(autor desconhecido)

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