Em grande cidade brasileira, Dona Rita Amaral, pobre viúva, mãe de dois meninos paralíticos, lavava roupa, a fim de ganhar o pão.
Humilde e resignada, seu maior consolo era ouvir as lições do Evangelho, numa grande instituição espírita, responsável por vários serviços diários.
Numa noite em que a abnegada irmã falara expressivamente quanto à assistência social, com alicerces na caridade pura, Dona Rita pediu avistar-se em particular com o diretor da organização.
Conversaram ambos, longamente.
Decorridos alguns dias, algo aconteceu no templo, chamando a atenção de todos.
Os vasos sanitários daquela casa de socorro espiritual amanheciam brilhando.
Todos os freqüentadores e visitantes se admiravam da limpeza sistemática e singular dos aludidos departamentos, o que perdurou por dezenove anos consecutivos, até que Dona Rita desencarnou.
Foi então que o presidente do instituto, ao recordar-lhe a figura correta e simples, revelou que fora ela a benfeitora oculta da casa, efetuando-lhe as tarefas de higienização, sem qualquer pagamento, durante quase quatro lustros.
Não lhe sendo possível colaborar com dinheiro, nas obras assistenciais da agremiação, oferecera-se para o asseio diário do edifício e, porque lhe não era possível comparecer durante o dia ao trabalho, à face dos deveres de mãe para com os filhinhos algemados ao catre, vinha, pontualmente, pela madrugada, atender ao serviço.
O exemplo comoveu a todos e, ainda hoje, nos infunde a maior impressão.
(Evangelho em casa. Espírito Meimei. Psicografado por Chico Xavier)