Resumo - Emmanuel Swedenborg
Emmanuel Swedenborg nasceu em 1688, em Estocolmo, na Suéciae morreu com 84 anos. É considerado um homem notável, pelo seu grande conhecimento em diversas áreas da ciência, destacou-se especialmente na Teologia, na Mecânica, na Física e na Metalurgia.
Os reis o chamaram para os seus conselhos. Em 1716, Carlos XII o nomeou seu assessor na Escola de Metalurgia de Estocolmo. A rainha Ulrica o fez nobre, e ele ocupou os postos de maior relevo, com distinção, até 1743, época em que teve a sua primeira revelação espírita. Tinha, então, 55 anos. Eis como ele próprio conta a sua primeira revelação:
“Eu estava em Londres e jantava muito tarde (...) Senti fome e comia com muito apetite. Ao terminar, percebi que uma espécie de nevoeiro se espalhava ante meus olhos e vi o assoalho do quarto coberto de répteis horrorosos, tais como serpentes, sapos, lagartos e outros.
Fui tomado de medo à proporção que as trevas aumentavam; contudo, logo elas se dissiparam. Vi, então, claramente um homem em meio a uma luz viva e radiante, sentado a um canto do quarto; os répteis haviam desaparecido com as trevas. Encontrava-me só; imaginai o pavor que se apoderou de mim, quando o ouvi pronunciar distintamente, mas com um tom de voz capaz de
imprimir terror: “Não comas tanto!”
Conhecendo as faculdades de que era dotado, a rainha Luísa Ulrica o havia encarregado, um dia, de saber do Espírito de seu irmão, o príncipe da Prússia, porque, algum tempo antes de sua morte, ele não respondera a uma carta que ela lhe havia enviado para pedir conselhos. Ao cabo de vinte e quatro horas Swedenborg teria relatado à rainha, em audiência secreta, a resposta do príncipe.
No conhecidíssimo caso de Gothenburg, o vidente observou e descreveu um incêndio em Estocolmo, a trezentas milhas de distância, com perfeita exatidão, enquanto estava num jantar com dezesseis convidados, o que é um valioso testemunho.
Em um dos ensinamentos de sua doutrina, Swedenborg divide o mundo dos Espíritos em três lugares diferentes: céus, lugares intermediários e infernos. Diz ele: “Depois da morte entramos no mundo dos Espíritos; os santos dirigem-se voluntariamente para um dos três céus e os pecadores para um dos três infernos, de onde jamais sairão.” No entanto, essa doutrina desesperadora anula a misericórdia de Deus.
Ele cometeu um equívoco dificilmente perdoável: o de aceitar cegamente tudo quanto lhe era ditado, sem o submeter ao controle severo da razão. Seus próprios erros devem ser um ensinamento para os médiuns demasiado crédulos, que certos Espíritos procuram enganar.
A doutrina de Swedenborg, apesar de conter erros, reconhecidos por ele mesmo após a morte, possui o mérito de propagar a crença na possibilidade da comunicação com os espíritos. Além disso, Swedenborg não deixa de ser uma grande figura cuja lembrança ficará ligada à história do Espiritismo, do qual foi um dos primeiros e mais zelosos iniciadores.