Utilize o conteúdo da aula, designado por "Subsídio para o Evangelizador", para desenvolver palestras espíritas para jovens e adultos.
Aula 87 - Cura à distância - O servo do centurião e o filho do oficial
Ciclo 1 - História: O filho do oficial - Atividade: PH - Jesus - 46 - A cura do filho do oficial do rei.
Ciclo 2 - História: O servo do Centurião/ O filho do oficial - Atividade: PH - Jesus - 47 - A cura do servo do centurião.
Ciclo 3 - História: O servo do Centurião / O filho do oficial - Atividade: PH - Jesus - 48- Jesus e o Centurião.
Mocidade - História: O servo do Centurião / O filho do oficial - Atividade: 2 - Dinâmica de grupo: Autoridade moral X Autoridade material.
Dinâmica: Cura à distância.
Sugestão de vídeo: A cura do filho de um oficial - História Bíblica - Momento da Criança. Obs.: Jesus não fazia milagres (algo sobrenatural), a cura realizada foi um fenômeno natural explicada pelo Espiritismo (Dica: Pesquise no Youtube)
Leitura da Bíblia: Mateus - Capítulo 8
8.5 E, entrando Jesus em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe,
8.6 E dizendo: Senhor, o meu criado jaz em casa, paralítico, e violentamente atormentado.
8.7 E Jesus lhe disse: Eu irei, e lhe darei saúde.
8.8 E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar.
8.9 Pois também eu sou homem sob autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu criado: Faze isto, e ele o faz.
8.10 E maravilhou-se Jesus, ouvindo isto, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé.
8.11 Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus;
8.12 E os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.
8.13 Então disse Jesus ao centurião: Vai, e como creste te seja feito. E naquela mesma hora o seu criado sarou.
João - Capítulo 4
4.46 Ora, havia um oficial do rei, cujo filho estava enfermo em Cafarnaum.
4.47 Quando ele soube que Jesus tinha vindo da Judéia para a Galiléia, foi ter com ele, e lhe rogou que descesse e lhe curasse o filho; pois estava à morte.
4.48 Então Jesus lhe disse: Se não virdes sinais e prodígios, de modo algum crereis.
4.49 Rogou-lhe o oficial: Senhor, desce antes que meu filho morra.
4.50 Respondeu-lhe Jesus: Vai, o teu filho vive. E o homem creu na palavra que Jesus lhe dissera, e partiu.
4.51 Quando ele já ia descendo, saíram-lhe ao encontro os seus servos, e lhe disseram que seu filho vivia.
4.52 Perguntou-lhes, pois, a que hora começara a melhorar; ao que lhe disseram: Ontem à hora sétima a febre o deixou.
4.53 Reconheceu, pois, o pai ser aquela hora a mesma em que Jesus lhe dissera: O teu filho vive; e creu ele e toda a sua casa.
4.54 Foi esta a segunda vez que Jesus, ao voltar da Judéia para a Galiléia, ali operou sinal.
Tópicos a serem abordados:
- O relato da cura do filho do oficial do rei e do servo do centurião realizada por Jesus mostra dois casos de cura à distância.
- Cafarnaum, era uma das grandes cidades da Galiléia, e o governo romano tinha lá uma milícia composta de cem soldados, sob a direção de um comandante. Esse comandante tinha o título de centurião, justamente porque comandava cem soldados.
- Logo que o centurião teve conhecimento da entrada de Jesus na cidade de Cafarnaum, foi à procura do Mestre, e, encontrando-o logo, queixou-se do mal de que sofria o seu criado. Ele estava sofrendo de paralisia, uma grave doença. Provavelmente o Centurião já havia chamado, anteriormente, médicos para tratá-lo, porém não teve melhoras.
- Sabendo que Jesus já havia realizado outras curas, o Centurião foi ao encontro do Grande Médico Espiritual. O centurião agiu com sabedoria, porque seu pedido foi recebido com toda a consideração: “Eu irei curá-lo”, disse Jesus.
- Qual é o médico que, sem ver o doente, sem examinar; sem ver os olhos, tocar seu corpo; sem ouvir o coração ou os pulmões; sem perguntar ao doente, ou a pessoa que o assiste, onde sente dor; se come, se bebe, se tem febre, pode dizer categoricamente: “Eu irei curá-lo”? Sabemos que todos os médicos podem dizer, ao serem chamados para cuidar de um doente: “Eu irei tratá-lo”, mas dizer: “Eu irei curá-lo”?! Eis porque sempre afirmamos que Jesus foi o maior de todos os médicos e que ninguém foi, nem é tão sábio quanto ele.
- Vimos que Jesus se prontificou imediatamente a ir à casa do centurião para curar o doente. Mas o Centurião, humildemente, lhe respondeu: ''Senhor! Não sou digno de que entres em minha casa; porém diz somente uma palavra, e o meu criado há de sarar.'' Esta é uma frase que todos nós deveríamos sempre, em nossas preces, e de todo o coração, dizer ao Mestre, quando lhe solicitamos graças e benefícios. Porque não somos dignos de que Jesus entre em nosso lar. Nossas paixões, nossos vícios, nossa inferioridade e o nosso coração pequenino nos fazem envergonhar em tua presença.
- Não era preciso que Jesus entrasse na casa do centurião para que o servo desse comandante ficasse livre da doença. O Centurião sabendo disso lhe disse: ''Porque também sou homem sujeito à autoridade e tenho soldados às minhas ordens, e digo a um: vai ali, e ele vai''. Ou seja, o seu chefe era o governador romano; mas o chefe de Jesus é o Governador do Universo. Assim como tinha soldados à sua disposição; também sabia que o Mestre possui legiões de Espíritos santificados pela tua Palavra, que estão sob o teu domínio.
- E Jesus maravilhado diante dessas palavras disse: ''Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé.'' Então disse Jesus ao centurião: ''Vai, e como creste te seja feito. E naquela mesma hora o seu criado sarou.'' Jesus, durante a sua missão terrestre, foi sempre acompanhado de uma grande falange de Espíritos que executavam suas ordens. E apesar de estar distante do criado, mandou que um dos seus Mensageiros se transportasse à casa do oficial para realizar a cura do doente.
- No Evangelho de João tem um relato semelhante de Jesus curando o filho do oficial do Rei, onde também houve uma cura à distância. O Espiritismo nos esclarece que através da ação fluídica, ou seja, por meio do passe, é possível abaixar a febre de alguém e realizar a cura de diversas doenças. A fluidoterapia, quando bem aplicada, é a melhor medicação que se pode dar ao enfermo.
Perguntas para fixação:
1. O que era um centurião?
2. Que tipo de doença tinha o seu servo?
3. Quem é o médico que conhecemos, que sem ver o doente e sem examiná-lo pode dizer que irá curá-lo?
4. Por que o centurião disse que não era digno de que entrasse em sua morada?
5. Como Jesus curou o servo, sendo que se estava longe de tua casa?
6. Quem foi a outra pessoa que Jesus curou também à distância?
7. De que maneira os Espíritos podem realizar a cura de um doente?
Subsídio para o Evangelizador:
Cafarnaum, era uma das grandes cidades da Galiléia, muito próxima à foz do Rio Jordão, onde João Batista costumava fazer suas pregações, convidando o povo ao arrependimento dos pecados.
E como ficava na estrada comercial que ia da cidade de Damasco ao Mar Mediterrâneo, o governo romano tinha lá uma milícia composta de cem soldados, sob a direção de um comandante.
Esse comandante tinha o título de centurião, justamente porque comandava cem soldados.
Pelo que se compreende do trecho que acabamos de ler, logo que o centurião teve conhecimento da entrada de Jesus na cidade de Cafarnaum, sem mais detenças fardou-se e foi à procura do Moço Nazareno, e, encontrando-o logo, queixou-se do mal de que sofria o seu criado: “O meu criado jaz em casa paralítico, padecendo horrivelmente.”
Ora, sendo Cafarnaum uma cidade populosa, de certa importância, a ponto de ser guardada por uma milícia de cem soldados, comandada por um centurião, havia forçosamente alguns “médicos” ali residentes — pois naquele tempo já os havia; tanto assim que um deles, Lucas, se tornou apóstolo de Jesus.
Pelo que diz o Evangelho, podemos ainda ficar sabendo que a moléstia que acometera o criado do Centurião era paralisia, e paralisia que ocasionava grandes sofrimentos; sabemos ainda mais, que a moléstia do homem era grave, e que esse servo do centurião, segundo afirma Lucas, que era médico, estava até moribundo, nas vascas da agonia, às portas da morte. É impossível, pois, que o centurião, que era pessoa de recursos, e que muito estimava o seu servo, não houvesse chamado médicos para tratá-la!
O doente não podia ter ficado até aquele momento sem medicação, embora a medicação não lhe tivesse dado melhoras.
Provavelmente desanimado com o tratamento da Ciência daquele tempo, o centurião, homem instruído, sabendo das curas que Jesus havia operado, pois, pouco antes de entrar em Cafarnaum, o Mestre tinha curado um leproso, deliberou valer-se do Grande Médico Espiritual para curar o servo.
E sabiamente agiu o centurião, porque seu pedido foi recebido com toda a consideração: “Eu irei curá-lo”, disse Jesus. Admirável frase esta: “Eu irei curá-lo”!
Qual é o médico que, sem ver o doente, sem perscrutar, sem examinar; sem ver os olhos, tocar o ventre, o fígado, o peito ou as costas; sem auscultar o coração ou os pulmões; sem fazer análise de urina, ou de escarros, ou de fezes; sem inquirir do doente, ou da pessoa que o assiste, onde sente dor; se come, se bebe, se tem febre, pode dizer categoricamente a qualquer que o chama para socorrer um sofredor: “Eu irei curá-lo”?
Sabemos que todos os médicos podem dizer, ao serem chamados para assistir um doente: “Eu irei tratá-lo”, mas dizer: “eu irei curá-lo”?!
Só houve um na Terra que, sem tomar pulso, sem pôr termômetro, sem perguntar sintomas e sem ver o doente, nem lhe saber o nome, nem lhe indagar a idade, pode afirmar sábia e categoricamente, quando lhe pediram auxílio: “Eu irei curá-lo”!
Eis porque sempre afirmamos que Jesus foi o maior de todos os médicos e que ninguém foi, nem é tão sábio quanto ele. O Mestre não tratava de doente, não alimentava moléstias; curava os doentes, matava as moléstias. A sua ação no mundo foi verdadeiramente estupenda, extraordinária, maravilhosa. Só ele era capaz de fazer o que fez; só ele é capaz ainda hoje de fazer o de que nós precisamos; e o fará, se, como o centurião, soubermos implorar-lhe assistência.
Vimos que Jesus se prontificou imediatamente a ir à casa do centurião para curar o enfermo. Mas, que pensou o centurião sobre a resposta do Mestre? “Senhor! Não sou digno de que entres em minha casa; porém dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar. Porque também sou homem sujeito à autoridade e tenho soldados às minhas ordens, e digo a um: vai ali, e ele vai; a outro: vem cá, e ele vem; ao meu servo: faze isto, e ele o faz.”
Quantos ensinamentos se tiram destas palavras, que, não sendo de Jesus Cristo, foram, entretanto, proferidas diante dele e mereceram a sua aprovação! “Eu não sou digno de que entres em minha casa.” É esta a frase que todos nós deveríamos sempre, em nossas preces, em nossos rogos e de todo o coração, dizer ao Mestre, quando, todos os dias, lhe solicitamos graças e benefícios: “Senhor! dá-nos isto ou aquilo; faze-nos este ou aquele benefício, mas não venhas à nossa casa, porque não somos dignos de que entres em nosso lar. Nossas paixões, nossos vícios, nossa inferioridade e o nosso coração pequenino nos fazem envergonhar em tua presença.”
Mas, infelizmente, não é isso o que dizemos. Todos chamam a Jesus em suas casas, todos querem vê-lo a seu lado; e alguns há que pretendem encerrá-lo em armários, ou então devorá-lo, metê-lo no ventre!
Vede que iniqüidade, que natureza avara de humildade tem a criatura humana!
O criminoso se constrange diante do magistrado: o réu se envergonha em face dos juizes; a criatura humana, negra de ignorância, asquerosa de orgulho e de vaidade horrenda de egoísmo, julga-se tão iluminada, tão casta, tão pura, a ponto de se dizer irmã do Coração de Jesus; desse Coração Imaculado, puríssimo, que não palpita senão para fazer sentir o amor; que não movimenta as suas aurículas senão para transmitir, aos sofredores, uma parcela do seu puríssimo afeto; que não fala senão para abençoar e ensinar; que não brilha senão para arrancar as almas das trevas, da devassidão, das mentiras e dos enganos!
Não, não era preciso que o Espírito Puríssimo entrasse em casa do centurião para que o servo desse comandante ficasse livre da enfermidade; assim como não era preciso que o centurião fosse pessoalmente abrir as “portas do cárcere” para libertar dele um prisioneiro que desejasse soltar.
“Também eu sou um homem sujeito à autoridade, Senhor; não és só tu que estás sob o domínio da autoridade; eu também o estou; com a diferença de que a minha autoridade é da Terra e a tua é do Céu. O meu chefe é o governador romano; o teu chefe é o Governador do Universo. Mas, apesar disso, eu tenho soldados à minha disposição; assim como também sei que tu tens legiões de Espíritos santificados pela tua Palavra, que estão sob o teu domínio. Eu digo a um dos meus soldados: vai para lá, e ele vai; a outro: vem para cá, e ele vem; a outro: faze isto ou aquilo, e ele o faz; tu, pela mesma forma, mandas na tua milícia; teus soldados e teus servos fazem tudo o que tu ordenas, assim como os meus fazem tudo quanto eu ordeno. “Dize só uma palavra, e o meu criado há de sarar”, porque eu também, quando quero fazer qualquer coisa, seja prender um turbulento ou libertar um prisioneiro, digo só uma palavra, são cumpridas imediatamente as minhas ordens!
E Jesus, maravilhado ante a fé que amparava o centurião, cheio de alegria diante das palavras do soldado romano, vira-se para seus discípulos e lhes diz: “Em verdade vos afirmo, que nem mesmo em Israel achei tamanha fé!”
A luz não foi feita senão para iluminar, assim como a Verdade para libertar, a Esperança para consolar e animar, a Caridade para amparar e purificar, e a Sabedoria para guiar e engrandecer!
Todas estas virtudes, todos estes dons celestiais, que enchem a criatura de bem-estar e de paz, são raios coloridos de um mesmo Sol, são reflexos multicores de uma mesma Estrela, que orienta os povos, que encaminha as nações, que eleva a dignidade humana, e cujas luzes penetram no coração, sobem ao cérebro e se expandem na alma. Essa venturosa claridade dos céus a que nós chamamos Fé, implantada no Espírito humano, nasce como o grão de mostarda da parábola, cresce e torna a crescer; cresce sempre sem parar, e, quando lhe chega o momento feliz de não mais elevar suas hastes, de não mais alongar seus galhos, de não mais engrossar seu tronco, de não mais estender suas raízes; quando chega esse momento, em que a nossos olhos parece completada a conta de seus dias, concluído o seu itinerário, finda a sua vida, é então que lhe é chegado o momento de maior crescimento, de maiores trabalhos, de mais produtiva Vida, porque é então que ela vai frutificar, para, depois, estender-se em ramificações cada vez mais consideráveis e crescentes, a ponto de se fazer seara e cobrir extensão considerável de terreno! Foi esta a Fé que Jesus saudou com alegria, quando a viu cultivada pelo soldado romano; foi esta a Fé, engrandecida pelos conhecimentos, purificada pela humildade, santificada pela prece na pessoa do centurião, que o Mestre justificou, dizendo: “Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei tamanha fé!”
Além de dizer aos seus discípulos perto do centurião: “Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé”, o Mestre acrescentou, ainda, como para servir de incentivo àqueles que o ouviam, para que estudassem, para que fizessem também crescer a fé que possuíam: “Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e hão de sentar-se com Abraão, Isaac e Jacó no Reino dos Céus; mas os filhos deste reino serão lançados nas trevas exteriores e ali haverá choro e ranger de dentes.”
Aqueles que estiverem fora das Igrejas que paralisam o crescimento da Fé; aqueles que têm a felicidade de não pertencer a esse Reino do Mundo, onde os sacerdotes aprisionam as almas, a política deprime o caráter e a ciência balofa entenebrece; aqueles que estão no Oriente ou no Ocidente, de um lado ou de outro, mas não estão dentro do Reino do Farisaísmo; aqueles que não são filhos desse reino, porque só têm como paternidade, como domínio o Reinado de Deus — esses hão de subir às regiões da felicidade e da luz, onde estão os Espíritos Puros que viveram outrora neste mundo — Abraão, Issac e Jacó! Hão de sentar-se à mesa espiritual, onde lhes serão oferecidos novos e ainda mais saborosos manjares, para engrandecerem mais ainda a sua Fé, para tornarem-na maior, mais robusta, mais viva, mais luminosa, mais sábia, mais divina!
E os filhos deste reino, deste reino da mentira, da mercancia, do orgulho, da hipocrisia, das exterioridades e da idolatria, ficarão imersos nessas mesmas trevas por eles criadas; estagnaram a crença, como uma poça d'água na estrada; abdicaram os direitos do crescimento, do engrandecimento, da floração dessa plantinha cuja semente Jesus lhes colocara no coração; não terão nem árvore para sombra, nem flores para perfume, nem frutos para alimento; e chorarão de fome, e quebrarão os próprios dentes ao rangê-los no sofrimento nas trevas!
E havendo Jesus dado todos esses ensinamentos a uns, e bênçãos a outros, pois que tanto os ensinamentos, como os aplausos do Mestre, são bênçãos de perfeição, ou seja, de aperfeiçoamento, depois de Jesus haver exaltado a Fé do Centurião, concluiu a sua lição dizendo ao comandante da milícia:
“Vai-te, e como creste, assim te seja feito!”
“Como creste, assim te seja feito” e o centurião foi e encontrou o seu criado curado, são. Como creu o centurião? Por que forma acreditava ele que a cura de seu servo se devia operar? Naturalmente que, com a autorização e a mandado de Jesus, alguns dos Espíritos que acompanhavam o Mestre, na sua Missão, iriam à casa do centurião e a cura se operaria. Porque, como disse ele ao nazareno, “não precisas vir a minha casa, Senhor, mas com uma palavra tua meu servo há de sarar”; pela mesma forma que com uma palavra minha, os prisioneiros são postos em liberdade.” Foi assim que o centurião creu, e foi assim que seu servo foi curado ; e assim foi que Jesus afirmou ter ele de sarar, quando disse: “Como creste, assim te seja feito!” (Parábolas e ensinos de Jesus. Jesus e o Centurião. Caibar Schutel)
Jesus, durante a sua missão terrestre, foi sempre acompanhado de uma grande falange de Espíritos que executavam suas ordens.
(...) O centurião, em cuja casa Jesus curou, à distância, um servo que estava paralítico, compreendeu bem o poder de Jesus e por certo sabia dos auxiliares que com Ele agiam, quando disse: “Eu também tenho soldados às minhas ordens, e digo a um: vai ali, e ele vai; a outro: vem cá, e ele vem; ao meu servo: faze isto, e ele o faz.”
Com isso, o centurião teria feito ver a Jesus que conhecia o seu poder, a milícia que o acompanhava e os servos prontos a executarem suas ordens. (Parábolas e ensinos de Jesus. Parábola da figueira que secou. Cairbar Schutel)
O Evangelho de João tem um relato similar de Jesus curando o filho do oficial real, que aconteceu em Cafarnaum, onde também houve uma cura à distância (João 4:46-54). (https://pt.wikipedia.org/wiki/Jesus_curando_o_servo_do_centuri%C3%A3o)
Um desses Mensageiros transportou-se à casa do oficial, e efetuou a cura, de acordo com os processos espíritas, já lembrados noutras páginas.
Nós mesmos já tivemos, por mais de uma vez, provas positivas de que a febre cede à ação psicoterápica e à ação magnética.
Um desses casos deu-se com o filho de um nosso distinto amigo, magistrado, e cuja febre absolutamente não cedia à ação de antipiréticos. Tendo aplicado passes dispersivos e depois longitudinais, o termômetro no menino baixou um grau centígrado.
A fluidoterapia, quando bem aplicada, é a melhor medicação que se pode dar ao enfermo. Seu resultado decisivo, pronto e muito superior às drogas, sobretudo nos tempos atuais em que a Medicina, mercantilizada, se resume em preparados de caráter francamente industrial.
As moléstias sempre são ocasionadas por desequilíbrio da tonalidade psíquica, ou por falta ou desequilíbrio do fluido vital, ou, ainda, por lesão física. Seja como for, a ação reparadora do mal não se faz esperar, quando dirigida por um Espírito sábio num percipiente passivo para receber a medicação.
São inúmeros os casos de curas de moléstias incuráveis, ou oficialmente consideradas incuráveis. Os livros religiosos e os anais espíritas contêm centenas de narrativas testemunhadas por pessoas insuspeitas.
Infelizmente, dado o atraso espiritual da Humanidade e a sua tendência para a materialidade, agora essas curas só ocorrem raramente.
No tempo de Jesus e por seu intermédio, muitas se efetuaram e constam dos Evangelhos.
Quanto mais suscetível for o indivíduo para receber a ação dos Espíritos, mais fáceis se tornam essas curas.
Acontece mesmo que para terminar uma longa provação ou expiação por que passa um homem, um espírito do Senhor encarrega-se de curá-lo de sua enfermidade, usando, para esse fim, os meios adequados para expurgar a moléstia. Por isso, não raro vemos uma pessoa que há tempo se achava doente em estado grave e desenganada por médicos, sarar da noite para o dia. ( O Espírito do Cristianismo. Cap. 70. Cairbar Schutel)
Em última análise, todas as curas, que se obtém pelo uso de substâncias medicamentosas, são produzidas pelos fluídos a que nos vimos referindo, pois que, quando uma planta, por exemplo, denota possuir virtude curadora para tal ou qual enfermidade, o que se dá é que essa planta tem a propriedade de saturar-se, por efeito da lei de afinidade, dos fluídos apropriados a restabelecer, no organismo humano, o desequilíbrio fluídico que ali se verificou e que é a enfermidade, fluídos que ela leva ao dito organismo, quando é nele introduzida, sob esta ou aquela forma.
Por aí se vê que a medicina não deve constituir um sistema, mas um meio de restabelecer-se no organismo aquele equilíbrio, quando desfeito, e a harmonia das forças vitais, quando perturbada. Os que se consagram à meritória missão de aliviar os sofrimentos físicos da Humanidade devem entregar-se a profundos e perseverantes estudos teóricos e experimentais, para poder lançar mão, com oportunidade e proveito, tanto daquela ciência, adotando o princípio dos contrários, ou o dos semelhantes, bem como do magnetismo humano e do sonambulismo magnético, visto que todos esses elementos são do domínio da Natureza.
Cumpre, porém, que o homem remonte sempre àorigem do mal que deseje remediar; que, sobretudo, procure sempre, em todas as dores físicas, dores orgânicas, bem entendido, a causa moral de onde elas se geram. É claro que aquele que quebra um braço a nenhuma dor secreta pode atribuir o fato, ou a maus pendores; mas, nos inúmeros males que afligem o gênero humano, se pesquisarmos o fundo dos corações e das consciências, encontraremos sempre a raiz dessa árvore que se estende por sobre todos os membros. O coração ou a alma estão quase sempre atacados. Daí a perturbação do sistema nervoso, fonte de todas as enfermidades, de todos os sofrimentos. Perscrute o que sofre os seus antecedentes e descobrirá muitas vezes o pesar oculto de uma ação, um acontecimento que interessou a saúde, viciando o sangue que deve circular puro nas veias. (Elucidações Evangélicas. Cap. 44. Antônio Luiz Sayão)
Bibliografia:
- Parábolas e ensinos de Jesus. Jesus e o Centurião. Parábola da figueira que secou. Caibar Schutel.
- O Espírito do Cristianismo. Cap. 70. Cairbar Schutel.
- Elucidações Evangélicas. Cap. 44. Antônio Luiz Sayão.
- Site: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jesus_curando_o_servo_do_centuri%C3%A3o. Data de consulta: 30/04/16.