Utilize o conteúdo da aula, designado por "Subsídio para o Evangelizador", para desenvolver palestras espíritas para jovens e adultos.

Aula 85 - Apóstolo Paulo de Tarso

Ciclo 1 - História:  Paulo de Tarso - Atividade: PH - Paulo de Tarso - 21 - As viagens de Paulo.

Ciclo 2 - História:  Na estrada de Damasco -  Atividade: PH - Paulo de Tarso - 22 - A conversão de Saulo.

Ciclo 3 - História:  O tesouro do Cristo -  AtividadePH - Paulo de Tarso - 23 - Paulo de Tarso.

Mocidade - História: Paulo de Tarso - Atividade: 2 - Dinâmica de grupo:  Paulo: um perseguidor que foi escolhido por Jesus ou 17 - Cirando do Livro:  O Evangelizador deverá elaborar perguntas sobre o livro " Paulo e Estêvão", psicografado por Chico Xavier.

 

Dinâmicas: Conversão: Saulo X Paulo; Descubra minha identidade: Paulo de Tarso.

Biografia: Apóstolo Paulo.

Sugestão de vídeo: Histórias da Bíblia: A Conversão de Saulo  (Dica: Pesquise no Youtube)

Sugestão de livro infantil: Histórias Bíblicas Favoritas - Paulo. Editora Todolivro.

 

Leitura da Bíblia: 1 Coríntios - Capítulo 9 e 10


9.16 Ai de mim se não pregar o Evangelho.


15.9 Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo, pois que persegui a igreja de Deus.


15.10 Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo.


 

Atos - Capítulo 20


20. 24 Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.


 

Tópicos a serem abordados:

- Paulo de tarso é considerado o maior de todos os apóstolos, apesar de não ter convivido com Jesus.

- Ele nasceu em Tarso, capital da Cilícia (região da Ásia menor), provavelmente entre os anos 5 e 10 da nossa era cristã, recebendo o nome hebraico de Saulo. Fazia parte de uma família judaica. Era também cidadão romano, por ter nascido numa província de Roma.

- As informações sobre sua vida estão nos Atos dos Apóstolos e nas Cartas que ele escreveu.

-Saulo, antes de se converter ao cristianismo, era doutor da lei e se dedicava à perseguição dos primeiros discípulos de Jesus na região de Jerusalém. Ele era um daqueles que aprovavam a morte de Estevão (discípulo de Jesus).

- Quando estava a caminho para Damasco, subitamente resplandeceu em redor dele uma luz do céu; e caindo em terra, ouviu uma voz dizer-lhe: Saulo, Saulo, porque me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? Respondeu Ele: Eu sou Jesus a quem tu persegues; mas levanta-te e entra na cidade, e dir-te-ão o que te é necessário fazer. Os homens que viajavam com ele, pararam, espantados, ouvindo sim a voz, mas sem ver a ninguém. Levantou-se Saulo da terra e, abrindo os olhos, nada viu; e guiando-o pela mão, conduziram-no a Damasco. E esteve três dias sem ver e não comeu nem bebeu.

- Em Damasco vivia um discípulo chamado Ananias. O Senhor falou com ele numa visão: Ananias, vá até a rua direita, na casa de Judas, e peça para falar com um homem chamado Saulo. Ananias foi e entrou na casa de Judas. Colocando suas mãos sobre Saulo, disse: - Irmão Saulo, Jesus, que lhe apareceu, me enviou, para que você volte a enxergar e seja cheio do Espírito Santo. Na mesma hora algo parecido com escamas caiu dos olhos de Saulo e ele recuperou a visão.

- E, tendo passado alguns dias com os discípulos, em Damasco, logo Saulo começou a pregar que Jesus era o filho de Deus. Todos que o ouviam ficavam admirados e diziam: - Não é este o homem que perseguia os cristãos, em Jerusalém?

- Saulo, que perseguia, passou a ser perseguido.Os judeus queriam matá-lo em Damasco e, para impedir que ele fugisse, vigiavam as portas da cidade. Mas Saulo conseguiu escapar, através de uma janela no muro da cidade, dentro de um cesto amarrado em uma corda.

- Indo para Jerusalém, uniu-se aos cristãos de lá e passou a pregar o Evangelho. Mudou suas atitudes e passou a ser chamado pelo nome de Paulo.

- Paulo fez várias viagens espalhando as boas novas sobre Jesus. Sua primeira viagem foi com Barnabé. Em uma cidade chamada Listra, Paulo viu um homem que era paralítico desde nascença, e vendo que ele tinha fé, ordenou que ele se levantasse. O homem deu um salto e começou a andar. As pessoas daquela cidade começaram a pensar que eles eram deuses, porque faziam maravilhas. Mas Paulo explicou que também eram homens e que todos deveriam se converter ao Deus único, criador do céu e da terra.

- Na segunda viagem, Paulo estava com Silas. Viajaram pela Macedônia até a Grécia. Foram a uma cidade chamada Filipos, onde falaram de Jesus,  porém foram lançados na prisão. Mas, por volta da meia-noite, quando Paulo e Silas oravam e cantavam na prisão, veio um grande terremoto e abriu todas as portas das celas. O carcereiro, vendo isso, tentou se matar, pensando que todos tivessem fugido, mas Paulo falou no mesmo instante: - Não se mate, estamos todos aqui! O carcereiro, trêmulo e maravilhado com o milagre, perguntou: - O que devo fazer para ser salvo? Paulo respondeu: - Creia no Senhor Jesus e serão salvos, você e sua família.

- Paulo fez maravilhas extraordinárias, realizou curas. Na sua terceira viagem, deu testemunho, tanto aos judeus como aos gregos, da sua conversão a Deus, e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo. No entanto, mesmo sabendo pelo revelação do Espírito Santo, que lhe esperavam prisões e tribulações em Jerusalém, foi até lá. Ao aparecer no Templo causou uma confusão e os judeus mandaram prendê-lo. Ele foi acusado de traição, mas apelou ao César, alegando seu direito, como cidadão romano, de ser levado a um tribunal apropriado e de se defender das acusações. No caminho para Roma, Paulo sofreu um naufrágio em Malta, mas todos que estavam no navio se salvaram.  Quando chegou em Roma, permaneceu em prisão domiciliar durante dois anos, recebendo visitas e trabalhando na pregação do Evangelho. São deste período as cartas ele escreveu: a Filemon, aos colossenses, aos efésios e aos filipenses.  Ao todo ele escreveu 14 epístolas, que estão no novo testamento.

- Acredita-se, que ele foi morto no ano  67, em Roma.

 

Perguntas para fixação:

1. Em que cidade Paulo nasceu?

2. Como Paulo se chamava antes da sua conversão ao cristianismo?

3.O que Paulo fazia antes de se tornar cristão?

4. Quando estava a caminho para Damasco, quem Paulo ouviu?

5. O que Jesus lhe disse?

6. Durante quantos dias Paulo ficou sem exergar?

7. Quem curou Paulo?

8. Em Damasco, como Paulo conseguiu escapar da perseguição dos judeus?

9. Por que Paulo e Banabé foram considerados deuses no local onde estavam?

10. Como as portas das celas foram abertas, quando Paulo e Silas foram presos?

11.  O que aconteceu com Paulo quando ele  foi para Jerusalém e entrou no templo?

12. Quantas cartas Paulo escreveu ao todo?

 

Subsídio para o Evangelizador:

            Paulo é conhecido como o Apóstolo dos Gentios (Atos dos Apóstolos, 9:15; Gálatas, 1:15-23; Efésios, 3:1-6), em razão do devotado trabalho evangélico que realizou junto aos povos pagãos.

            Nasceu em Tarso, capital da Cilícia, no início do séc. I da nossa Era (Atos dos Apóstolos, 9:11; 21:39; 22:3), recebendo o nome hebraico de Saulo. Fazia parte de uma família judaica helenística, da tribo de Benjamim (Filipenses, 3:5 e Romanos, 11:1), cujos integrantes eram judeus da diáspora. Na infância, aprendeu sobre a sua herança judaica na sinagoga local de Tarso. No entanto, obteve os estágios finais de sua educação religiosa em Jerusalém, sob a orientação do rabino Gamaliel (Atos dos Apóstolos, 5:34 e 22:3). Era também cidadão romano, por ter nascido numa província de Roma (Atos dos Apóstolos, 22:25-28; 23:27). (Livro 1 - Estudo aprofundado da Doutrina Espírita. Cristianismo e Espiritismo.  Roteiro 12. Marta Antunes de Oliveira Moura)

            As informações sobre sua vida estão nos Atos dos Apóstolos e nas Cartas que ele escreveu. (Bíblia Sagrada. Edição pastoral. Paulus, 1991)

            Saulo era um daqueles que aprovavam a morte de Estevão (discípulo de Jesus). Naquele dia, desencadeou-se uma grande perseguição contra a igreja de Jerusalém. Algumas pessoas piedosas sepultaram Estevam e fizeram um grande luto por causa dele. Saulo, porém, devastava a Igreja: entrava nas casas e arrastava para fora homens e mulheres, para colocá-los na prisão. (Atos dos Apóstolos 8:1,2 e 3)

            Cheio de zelo pela religião, começou a perseguir os cristãos (Fl 3:6), até que se encontrou com o Senhor na estrada de Damasco (At 9:1-19). (Bíblia Sagrada. Edição pastoral. Paulus, 1991)

            Saulo, respirando ainda ameaças e morte, contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote, e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, afim de que, caso achasse alguns que fossem do caminho, tanto homens como mulheres, os levasse presos a Jerusalém. Caminhando ele, ao aproximar-se de Damasco, subitamente resplandeceu em redor dele uma luz do céu; e caindo em terra, ouviu uma voz dizer-lhe: Saulo, Saulo, porque me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? Respondeu Ele: Eu sou Jesus a quem tu persegues; mas levanta-te e entra na cidade, e dir-te-ão o que te é necessário fazer. Os homens que viajavam com ele, pararam, emudecidos, ouvindo sim a voz, mas sem ver a ninguém. Levantou-se Saulo da terra e, abrindo os olhos, nada viu; e guiando-o pela mão, conduziram-no a Damasco. E esteve três dias sem ver e não comeu nem bebeu. (Cap. IX, v. v. 1–9)

         (...)Este apelo penetrou súbito no coração do inimigo gratuito daquele que dentre poucos dias seria o seu maior amigo, o seu maior protetor e até a sua própria vida! Mas o moço Saulo não se deixou levar unicamente pelas ânsias regeneradoras que transformavam o seu coração. Ele ergueu-se em sua lucidez racionalista, e retorquiu: “Quem és tu Senhor?” A voz se fez ouvir novamente: “Eu sou Jesus a quem tu persegues; mas levanta-te e entra na cidade, e dir-te-ão o que é necessário fazer” .

         Estava feito o trabalho do Espírito; estava demonstrada a imortalidade da alma; estava estabelecida a comunicação de Jesus, com aquele que viria a ser dentro em pouco o seu grande intermediário, para levar a gentios e a judeus a Nova Fé, que os viria libertar do cativeiro sacerdotal.

         Já não era mais Saulo que vivia; não era o terrível perseguidor dos cristãos que andava no encalço dos que evangelizavam. Saulo desaparecera para dar lugar a um novo homem vestido da fé, com as armaduras da caridade e do amor, Uma nova consciência se elaborava naquele homem que há pouco havia participado da morte de Estêvão.

         (...) Havia em Damasco um discípulo chamado Ananías, e disse-lhe o Senhor em visão: Ananías. Respondeu ele: Eis-me aqui, Senhor. E o Senhor ordenou-lhe: Levanta-te e vai à rua que se chama Direita e procura na casa de Judas a um homem de Tarso, chamado Saulo; pois, ele está orando, e tem visto um homem por nome Ananías, entrar e impôr-lhe as mãos para recuperar a vista. Mas Ananías respondeu: Senhor, eu tenho ouvido a muitos acerca deste homem quantos males fez aos teus santos em Jerusalém; e aqui tem autoridade dos principais sacerdotes para prender a todos os que invocam teu nome. Mas o Senhor disse-lhe: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome perante os gentios e os reis, bem como perante os filhos de Israel; pois, eu lhe mostrarei quanto lhe é necessário padecer pelo meu nome. Partiu Ananías e entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: Saulo, irmão, o Senhor Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas, enviou-me para que recuperes a vista e fiques cheio do Espírito Santo. Logo lhe caíram dos olhos umas como escamas, e recuperou a vista; e levantando-se, foi batizado; e depois de tomar alimento, ficou fortalecido.  (Cap. IX, v. v. 10–19).(Vida e atos dos apóstolos. Cairbar Schutel)

         Ora, porque será que o Senhor se manifestou ostensivamente ao adversário declarado de sua igreja, provocando-lhe de tal maneira a conversão?

          A razão é simples. Saulo era inimigo de Jesus, porque o desconhecia; e Jesus era seu amigo, porque sabia muito bem quem era ele. A verdade tem tido, e terá em todos os tempos, inimigos; porém, ela não é inimiga de ninguém. A verdade sabe que os que a combatem o fazem na ignorância do que ela seja. E Jesus é a verdade. Quando os Saulos chegam a perceber e a sentir o esplendor da verdade, transformam-se logo em Paulos. Demais, Saulo estava mais perto da verdade, perseguindo-a, que muitos dentre aqueles que a defendiam com os lábios. (Em torno do Mestre. Saulo e Paulo. Vinícius)

           Saído das hostes farisaicas, com formação rabínica esmerada, obtida "aos pés de Gamaliel", Paulo conhece a lei antiga como poucos. (Cristianismo: A mensagem esquecida. Cap. 2 - Ressurreição. Hermínio C. Miranda)

           A verdade não se deixa enganar; conhece perfeitamente os que dela se tornam dignos. Não julga pelas aparências; sonda o íntimo, penetra o âmago dos corações, revelando-se aos que de fato a buscam e querem. O traço indelével do caráter de Saulo era a sinceridade. É precisamente esse o caminho que conduz à verdade.  (Em torno do Mestre. Saulo e Paulo. Vinícius)

           O Apóstolo Paulo, demonstrando sua lealdade, sua constância, sua fidelidade, sua firmeza de caráter, dizia: "Quem me separará do amor de Cristo?" A fidelidade é a pedra de toque com que se prova o grau do caráter do homem. (Parábolas e ensinos de Jesus.  Parábola do Administrador infiel. Cairbar Schutel)

           O caráter ardente e apaixonado é capaz de transformações completas e grandes surtos de progresso. É o que se verifica com o converso de Damasco. Quando Saulo, era fanático, e, como tal, capaz das maiores iniquidades. Convertido, como Paulo, revelou-se um herói na defesa da verdade, um mártir na propaganda da nova fé que abraçara. (Nas pegadas do Mestre. Nem frio e nem quente. Vinícius)

            Paulo era um doutor da lei, homem culto, objetivo, dinâmico, inteligente, solidamente implantado na realidade. Não era um louco. Ele viu Jesus, identificou-o, conversou com ele e renunciou a tudo quanto até então havia planejado, para segui-lo, à custa de humilhações e sofrimentos triturantes. Teria sido mais cômodo para ele, do ponto de vista meramente humano, ignorar ou negar o episódio de Damasco e projetar-se na sua promissora carreira de brilhante rabino, formado "aos pés de Gamaliel". Não lhe teria sido difícil consagrar-se como um dos grandes Mestres em Israel, não apenas pelos seus dotes intelectuais e sua cultura, como também pela espetacular vitória que poderia ter alcançado no esmagamento da nova seita que surgia e punha em xeque a lei e as tradições de seu povo. Sem tardança e com essas credenciais, seria ele o líder inconteste de sua gente, que vivia sob regime claramente teocrático. Em vez disso, ele opta por uma vida de penúria, sustentando-se com o trabalho manual de tecelão, batido e escorraçado daqui para ali, contestado por toda parte, desprezado e odiado por amigos, parentes e irmãos de raça. (Cristianismo: A mensagem esquecida. Cap.5 - O sistematizados. Hermínio C. Miranda)

          A visão da Estrada de Damasco deu a Paulo de Tarso o dinamismo necessário para levar avante a sua missão, uma vez que poucos são os homens que se revestem  da couraça da fé para realizar uma tarefa redentora. Muitos ficam à margem do caminho ou preferem se demorar na estagnação ou obstado pelo apego ao comodismo ou à observância de vãs tradições. (Os padrões evangélicos.  A perseverança. Paulo Alves Godoy)

           No propósito de suscitar um missionário para esclarecer os gentios, o Espírito do Mestre não esperou que Paulo de Tarso se arrependesse dos seus atos atrabiliários e buscasse a sua orientação. Foi buscá-lo na Estrada de Damasco através de convincente e retumbante manifestação espiritual. (Os padrões evangélicos.  Veio para servir. Paulo Alves Godoy)

           "Este é para mim um vaso escolhido" (Atos 9:15) foram as palavras com as quais o Espírito de Jesus esboçou o papel que estava reservado a Paulo de Tarso desempenhar, no processo de revelação e implantação do Cristianismo.

            "Vaso escolhido" significa médium (1) escolhido, pois o médium é um vaso adequado à recepção da vontade divina - um receptáculo das divinas mensagens e um elo de ligação entre a Terra e o Céu. (Os padrões evangélicos. O vaso Escolhido. Paulo Alves Godoy)

           O ato de escolher pressupõe, obviamente, uma decisão anterior, ou seja, Paulo estava destinado, já ao nascer - e isso ele próprio confirmaria mais tarde - à tarefa de divulgar a palavra de Jesus. Andara transviado, não apenas esquecido dela, mas temporariamente hostil a ela. Como sua formação cultural precisava ser desenvolvida, em toda a amplitude de seu potencial, nos círculos tradicionais que lhe competiria, mais tarde, contestar, parece ter-se ele deixado empolgar transitoriamente por aqueles conceitos. Mesmo porque se muitos deles estavam superados e eram até obstrutivos, alguns continuavam perfeitamente válidos e aproveitáveis, como se veria mais além, em seus escritos doutrinários.

            (...) Semelhantes esquecimentos e até transviamentos ocorreriam várias vezes na História subsequente do cristianismo. Com Francisco de Assis, por exemplo, ou com Agostinho, que, antes de assumirem suas tarefas, também experimentaram outros caminhos ou descaminhos, até que fossem despertados para os compromissos acertados no mundo espiritual, de onde provinham. (Cristianismo: A mensagem esquecida. Cap. 11 - Paulo uma reflexão. Hermínio C. Miranda)

           Ao contrário do que sucedeu com os apóstolos diretos de Jesus, Paulo de Tarso, assim que travou conhecimento com os ensinos da Boa Nova, deixou para trás todos os preconceitos e o apego às vãs tradições, para abraçar incondicionalmente os imorredouros preceitos legados por Jesus Cristo.

            Enquanto alguns dos apóstolos praticavam o batismo da água, Paulo proclamava que não veio para batizar, mas sim para evangelizar. Enquanto os apóstolos, ainda apegados às tradições da circuncisão, alimentavam sentimentos favoráveis à continuidade dessa prática, ele combatia frontalmente tudo aquilo que viesse a favorecê-la, não hesitando mesmo em enfrentar o Apóstolo Pedro, na cidade de Antióquia, refutando os ensinamentos do velho apóstolo e dizendo que eles eram preceitos de homens e não de Deus. (Os padrões evangélicos.  A letra que mata. Paulo Alves Godoy)

            Podemos mesmo afirmar que Paulo de Tarso foi uma verdadeira cabeça de ponte, que serviu para a crescente difusão do Cristianismo, para a divulgação da consoladora doutrina revelada pelo maior dos missionários que já surgiram na Terra. (Os padrões evangélicos.  A conversão de Paulo.  Paulo Alves Godoy)

           Se o apóstolo Pedro foi o coração do Cristianismo, Paulo foi o cérebro pensante.  Se o Cristo foi o fundamento principal, Paulo de Tarso foi uma das colunas da Boa-Nova. (Os padrões evangélicos.  A conversão de Paulo.  Paulo Alves Godoy)

           Enquanto os apóstolos de Jesus, pela influência do meio e por fatores circunstanciais, tiveram que limitar a sua ação a uma área restrita, a obra de Paulo de Tarso foi mais ampla, dado que ele não se deixou influenciar por prejuízos de ordem tradicional ou sentimental, nem por dogmas ou tradições, fazendo com isso que os novos profitentes do Cristianismo não perdessem tempo com jejuns e circuncisões, passando a descortinar novos horizontes, sem limitações de qualquer natureza. (Os padrões evangélicos.  A conversão de Paulo. Paulo Alves Godoy)

          No livro " A caminho da Luz", o Espírito Emmanuel explica que esta foi uma das principais razões para Jesus Cristo ter escolhido Paulo de Tarso: 

         "Tão logo se verificou o regresso do Cordeiro às regiões da Luz, a comunidade cristã, de modo geral, começou a sofrer a influência do Judaísmo, e quase todos os núcleos organizados, da doutrina, pretenderam guardar feição aristocrática, em face das novas igrejas e associações que se fundavam nos mais diversos pontos do mundo.

            É então que Jesus resolve chamar o Espírito luminoso e enérgico de Paulo de Tarso ao exercício do seu ministério. Essa deliberação foi um acontecimento dos mais significativos na história do Cristianismo. As ações e as epístolas de Paulo tornam-se poderoso elemento de universalização da nova doutrina. De cidade em cidade, de igreja em igreja, o convertido de Damasco, com o seu enorme prestígio, fala do Mestre, inflamando os corações. A princípio, estabelece entre ele e os demais apóstolos uma penosa situação de incompreensibilidade, mas sua influência providencial teve por fim evitar uma aristocracia injustificável dentro da comunidade cristã, nos seus tempos inesquecíveis de simplicidade e pureza. "(A caminho da luz. A missão de Paulo. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)

            Paulo demorou-se alguns dias com os discípulos que estavam em Damasco, e logo nas sinagogas proclamava que Jesus era o filho de Deus. Pasmavam todos os que o escutavam, e diziam: “Não é este o que perseguia em Jerusalém aos que invocavam esse Nome, e que tinha vindo cá para os levar presos aos principais sacerdotes? Porém Saulo muito mais se fortalecia e confundia os judeus que habitavam em Damasco, provando que Jesus era o Cristo.

         Decorridos muitos dias, os judeus deliberaram entre si tirar-lhe a vida; porém esta cilada chegou ao conhecimento de Saulo. Guardavam também as portas, de dia e de noite para o matar. Mas os discípulos tomaram-no de noite e desceram-no pela muralha, baixando-o num cesto de vime.

         Tendo chegado em Jerusalém, tentava juntar-se com os discípulos: e todos tinham medo dele, não crendo que ele fosse discípulo. Mas Barnabé, tomando-o consigo, levou-o aos Apóstolos, e contou-lhes como ele vira o Senhor no caminho, e que este lhe falara, e como em Damasco pregara ousadamente em nome de Jesus. E estava com eles em Jerusalém, entrando e saindo, pregando com coragem em nome do Senhor; e falava e disputava com os helenistas; mas eles tratavam de tirar-lhe a vida. O que tendo sabido os irmãos, levaram-no até Cesaréia, e enviaram-no a Tarso.

         Assim, pois, tinha paz a igreja por toda a Judéia, Galiléia e Samaria, sendo edificada no temor do Senhor, e crescia no conforto do Espírito Santo. ( Cap. IX, v.v. 20 – 31. ).(Vida e atos dos apóstolos. Cairbar Schutel)

         A missão de Paulo começou em Damasco, justamente na cidade em que ele pretendia fazer grandes perseguições aos cristãos.

         O moço Saulo havia concluído nesta cidade a sua tarefa reacionária para iniciar a grande missão para a qual foi chamado por Jesus Cristo. O velho homem do ódio, da maldade, da vingança; o escravo do farisaísmo, do sacerdotalismo, havia desaparecido, para dar lugar à entrada do novo homem no ministério Cristão, no Apostolado, e por isso, não quis mais o iluminado de Damasco usar o seu antigo nome, que representava um ateísmo degradante, a desobediência de todos os Preceitos Divinos.

         Não era mais Saulo quem vivia, mas sim Paulo o intemerato convertido, ilustre vaso escolhido por Jesus Cristo para levar a gentios e a judeus o nome, a Doutrina do seu grande Salvador. Paulo, como dissemos, era um grande Espírito; homem severo, mas justo, intemerato, sábio, poliglota, orador e que, por fim, reuniu todos os dons que caracterizam o verdadeiro Apóstolo. Nem mesmo o de imposição de mãos para recepção do Espírito, lhe faltava.

         Absolutamente independente, ele nunca se aproveitou de sua autoridade, para receber o que quer que fosse para seu uso particular. Dizia: “Para a minha subsistência e dos que estão comigo estes braços me serviram”. Era fabricante de barracas de campanha, tecelão, e sua indústria dava-lhe perfeitamente para viver, sobrando muito tempo para o desempenho da sua missão Apostólica.

         A vida de Paulo é a imitação da vida de Jesus Cristo, com a diferença que Jesus nada escreveu e Paulo dirigiu várias Epístolas (2) a diversas Igrejas ou agremiações. (Vida e atos dos apóstolos. Cairbar Schutel)

            Lendo o que ele escreveu, podemos ter uma idéia de como era seu caráter: às vezes, muito meigo e carinhoso; outras vezes, severo. Não abre mão e ameaça com castigos. Escrevendo às comunidades, compara-se à mãe que acaricia os filhinhos e é capaz de dar a vida por eles (1Ts 2,7-8). Sente pelos fiéis novamente as dores do parto (Gl 4,19). Ama-os, e por isso se sacrifica ao máximo por eles (2Cor 12,15). Mas é também pai que educa (1Ts 2,11), que gera as pessoas, por meio do Evangelho, à vida nova (1Cor 4,15). Sente, pelas comunidades que fundou, o ciúme de Deus (2Cor 11,2), temendo que elas percam a fé. Quando se faz necessário, é severo e ameaça, exigindo obediência (1Cor 4,21).

            (...) Paulo foi quem criou a comunicação escrita para o Novo Testamento e foi aquele que mais escreveu. Suas Cartas são anteriores aos textos dos Evangelhos. Quais os motivos que o levaram a escrever? Sem dúvida, suas Cartas são pastorais. Procuram iluminar, com o Evangelho, os problemas enfrentados pelas comunidades cristãs. Ele não inventa teorias, mas tenta, a partir das dificuldades, mostrar o que significa ser cristão, naquele momento e naquele lugar determinado. Por isso é que certas soluções por ele apresentadas devem ser entendidas à luz dos problemas e da realidade que tal comunidade viveu (cf. 1Cor 11,2-16). (Bíblia Sagrada. Cartas de São Paulo. Edição pastoral. Paulus, 1991)

            O Espírito Emmanuel esclarece como e por que Paulo teve a ideia de escrever as suas cartas: '' Não te atormentes com as necessidades de serviço. É natural que não possas assistir pessoalmente a todos, ao mesmo tempo. Mas é possível a todos satisfazeres, simultaneamente, pelos poderes do espírito. [...] Poderás resolver o problema escrevendo a todos os irmãos em meu nome; os de boa vontade saberão compreender, porque o valor da tarefa não está na presença pessoal do missionário, mas do conteúdo espiritual do seu verbo, da sua exemplificação e da sua vida. Doravante,Estevão permanecerá mais conchegado a ti, transmitindo-te meus pensamentos, e o trabalho de evangelização poderá ampliar-se em benefício dos sofrimentos e das necessidades do mundo. [...]

            Assim começou o movimento dessas cartas imortais, cuja essência espiritual provinha da esfera do Cristo, através da contribuição amorosa de Estêvão — companheiro abnegado e fiel daquele que se havia arvorado, na mocidade, em primeiro perseguidor do Cristianismo.'' (Paulo e Estevão. Cap. 7. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)

            Pelo fato de não ter vivido com Jesus como os demais apóstolos, ele enfrentou sérias dificuldades. Alguns afirmavam: «Ele não é apóstolo, pois não viu o Senhor.» Paulo se defende, contando sua experiência com Cristo (Gl 1,12; 2Cor 12,1-4). Outros diziam: «Só quem andou com Jesus de Nazaré é que pode fundar comunidades.» A essa crítica ele responde, por exemplo, em 1Cor 9,2-3. Outros, ainda, afirmavam: «Ele realmente não é apóstolo. Pois, se fosse, teria a coragem de viver à custa da comunidade. Ele não é livre.» Paulo responde que, para ele, anunciar o Evangelho é uma obrigação (1Cor 9,15-17). Ele cumpre uma ordem. Por isso, não tem direito de ser sustentado por outros. Ele considerava muito perigoso unir pregação do Evangelho com dinheiro. Por isso, preferia ganhar o pão com o suor do rosto, e anunciar o Evangelho gratuitamente (cf. Fl 4,15-17), apesar de Jesus ter dito que o operário é digno do seu sustento (Mt 10,10). (Bíblia Sagrada. Cartas de São Paulo. Edição pastoral. Paulus, 1991)

         A segunda metade da vida de Paulo foi absorvida pelo seu ardor do proselitismo, pelas missões em que se empregou e pelas viagens que empreendeu com o fim de ganhar almas para a nova crença. Residiu em Damasco, em Jerusalém, em Tarso.

         Depois, acompanhado de Barnabé, foi para a Antióquia, um dos grandes centros literários e religiosos do Oriente. Aí esses dois Apóstolos fundaram uma grande associação religiosa, na qual eram admitidos não só gentios como judeus. Daí embarcaram para Chypre, e segundo se afirma, em Néo-Paphos, Paulo converteu o proconsul Sergio Paulo. De Antióquia eles foram acompanhados por João Marcos.

         De Chypre, Paulo e Barnabé voltaram para a região da Galacia, que compreendia a Pamphilia, a Sisídia, a Lyaconia e parte da Phrygia. Os dois missionários detiveram-se algum tempo em Perge, Antióquia, Cesaréia, Lystres e Teonio, e por fim voltou a Antióquia, onde escreveu várias Epístolas.

         Tendo, porém, sabido que havia discórdias em Jerusalém, visto que diversos Apóstolos mantinham as práticas da Lei de Moisés, Paulo foi a Jerusalém onde falou em assembléia, sobre a necessidade de propagar e difundir a Doutrina do Cristo com exclusão das práticas esdrúxulas da Antiga Lei.

         Daí Paulo uniu-se a Timoteo e a Silas, deixaram a Ásia Menor, atravessaram o elesponto, e chegaram à Macedônia; visitaram Filipes, Anfípolis, Tessalônica, Berea, Atenas e Corinto, onde o Apóstolo escreveu as primeiras Epístolas.

         De Corinto foi a Éfeso, voltou a Jerusalém e depois à Antióquia, onde escreveu a sua Epístola aos Gálatas. Voltou depois a Éfeso e daí dirigiu a primeira e depois a segunda Epístola aos Corintios. Passou à Macedônia, regressou a Corinto onde, escreveu a Epístola aos Romanos, que é uma das suas obras capitais. Passando outra vez pela Macedônia embarcou em Nápoles, tocou em Mytilene, Chio, Mileto, Cós, Tyro, Ptolemais; e tornando a Jerusalém foi preso, de onde foi transferido para Roma e onde fez muitos prosélitos.

         De perseguidor ele se tornou perseguido, desde o início da sua tarefa em Damasco, tendo os discípulos, para o livrarem da morte, preparado um grande cesto munido de cordas, no qual o desceram pela muralha, pois, nos portões da cidade haviam emboscadas para assassiná-lo.       

            Em Jerusalém, cidade central, o Apóstolo afrontou também o ódio dos seus adversários, e pregava ousadamente a Doutrina de Jesus e a aparição dos mortos, bem como a esperança na Outra Vida, que eram o motivo de escândalo para os judeus e gregos. (Vida e atos dos apóstolos. Cairbar Schutel)

         Antes de retornar para Jerusalém, Paulo de Tarso já havia dito: ''Servindo ao Senhor com toda a humildade, e com muitas lágrimas e tentações, que pelas ciladas dos judeus me sobrevieram; Como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas, Testificando, tanto aos judeus como aos gregos, a conversão a Deus, e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo. E agora, eis que, ligado eu pelo espírito, vou para Jerusalém, não sabendo o que lá me há de acontecer, Senão o que o Espírito Santo de cidade em cidade me revela, dizendo que me esperam prisões e tribulações. Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.'' (Atos 20:19-24)

         Paulo causou um alvoroço ao aparecer no Templo e somente escapou da morte por ter sido preso . Ele foi então mantido prisioneiro por dois anos em Cesareia até que um novo governador reabrisse seu caso em 59. Quando Paulo foi acusado de traição apelou ao César, alegando seu direito, como cidadão romano, de ser levado a um tribunal apropriado e de se defender das acusações. (...) No caminho para Roma, Paulo sofreu um naufrágio em "Melite" (Malta) , onde ele se encontrou com Públio e foi recebido pelos habitantes da ilha com "muita humanidade". (https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_de_Tarso)

            Lucas narra todas as peripécias dessa viagem marítima: o naufrágio, o refúgio em Malta e chegada em Roma (Atos dos Apóstolos, 27:3-28;15). Ali permaneceu em prisão domiciliar durante dois anos, recebendo visitas e trabalhando na pregação do Evangelho (Atos dos Apóstolos, 28:30-31). São deste período as cartas do cativeiro: a Filemon, aos colossenses, aos efésios e aos filipenses.

            Há indicações que Paulo foi libertado no ano 63, situação que lhe permitiu executar antigo projeto de pregar o Evangelho na Espanha, “nos confins do mundo”, como afirmou em sua epístola aos Romanos, 15:24. Alguns estudiosos têm dúvidas se, efetivamente, Paulo pregou a Boa Nova na Espanha, até porque não é fácil reconstruir o itinerário dessa última viagem. Sabemos que ele voltou a Éfeso e dali partiu para Macedônia. Também esteve em Creta (I Timóteo, 1:5), em Corinto e em Mileto (II Timóteo, 4:19-20). Nesse período escreveu duas cartas: a primeira a Timóteo e a de Tito. Foi preso em 66 e levado de volta a Roma. Emmanuel esclarece que Paulo foi à Espanha onde difundiu o Evangelho, partindo para este país quando da chegada de Pedro a Roma.

            Enquanto Paulo estava na Espanha ocorreu a prisão do apóstolo João, que ficou mantido sob vigilância nos cárceres imundos do Esquilino; Pedro envia mensagem a Paulo, suplicando-lhe intercessão junto às autoridades romanas, seus conhecidos, em benefício do filho de Zebedeu. Paulo interrompe, então, seu trabalho evangélico na Espanha e retorna imediatamente a Roma. O ano 64 seguia o seu curso normal, indiferente às aflições que se abatiam sobre numerosos cristãos.Tempos depois, Paulo é outra vez aprisionado em Roma.

            Este segundo cativeiro foi mais penoso do que o primeiro, pois o apóstolo ficou em prisão comum, considerado malfeitor (desde o ano de 64, o nome cristão era sinônimo de marginal por ordem do imperador Nero). Escreve a segunda epístola a Timóteo. O texto existente em II Timóteo, 4:11, é considerado o testamento do apóstolo. Supõe-se que escreveu a epístola aos hebreus entre os anos 64–66, em Roma, ou talvez em Atenas. Segundo a tradição, foi decapitado no ano 67, em Roma. (Livro 1 - Estudo aprofundado da Doutrina Espírita. Cristianismo e Espiritismo. Roteiro 13. Marta Antunes de Oliveira Moura)

Observação (1): Paulo de Tarso era médium: A comprovação desta assertiva está contida no fato de haver Jesus Cristo, reiteradas vezes, surgido em Espírito aos olhos de Paulo, dando-lhe as devidas instruções à respeito do roteiro a seguir para melhor êxito no processo de divulgação da Boa Nova entre os homens. Em Atos (16:7), observamos que ao defrontar-se com a cidade de Mísia, Paulo e seus companheiros pretendiam dirigir-se para a Bitínia, mas o Espírito de Jesus, interferindo, não o permitiu. No mesmo livro (23:11), vimos também que o Espírito do Mestre, pondo-se ao seu lado, disse a Paulo: "Coragem! Pois, do mesmo modo que deste testemunho a meu respeito em Jerusalém, assim importa que também o faças em Roma." (Os padrões evangélicos. O vaso Escolhido. Paulo Alves Godoy)

(...) Paulo entreteve assíduas relações com o invisível, particularmente com o Cristo, de quem recebia as instruções indispensáveis à sua missão. Ele mesmo declara que haure inspirações nos colóquios secretos com o filho de Maria. S. Paulo não foi apenas assistido por Espíritos de luz, de que se fazia o porta-voz e o intérprete. Espíritos inferiores por vezes o atormentavam, e era-lhe necessário resistir à sua influência. É assim que, em todos os meios, para educação do homem e desenvolvimento da sua razão, a luz e a sombra, a verdade e o erro se misturam. (...)S. Paulo conhecia estas coisas. Lecionado pela experiência, ele advertia os profetas, seus irmãos, a fim de se conservarem em guarda contra tais ciladas. E acrescentava em conseqüência: "Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas" (1 Coríntios, XIV, 32), isto é, é preciso não aceitar cegamente as instruções dos Espíritos, mas submetê-las ao exame da razão. (Cristianismo e Espiritismo.  Cap. 5. Léon Denis)      

Observação (2): Quatorze epístolas do Novo Testamento são atribuídas a Paulo:

1. ROMANOS

2. PRIMEIRA CORÍNTIOS

3. SEGUNDA CORÍNTIOS

4. GÁLATAS

5. EFÉSIOS

6. FILIPENSES

7. COLOSSENSES

8. PRIMEIRA TESSALONICENSES

9. SEGUNDA TESSALONICENSES

10. PRIMEIRA TIMÓTEO

11. SEGUNDA TIMÓTEO

12. TITO

13. FILEMON

14. HEBREUS

 

Bibliografia:

- Cristianismo e Espiritismo.  Cap. 5. Léon Denis

- A caminho da luz. A missão de Paulo. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier.

- Paulo e Estevão. Cap. 7. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier.

- Vida e atos dos apóstolos. Cairbar Schutel.

- Parábolas e ensinos de Jesus.  Parábola do Administrador infiel. Cairbar Schutel.

- Em torno do Mestre. Saulo e Paulo. Vinícius.

- Nas pegadas do Mestre. Nem frio e nem quente. Vinícius.

- Cristianismo: A mensagem esquecida. Cap. 2 , 5 e 11 . Hermínio C. Miranda.

- Os padrões evangélicos.  Veio para servir/ A perseverança/ O vaso Escolhido/ A letra que mata / A conversão de Paulo. Paulo Alves Godoy.

- Livro 1 - Estudo aprofundado da Doutrina Espírita. Cristianismo e Espiritismo. Roteiro 13. Marta Antunes de Oliveira Moura.

- Bíblia: Atos dos Apóstolos, 5:34,  8:1,2, 3, 9:1-19;20:19-24;  21:39; 22:3,25-28; 23:27 ;Gálatas, 1:15-23; Efésios, 3:1-6, Filipenses 3:6; 1Tessalonissenses 2:7-8, Galátas 4:19, 2Coríntios 11:2; 12:15, 1Corintíos 4:15, 21; 11,2-16; Romanos 15:24; ITimóteo 1:5; 2Timóteo  4:11, 19-20.

- Bíblia Sagrada. Cartas de São Paulo. Edição pastoral. Paulus, 1991.

-  Site: https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_de_Tarso. Data da consulta: 13/04/16.

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