Trecho da música "Toda forma de amor" de Lulu Santos

 
Eu não pedi pra nascer
Eu não nasci pra perder
Nem vou sobrar de vítima
Das circunstâncias

Pergunta 1: Você não pediu pra nascer?
Neste caso há duas respostas corretas: Verdade (no caso de reencarnação compulsória, imposta por Deus, sem a nossa vontade) ou Falso (no caso de reencarnação proposta e reencarnação livre, que foi solicitada por nós).
Comentário: A REENCARNAÇÃO COMPULSÓRIA é aquela que colhe o espírito sem prévia concordância dele e até sem o seu conhecimento. É, por sua índole, própria dos espíritos cujo grau de perturbação impede análise lúcida da situação ou cujas faltas são tão graves que anulam a liberdade de escolha. É uma imposição feita pela Lei para atender a casos cuja recuperação exige longas expiações. (...)A REENCARNAÇÃO PROPOSTA leva em conta o livre arbítrio relativo de que dispõe o espírito. Mentores estudam seus débitos e méritos, programando em seguida os principais acontecimentos da próxima existência na carne, tendo em vista a liquidação ou minoração de dívidas e as possibilidades de progresso. Mas, isto é imposto, podendo o indivíduo discutir certas questões e propor alterações, que serão aceitas ou não. É a modalidade de muitos de nós, dotados de suficiente acuidade mental no Espaço para discernir o que é interesse genuíno e o que é ilusão na vida terrena. A REENCARNAÇÃO LIVRE é propriedade dos missionários, espíritos redimidos perante a Lei ou próximos da redenção (no plano terreno), os quais possuem liberdade de escolha muito ampla. Vêm ao mundo material para o desempenho de tarefas elevadas movidos pelo amor e, naturalmente, podem escolher livremente dentro do trabalho planejado. (Evolução para o terceiro milênio. Parte II. Cap. 4. Carlos Toledo Rizzini)

Pergunta 2: Você não nasceu para perder?
Neste caso há uma resposta correta: Verdade (não nascemos para perder, nascemos para vencer as provas da vida, cumprindo os nossos deveres com resignação e bom ânimo; e nascemos para vencer as nossas más inclinações, melhorando o nosso interior)
Comentário: Todos sabemos que a vida é uma luta. Não estamos na Terra para sofrer nem para gozar, mas para vencer. Lutamos (...) contra os desajustes da estrutura social, contra doenças e incompreensões, contra a maldade humana e a agressividade dos elementos, contra as influências espirituais negativas, mas principalmente contra as nossas próprias deficiências, contra as nossas ambições e o nosso egoísmo. O desânimo nos assalta quando nos consideramos injustiçados, esquecidos por Deus, submetidos a penas que não afligem os outros. É o momento em que o nosso egoísmo se manifesta na revolta do orgulho.
O exemplo de Jesus devia lembrar-nos a técnica da vitória. Ele tomou a sua cruz sem nada dever e na hora suprema do sacrifício injusto orou ao Pai em favor dos seus algozes. Alguns dentre nós, mesmo os mais aparentemente evoluídos, poderiam considerar-se mais dignos da atenção de Deus do que Jesus? Ele não nos mandou tomar a nossa cruz e avançar sozinhos, mas segui-lo. Porque à frente de todos nós seguiu Ele ao peso da cruz que não merecia. Sua missão era transformar o mundo, salvar os homens da maldade, libertá-los do egoísmo que os fazia arrogantes e impiedosos. Sua técnica não foi a da revolta mas a da resignação e da fé. (Astronautas do Além. Irmão Saulo. Psicografado por Chico Xavier)
Jesus Cristo disse: "No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo."(João 16:33)
As vicissitudes da vida corpórea constituem expiação das faltas do passado e, simultaneamente, provas com relação ao futuro. Depuram-nos e elevam-nos (ou seja, vencemos), se as suportamos resignados e sem murmurar.  (O Livro dos Espíritos. Questão 399. Allan Kardec).
Obs.: Muitas vezes, perder algo de valor, em mudanças impostas pelo sofrimento, é o jeito de encontrar algo de mais precioso no caminho. (Companheiro. Questões de mudança. Espírito Emmanuel.  Psicografado por Chico Xavier)

Pergunta 3: Somos vítimas das circunstâncias?
Nesta caso há uma resposta correta: Falso (Não somos vítimas das circunstâncias, sofremos provas para o nosso aprendizado e sofremos expiações pelo mal que fizemos nesta ou em outra existência)
Comentário: De duas espécies são as vicissitudes (sofrimentos) da vida, ou, se o preferirem, promanam de duas fontes bem diferentes, que importa distinguir. Umas têm sua causa na vida presente; outras, fora desta vida.
Remontando-se à origem dos males terrestres, reconhecer-se-á que muitos são consequência natural do caráter e do proceder dos que os suportam.
Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição!
Quantos se arruínam por falta de ordem, de perseverança, pelo mau proceder, ou por não terem sabido limitar seus desejos!
Quantas uniões desgraçadas, porque resultaram de um cálculo de interesse ou de vaidade e nas quais o coração não tomou parte alguma!
Quantas dissensões e funestas disputas se teriam evitado com um pouco de moderação e menos suscetibilidade!
Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e dos excessos de todo gênero!
(...)Interroguem friamente suas consciências todos os que são feridos no coração pelas vicissitudes e decepções da vida; remontem passo a passo à origem dos males que os torturam e verifiquem se, as mais das vezes, não poderão dizer: Se eu houvesse feito, ou deixado de fazer tal coisa, não estaria em semelhante condição.
A quem, então, há de o homem responsabilizar por todas essas aflições, senão a si mesmo? O homem, pois, em grande número de casos, é o causador de seus próprios infortúnios; mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade acusar a sorte, a Providência, a má fortuna, a má estrela, ao passo que a má estrela é apenas a sua incúria. (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap.  5. Item 4. Allan Kardec)
(Análise do trecho da música: Toda forma de amor. Autor: Lulu Santos)
 

Passatempo Espírita © 2013 - 2024. Todos os direitos reservados. Site sem fins lucrativos.

Desenvolvido por Webnode