Utilize o conteúdo da aula, designado por "Subsídio para o Evangelizador", para desenvolver palestras espíritas para jovens e adultos.
Aula 50 - Amar o próximo como a si mesmo
Ciclo 1 - História: O que é o amor? - Atividade: PH - Paulo de Tarso - 10 - Amor.
Ciclo 2 - História: A ponte - Atividade: ESE - Cap. 15 - 3 - O maior mandamento.
Ciclo 3 - História: A coisa mais importante - Atividade: ESE - Cap. 11 - 3 - A lei do amor.
Mocidade - História: Círculo de amor - Atividade: 2 - Dinâmica de grupo: Amor ao próximo.
Dinâmicas: Como devo amar o meu próximo?; Tangram: Amar a Deus acima de todas as coisas; O Mandamento do Amor.
Mensagens Espíritas: Amor.
Sugestão de vídeos: - Música espírita: Amar ao próximo com a si mesmo - Clésio Tapety (Dica: Pesquise no Youtube).
- Música espírita: Mensagem de amor - Cancioneiro Espírita (Dica: pesquise no Youtube).
- História: O que é o amor ? (Dica: pesquise no Youtube).
Sugestão de livro infantil: Uma doce lição. Mariana Frungilo. Editora Ide.
Leitura da Bíblia: Salmos - Capítulo 107
107.1 Dêem graças ao Senhor porque ele é bom; o seu amor dura para sempre
Mateus - Capítulo 22
22.34 Entretanto, os fariseus, sabendo que ele fizera calar os saduceus, reuniram-se em conselho.
22.35 E um deles, intérprete da Lei, experimentando-o, lhe perguntou:
22.36 Mestre, qual é o grande mandamento na Lei?
22.37 Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.
22.38 Este é o grande e primeiro mandamento.
22.39 O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
22.40 Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.
João - Capítulo 15
15.9 Como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor.
15.10 Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço.
1 João - Capítulo 3 e 4
3.18 Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.
4.20 Se alguém afirmar: "Eu amo a Deus", mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.
Romanos - Capítulo 12
12.9 O amor deve ser sincero. Odeiem o que é mau; apeguem-se ao que é bom.
12. 10 Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros mais do que a vocês.
Efésios - Capítulo 4
4.2 Sejam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes, suportando uns aos outros com amor.
Tópicos a serem abordados:
- O amor é um sentimento elevado, é a afeição que temos pelas pessoas, atraindo um ser para outro, unindo-os num mesmo sentimento. A caridade, a humildade, a paciência, o devotamento, a abnegação, a resignação e o sacrifício são todas virtudes filhas do amor.
- Existem dois tipos de afeição: a do corpo e da alma. A verdadeira afeição é a da alma, pois é eterna e duradoura. A afeição material se destrói com a morte do corpo. Existe o amor conjugal, o amor materno, o amor filial, o amor pelos amigos; o amor é de essência divina e todos nós temos no fundo do coração.
- Em sua origem, o homem só tem instintos, que é uma espécie de inteligência rudimentar, sem raciocínio. Quando mais avançado e corrompido, só tem sensações (Ex.: sensações da bebida, comida, drogas, etc.) ; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor. Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento. Deus depositou este o gérmen nos corações de todos, quando fomos criados. Esse gérmen se desenvolve e cresce com o desenvolvimento da moral e da inteligência.
- Jesus disse que o primeiro mandamento é amar a Deus acima de todas as coisas. E o segundo, semelhante a este, é: Amar o teu próximo como a ti mesmo. Disse também que devemos fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós, sendo a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo. Sem o amor ao próximo não se pode amar a Deus, pois a Sua lei é de amor, justiça e caridade. Portanto, tudo que se faz contra o próximo, se faz contra Deus.
- Deus é amor, um pai bondoso, misericordioso e justo. Perdoa os nossos erros através das infinitas oportunidades de regeneração que nos oferece por meio da reencarnação. Trabalha sem descanso pela nossa felicidade e recompensa todas nossas boas ações.
- O amor a nós mesmos deve ser interpretado como a necessidade de oração e de vigilância dos pensamentos, que todos nós somos obrigados a observar. Amar a nós mesmos não significa fazer auto adoração. Esse amor, deve traduzir-se em esforço próprio, em auto-educação, em observação do dever, em obediência às leis de Deus, em perseverança na fé, em desejo sincero de aprender com o único Mestre, que é Jesus-Cristo. Todo bem que fazemos em proveito do próximo, estamos beneficiando a nós mesmos.
- A humanidade inteira é nosso próximo e a todos devemos amar como irmãos, filhos do mesmo Pai. É amando a nossos irmãos que nós demonstramos o nosso amor a Deus. Quem ama seu próximo está sempre pronto a perdoar e a esquecer as ofensas que recebe. Trata a todos com delicadeza e não faz distinção entre o pobre e o rico, entre o preto e o branco, entre o forte e o fraco. É bondoso, obediente e prestativo; gosta de prestar um favor sem se importar com as recompensas. Não discute e não diz palavras grosseiras; não fala nem pensa mal de ninguém. Respeita o modo de pensar dos outros e não lhes critica as ideias. Sabe que só Deus é superior a tudo e por isso não se julga superior a seus irmãos. Evita tudo o que lhe possa prejudicar o corpo ou o espírito ou causar prejuízos aos outros (1).
- No Evangelho encontramos o testemunho de amor ao próximo, apresentado por Jesus. Cristo é o Messias Divino, pois trazia em si o reflexo mais poderoso do amor de Deus.
- Os efeitos da lei de amor são o melhoramento moral da raça humana e a felicidade durante a vida terrestre. Através do amor o ser humano evolui. O amor proporciona o bem-estar, a paz e o desejo de viver. Os mais rebeldes, viciosos e egoístas irão melhorar um dia, quando observarem os benefícios resultantes dessa prática.
Comentário (1): 52 lições de Catecismo Espírita. 2ª Lição. Eliseu Rigonatti.
Perguntas para fixação:
1. O que é o amor?
2. Qual é o primeiro mandamento, segundo Jesus?
3. E qual é o segundo mandamento?
4. Como é que demonstramos nosso amor a Deus?
5. Como é que amamos nossos irmãos?
6. Deus depositou o gérmen do sentimento no coração de todos?
7. Como se desenvolve o sentimento do amor?
8. Quais são os efeitos da lei do amor para a sociedade?
Subsídio para o Evangelizador:
Segundo o dicionário Aurélio a palavra ''amor'' significa: Sentimento que induz a aproximar, a proteger ou a conservar a pessoa pela qual se sente afeição ou atração; grande afeição ou afinidade forte por outra pessoa. (https://www.dicionariodoaurelio.com/amor).
Antes de tudo, o que é a afeição, o amor? Ainda a atração fluídica, atraindo um ser para outro, unindo-os num mesmo sentimento. Essa atração pode ser de duas naturezas diferentes, já que os fluidos são de duas naturezas. Mas para que a afeição persista eternamente, é preciso que seja espiritual e desinteressada; são precisos abnegação, devotamento e que nenhum sentimento pessoal seja o móvel deste arrastamento simpático. Desde que nesse sentimento haja personalidade, há materialidade. Ora, nenhuma afeição material persiste nos domínios do Espírito. Desse modo, toda afeição que não resulta senão do instinto animal ou do egoísmo, se destrói com a morte terrestre; é assim que seres que se dizem amados são esquecidos após pouco tempo de separação! (Revista Espírita. Fevereiro de 1864. IV - As afeições terrenas e a reencarnação. Allan Kardec).
Uma vez que os Espíritos simpáticos são induzidos a unir-se, como é que, entre os encarnados, freqüentemente só de um lado há afeição e que o mais sincero amor se vê acolhido com indiferença e, até, com repulsão?
Como é, além disso, que a mais viva afeição de dois seres pode mudar-se em antipatia e mesmo em ódio? “Não compreendes então que isso constitui uma punição, se bem que passageira? Depois, quantos não são os que acreditam amar perdidamente, porque apenas julgam pelas aparências, e que, obrigados a viver com as pessoas amadas, não tardam a reconhecer que só experimentaram um encantamento material. Não basta uma pessoa estar enamorada de outra que lhe agrada e em quem supõe belas qualidades. Vivendo realmente com ela é que poderá apreciá-la. Tanto assim que, em muitas uniões, que a princípio parecem destinadas a nunca ser simpáticas, acabam os que as constituíram, depois de se haverem estudado bem e de bem se conhecerem, por votar-se, reciprocamente, duradouro e terno amor, porque assente na estima! Cumpre não se esqueça de que é o Espírito quem ama e não o corpo, de sorte que, dissipada a ilusão material, o Espírito vê a realidade. (Vida e sexo.Cap. 13. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier).
O amor é a celeste atração das almas e dos mundos, a potência divina que liga os mundos, governa-os e fecunda-os; o amor é o olhar de Deus!
Não ornamentem com tal nome a ardente paixão que os desejos carnais atiçam. Esta não é senão uma sombra, um grosseiro plágio do amor. Não, o amor é o sentimento superior no qual se fundem e se harmonizam todas as qualidades do coração; é o coroamento das virtudes humanas, doçura, caridade, bondade; é a eclosão na alma de uma força que nos arrasta acima da matéria, para as alturas divinas, une-nos a todos os seres e desperta em nós felicidades íntimas, que deixam bem distantes todas as volúpias terrestres. (Depois da morte. Cap. 49. Leon Denis).
Segundo Emmanuel: ''O amor puro é o reflexo do Criador em todas as criaturas. Brilha em tudo e em tudo palpita na mesma vibração de sabedoria e beleza. É fundamento da vida e justiça de toda a Lei.'' (Pensamento e vida. Cap. 30. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier).
O amor conjugal, o amor materno, o amor filial ou fraterno, o amor da pátria, da raça, da humanidade, são refrações, raios refratados do amor divino, que abrange, penetra todos os seres e, difundindo-se neles, faz rebentar e desabrochar mil formas variadas, mil esplêndidas florescências de amor. (O problema do ser, do destino e da dor. Ca. 25. Leon Denis).
Há uma gradação do amor, no seio das manifestações da natureza visível e invisível?
Sem dúvida, essa gradação existiu em todos os tempos, como gradativa é a posição de todos os seres na escala infinita do progresso.
O amor é a lei própria da vida e, sob o seu domínio sagrado, todas as criaturas e todas as coisas se reúnem ao Criador, dentro do plano grandioso da unidade universal. Desde as manifestações mais humildes dos reinos inferiores da Natureza, observamos a exteriorização do amor em sua feição divina. Na poeira cósmica, sínteses da vida, têm as atrações magnéticas profundas; nos corpos simples, vemos as chamadas “precipitações” da química; nos reinos mineral e vegetal verificamos o problema das combinações indispensáveis. Nas expressões da vida animal; observamos o amor em todo, em gradações infinitas, da violência à ternura, nas manifestações do irracional.
No caminho dos homens é ainda o amor que preside a todas as atividades da existência em família e em sociedade. Reconhecida a sua luz divina em todos os ambientes, observaremos a união dos seres como um ponto sagrado, de referência dessa lei única que dirige o Universo.
Das expressões de sexualidade, o amor caminha para o supersexualismo, marchando sempre para as sublimadas emoções da espiritualidade pura, pela renúncia e pelo trabalho santificantes, até alcançar o amor divino, atributo dos seres angelicais, que se edificaram para a união com Deus, na execução de seus sagrados desígnios do Universo. (O Consolador. Questão 322. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier).
O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. Ditoso aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento! ditoso aquele que ama, pois não conhece a miséria da alma, nem a do corpo. Tem ligeiros os pés e vive como que transportado, fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou a divina palavra - amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.
(...) Disse eu que em seus começos o homem só instintos possuía. Mais próximo, portanto, ainda se acha do ponto de partida, do que da meta, aquele em quem predominam os instintos. A fim de avançar para a meta, tem a criatura que vencer os instintos, em proveito dos sentimentos, isto é, que aperfeiçoar estes últimos, sufocando os germes latentes da matéria. Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento; trazem consigo o progresso, como a glande encerra em si o carvalho, e os seres menos adiantados são os que, emergindo pouco a pouco de suas crisálidas, se conservam escravizados aos instintos. O Espírito precisa ser cultivado, como um campo. Toda a riqueza futura depende do labor atual, que vos granjeará muito mais do que bens terrenos: a elevação gloriosa. E então que, compreendendo a lei de amor que liga todos os seres, buscareis nela os gozos suavíssimos da alma, prelúdios das alegrias celestes.
O amor é de essência divina e todos vós, do primeiro ao último, tendes, no fundo do coração, a centelha desse fogo sagrado. E fato, que já haveis podido comprovar muitas vezes, este: o homem, por mais abjeto, vil e criminoso que seja, vota a um ente ou a um objeto qualquer viva e ardente afeição, à prova de tudo quanto tendesse a diminuí-la e que alcança, não raro, sublimes proporções.
A um ente ou um objeto qualquer, disse eu, porque há entre vós indivíduos que, com o coração a transbordar de amor, despendem tesouros desse sentimento com animais, plantas e, até, com coisas materiais: espécies de misantropos que, a se queixarem da Humanidade em geral e a resistirem ao pendor natural de suas almas, que buscam em torno de si a afeição e a simpatia, rebaixam a lei de amor à condição de instinto. Entretanto, por mais que façam, não logram sufocar o gérmen vivaz que Deus lhes depositou nos corações ao criá-los. Esse gérmen se desenvolve e cresce com a moralidade e a inteligência e, embora comprimido amiúde pelo egoísmo, torna-se a fonte das santas e doces virtudes que geram as afeições sinceras e duráveis e ajudam a criatura a transpor o caminho escarpado e árido da existência humana.
Há pessoas a quem repugna a reencarnação, com a idéia de que outros venham a partilhar das afetuosas simpatias de que são ciosas. Pobres irmãos! o vosso afeto vos torna egoístas; o vosso amor se restringe a um círculo íntimo de parentes e de amigos, sendo-vos indiferentes os demais. Pois bem! para praticardes a lei de amor, tal como Deus o entende, preciso se faz chegueis passo a passo a amar a todos os vossos irmãos indistintamente. A tarefa é longa e difícil, mas cumprir-se-á: Deus o quer e a lei de amor constitui o primeiro e o mais importante preceito da vossa nova doutrina, porque é ela que um dia matará o egoísmo, qualquer que seja a forma sob que se apresente, dado que, além do egoísmo pessoal, há também o egoísmo de família, de casta, de nacionalidade. Disse Jesus: "Amai o vosso próximo como a vós mesmos." Ora, qual o limite com relação ao próximo? Será a família, a seita, a nação? Não; é a Humanidade inteira. Nos mundos superiores, o amor recíproco é que harmoniza e dirige os Espíritos adiantados que os habitam, e o vosso planeta, destinado a realizar em breve sensível progresso, verá seus habitantes, em virtude da transformação social por que passará, a praticar essa lei sublime, reflexo da Divindade. (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 11. Item 8 e 9. Allan Kardec).
''Amar o próximo como a si mesmo: fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós", é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro, a tal respeito, que tomar para padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo que para nós desejamos. Com que direito exigiríamos dos nossos semelhantes melhor proceder, mais indulgência, mais benevolência e devotamento para conosco, do que os temos para com eles? A prática dessas máximas tende à destruição do egoísmo. Quando as adotarem para regra de conduta e para base de suas instituições, os homens compreenderão a verdadeira fraternidade e farão que entre eles reinem a paz e a justiça. Não mais haverá ódios, nem dissensões, mas, tão-somente, união, concórdia e benevolência mútua. (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 11. Item 4. Allan Kardec).
O amor é mais forte do que o ódio, mais poderoso do que a morte. Se o Cristo foi o maior dos missionários e dos profetas, se tanto império teve sobre os homens, foi porque trazia em si um reflexo mais poderoso do Amor Divino. Jesus passou pouco tempo na Terra; foram bastantes três anos de evangelização para que o seu domínio se estendesse a todas as nações. Não foi pela Ciência nem pela arte oratória que ele seduziu e cativou as multidões; foi pelo amor! Desde sua morte, seu amor ficou no mundo como um foco sempre vivo, sempre ardente. Por isso, apesar dos erros e faltas de seus representantes, apesar de tanto sangue derramado por eles, de tantas fogueiras acesas, de tantos véus estendidos sobre seu ensino, o Cristianismo continuou a ser a maior das religiões; disciplinou, moldou a alma humana, amansou a índole feroz dos bárbaros, arrancou raças inteiras à sensualidade ou à bestialidade. (O problema do ser, do destino e da dor. Ca. 25. Leon Denis).
Caridade e humildade, tal é, pois o único caminho da salvação; egoísmo e orgulho, tal o da perdição. (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 15. Item 5. Allan Kardec)
Sem o amor ao próximo não se pode amar a Deus. Nesse particular o Evangelho é todo um hino ao Criador, mediante o eloqüente testemunho de amor ao próximo, apresentado por Jesus. Em todos os Seus passos o amor se exterioriza numa canção de feitos, renovando, ajudando e levantando os Espíritos. (Leis morais da vida. 2ª parte. Cap. 1. Espírito Joanna de Ângelis. Psicografado por Divaldo Pereira Franco).
O “amar ao próximo” deve ser levado até mesmo à sujeição, às ousadias e brutalidades das criaturas menos educadas na lição evangélica, sendo que o ofendido deve tolerá-lo humildemente, sem o direito de esclarecê-las, relativamente aos seus erros?
O amor ao próximo inclui o esclarecimento fraterno, a todo tempo em que se faça útil e necessário. A sujeição passiva ao atrevimento ou à grosseria pode dilatar os processos da força e da agressividade; mas, ao receber as suas manifestações, saiba o crente pulverizá-las com o máximo de serenidade e bom senso, a fim de que sejam exterminada em sua fonte de origem, sem possibilidades de renovação. Esclarecer é também amar. Toda a questão reside em bem sabermos explicar, sem expressões de personalismo prejudicial, ainda que com a maior contribuição de energia, para que o erro ou o desvio do bem não prevaleça. Quanto aos processos de esclarecimentos, devem eles dispensar, em qualquer tempo e situação, o concurso da força física, sendo justo que demonstrem as nuanças de energia, requeridas pelas circunstâncias, variando, desse modo, de conformidade com os acontecimentos e com fundamento invariável no bem geral. (O Consolador. Questão 344. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier).
Como entender o “amor a nós mesmos”, segundo a fórmula do Evangelho?
O amor a nós mesmos deve ser interpretado como a necessidade de oração e de vigilância, que todos os homens são obrigados a observar. Amar a nós mesmos não será a vulgarização de uma nova teoria de auto adoração. Para nós outros, a egolatria já teve o seu fim, porque o nosso problema é de iluminação íntima, na marcha para Deus. Esse amor, portanto, deve traduzir-se em esforço próprio, em auto-educação, em observação do dever, em obediência às leis de realização e de trabalho, em perseverança na fé, em desejo sincero de aprender com o único Mestre, que é Jesus-Cristo. Quem se ilumina, cumpre a missão da luz sobre a Terra. E a luz não necessita de outros processos para revelar a verdade, senão o de irradiar espontaneamente o tesouro de si mesma.
Necessitamos encarar essa nova fórmula de amor a nós mesmos, conscientes de que todo bem conseguido por nós, em proveito do próximo, não é senão o bem de nossa própria alma, em virtude da realidade de uma só lei, que é a do amor, e um só dispensador dos bens, que é Deus. (O Consolador. Questão 351. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier).
O amor possui um admirável condão que proporciona felicidade, porque estimula os demais sentimentos para a conquista do Self, fazendo desabrochar os tesouros da saúde e da alegria de viver, conduzindo aos páramos da plenitude.
Ao estímulo do pensamento e conduzido pelo sentimento que se engrandece, o amor desencadeia reações físicas, descargas de adrenalina, que proporcionam o bem-estar e o desejo de viver na sua esfera de ação. Inato no ser humano, porque procedente do Excelso Amor, pode ser considerado como razão da vida, na qual se desenvolvem as aptidões elevadas do Espírito, assinalado para a vitória sobre as paixões. (Amor, imbatível amor. Cap. 63. Espírito Joanna de Ângelis. Psicografado por Chico Xavier).
(...) Todo o poder da alma resume-se em três palavras: querer, saber, amar!
Querer, isto é, fazer convergir toda a atividade, toda a energia, para o alvo que se tem de atingir, desenvolver a vontade e aprender a dirigi-la. Saber, porque sem o estudo profundo, sem o conhecimento das coisas e das leis, o pensamento e a vontade podem transviar-se no meio das forças que procuram conquistar e dos elementos a quem aspiram governar.
Acima de tudo, porém, é preciso amar, porque sem o amor, a vontade e a ciência seriam incompletas e muitas vezes estéreis. O amor ilumina-as, fecunda-as, centuplica-lhes os recursos. Não se trata aqui do amor que contempla sem agir, mas do que se aplica a espalhar o bem e a verdade pelo mundo. A vida terrestre é um conflito entre as forças do mal e as do bem. O dever de toda alma viril é tomar parte no combate, trazer-lhe todos os seus impulsos, todos os seus meios de ação, lutar pelos outros, por todos aqueles que se agitam ainda na via escura.
O uso mais nobre que se pode fazer das faculdades é trabalhar por engrandecer, desenvolver, no sentido do belo e do bem, a civilização, a sociedade humana, que tem as suas chagas e fealdades, sem dúvida, mas que é rica de esperanças e magníficas promessas; essas promessas transformar-se-ão em realidade vivaz no dia em que a humanidade tiver aprendido a comungar, pelo pensamento e pelo coração, com o foco de amor, que é o esplendor de Deus.
Amemos, pois, com todo o poder do nosso coração; amemos até ao sacrifício, como Joana d'Arc amou a França, como o Cristo amou a humanidade, e todos aqueles que nos rodeiam receberão nossa influência, sentir-se-ão nascer para nova vida. (O problema do ser, do destino e da dor. Ca. 25. Leon Denis).
(...) Amar é o segredo da felicidade. Com uma só palavra o amor resolve todos os problemas, dissipa todas as obscuridades. O amor salvará o mundo; seu calor fará derreter os gelos da dúvida, do egoísmo, do ódio; enternecerá os corações mais duros, mais refratários. (O problema do ser, do destino e da dor. Cap. 25. Leon Denis).
Os efeitos da lei de amor são o melhoramento moral da raça humana e a felicidade durante a vida terrestre. Os mais rebeldes e os mais viciosos se reformarão, quando observarem os benefícios resultantes da prática deste preceito: Não façais aos outros o que não quiserdes que vos façam: fazei-lhes, ao contrário, todo o bem que vos esteja ao alcance fazer-lhes.
Não acrediteis na esterilidade e no endurecimento do coração humano; ao amor verdadeiro, ele, a seu mau grado, cede. E um ímã a que não lhe é possível resistir. O contacto desse amor vivifica e fecunda os germens que dele existem, em estado latente, nos vossos corações. A Terra, orbe de provação e de exílio, será então purificada por esse fogo sagrado e verá praticados na sua superfície a caridade, a humildade, a paciência, o devotamento, a abnegação, a resignação e o sacrifício, virtudes todas filhas do amor. Não vos canseis, pois, de escutar as palavras de João, o Evangelista. Como sabeis, quando a enfermidade e a velhice o obrigaram a suspender o curso de suas prédicas, limitava-se a repetir estas suavíssimas palavras: Meus filhinhos, amai-vos uns aos outros." (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 11. item 9. Allan Kardec).
Bibliografia:
- O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 11, itens 8 e 9. Cap. 15, item 5. Allan Kardec.
- Revista Espírita. Fevereiro de 1864. IV - As afeições terrenas e a reencarnação. Allan Kardec.
- Vida e sexo. Cap. 13. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier.
- Depois da morte. Cap. 49. Leon Denis.
- Pensamento e vida. Cap. 30. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier.
- O problema do ser, do destino e da dor. Ca. 25. Leon Denis.
- O Consolador. Questões 322 e 344. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier.
- Leis morais da vida. 2ª parte. Cap. 1. Espírito Joanna de Ângelis. Psicografado por Divaldo Pereira Franco.
- Amor, imbatível amor. Cap. 63. Espírito Joanna de Ângelis. Psicografado por Chico Xavier.
- Site: https://www.dicionariodoaurelio.com/amor. Data da consulta: 05/03/15.