Utilize o conteúdo da aula, designado por "Subsídio para o Evangelizador", para desenvolver palestras espíritas para jovens e adultos.
Aula 28 - Mediunidade - Comunicabilidade dos Espíritos*
Ciclo 2 - História: A curiosidade de mariana - Atividade: ESE – Cap. 26 – 4 – Mediunidade gratuita.
Ciclo 3 - História: Mediunidade – compromisso com o bem - Atividade: LE – Introdução ao estudo da Doutrina Espírita – Introdução – Item 7.
Mocidade - História: A serva nervosa - Atividade: 9 - Entrevistas: Cada aluno deverá entrevistar um médium do Centro Espírita e formular perguntas, como por exemplo: Quando iniciou a sua mediunidade? Qual é o tipo da sua mediunidade? O que você sente quando um bom espírito se aproxima? Etc...ou/e 7 - Debate de opiniões contrárias: O médium pode receber o dinheiro dos livros psicografados para uso pessoal? Depois do debate, leia a resposta: O Consolador. Questão 402. Espírito Emmanuel/ Chico Xavier.
Dinâmicas: Mediunidade; Tipos de mediunidade.
Mensagens Espíritas: Mediunidade.
Sugestão de vídeos: - Música Espírita: O sexto sentido. César Tucci (Dica: pesquise no Youtube).
- Desenho animado: Pedro vê gente morta (Dica: pesquise no Youtube)
Sugestão de livro infantil: Recados do além. Cecília Rocha e Clara Araújo. Editora FEB.
Leitura da Bíblia: Atos – Capítulo 2
2.1 Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;
2.2 de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados.
2.3 E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles.
2.4 Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem.
2.5 Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu.
2.6 Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua.
2.7 Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando?
2.8 E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna?
2.9 Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia,
2.10 da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem,
2.11 tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios. Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus?
2.12 Todos, atônitos e perplexos, interpelavam uns aos outros: Que quer isto dizer?
2.13 Outros, porém, zombando, diziam: Estão embriagados!
2.14 Então, se levantou Pedro, com os onze; e, erguendo a voz, advertiu-os nestes termos: Varões judeus e todos os habitantes de Jerusalém, tomai conhecimento disto e atentai nas minhas palavras.
2.15 Estes homens não estão embriagados, como vindes pensando, sendo esta a terceira hora do dia.
2.16 Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel:
2.17 E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos;
2.18 até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão.
1 Coríntios - Capítulo 12
12.4 Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo.
12.5 E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo.
12.6 E há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos.
12.7 A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso.
12.8 Porque a um é dada, mediante o Espírito, a palavra da sabedoria; e a outro, segundo o mesmo Espírito, a palavra do conhecimento;
12.9 a outro, no mesmo Espírito, a fé; e a outro, no mesmo Espírito, dons de curar;
12.10 a outro, operações de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a um, variedade de línguas; e a outro, capacidade para interpretá-las.
12.11 Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente.
1 Coríntios - Capítulo 14
14.26 Que fazer, pois, irmãos? Quando vos reunis, um tem salmo, outro, doutrina, este traz revelação, aquele, outra língua, e ainda outro, interpretação. Seja tudo feito para edificação.
14.27 No caso de alguém falar em outra língua, que não sejam mais do que dois ou quando muito três, e isto sucessivamente, e haja quem interprete.
14.28 Mas, não havendo intérprete, fique calado na igreja, falando consigo mesmo e com Deus.
14.29 Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem.
14.30 Se, porém, vier revelação a outrem que esteja assentado, cale-se o primeiro.
14.31 Porque todos podereis profetizar, um após outro, para todos aprenderem e serem consolados.
14.32 Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos próprios profetas;
14.33 porque Deus não é de confusão, e sim de paz.
Tópicos a serem abordados:
- Existem dois mundos que são paralelos, o material composto de espíritos encarnados e o espiritual formado pelos espíritos desencarnados.
- Para conhecer as coisas do mundo visível (material), Deus deu ao ser humano os cinco sentidos : a visão, a audição, o paladar,o olfato e o tato. Para perceber o mundo invisível (espiritual), Ele nos deu um sexto sentido, que é a mediunidade. Assim como pelo olfato sentimos o aroma da flor, através da mediunidade é possível perceber a presença dos Espíritos.
- Aqueles que possuem mediunidade são chamados de médiuns. Toda pessoa que sente num grau qualquer a influência dos Espíritos é considerado um médium. Podemos dizer, portanto, que todas as pessoas são, mais ou menos, médiuns. No entanto, os médiuns, propriamente ditos, são aqueles que entram ostensivamente em comunicação com os espíritos e transmitem as suas mensagens.
- A mediunidade pode se manifestar nas crianças, nos velhos, nos homens e nas mulheres, seja qual for o seu grau de desenvolvimento intelectual e moral, pois ela não constitui privilégio exclusivo de ninguém.
- Deus quis que a mediunidade existisse para que cada um pudesse obter a prova da imortalidade da alma. Por meio da mediunidade os Espíritos podem nos trazer notícias de como vivem no mundo espiritual.
- A mediunidade não é uma brincadeira, nem um talento, não pode tornar-se uma profissão. Ela não existe sem a ajuda dos Espíritos, portanto, um médium não pode cobrar por uma cura realizada. Jesus ensinou que devemos dar de graça o que de graça recebemos.
- Aquele que é portador da mediunidade tem como tarefa utilizá-la para seu auto-melhoramento, desenvolvendo valores nobres; e para o benefício das pessoas, consolando e amparando os doentes e os aflitos.
- Os médiuns devem estudar o evangelho de Jesus , devem ser humildes, pacientes e amorosos com todos que atendem. Não devem buscar vantagens pessoais, como dinheiro, presentes ou elogios.
- Para ocorrer a comunicação o Espírito não entra no médium. O Espírito comunicante entra em contato com o perispírito do médium e através deste, atua sobre o corpo físico.
- Essa faculdade não se revela, da mesma maneira, em todos. Existem diversos tipos de mediunidade, tais como: médiuns videntes: aqueles que vêem os Espíritos com a alma, estando acordado ou em estado sonambúlico; médiuns de psicografia: escrevem por influência do Espírito; médiuns de efeitos físicos: os Espíritos movimentam os objetos por meio do fluido universal e do fluido dos médiuns; médiuns de cura: têm o poder de curar pela imposição das mãos, com a ajuda dos Espíritos; médiuns de psicofonia: o Espírito atua sobre as cordas vocais dos médiuns para falar; médiuns audientes: ouvem a voz dos Espíritos; etc.
- A mediunidade é uma faculdade tão velha quanto o homem. O Espiritismo, portanto, não é uma criação moderna, os antigos o conheciam muito bem. Na Bíblia existem diversos fatos mediúnicos registrados. No dia de Pentecostes , quando estavam todos reunidos, os apóstolos converteram-se em médiuns notáveis. Os mensageiros espirituais do Senhor, através deles, produziram fenômenos físicos, como sinais luminosos e vozes diretas, inclusive fatos de psicofonia e xenoglossia (falar em diversas línguas) , pois os ensinamentos do Evangelho foram ditados em várias línguas, simultaneamente, para os israelitas de diversas regiões.
Perguntas para fixação:
1. Quais são os cinco sentidos? Para que eles servem?
2. Qual é o sexto sentido?
3. Por meio da mediunidade o que é possível perceber?
4. Todos nós somos médiuns? Por quê?
5. O que é a mediunidade de vidência?
6. O que é a mediunidade de psicografia?
7. O que é a mediunidade de efeitos físicos?
8. O que é a mediunidade de cura?
9. O que é a mediunidade de psicofonia?
10. O que é a mediunidade auditiva?
11. Qual é a tarefa daquele que é médium?
12. A mediunidade pode ser cobrada?
Subsídio para o Evangelizador:
Para conhecer as coisas do mundo visível e descobrir os segredos da Natureza material, Deus deu ao homem a vista corpórea, os sentidos e instrumentos especiais. Com o telescópio, ele mergulha o olhar nas profundezas do espaço, e, com o microscópio, descobriu o mundo dos infinitamente pequenos. Para penetrar no mundo invisível, deu-lhe a mediunidade.
Os médiuns são os intérpretes incumbidos de transmitir aos homens os ensinos dos Espíritos; ou, melhor, são os órgãos materiais de que se servem os Espíritos para se expressarem aos homens por maneira inteligível. (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 28. Item 9. Allan Kardec).
Chama-se mediunidade, o conjunto de faculdades que permitem ao ser humano comunicar-se com o Mundo Invisível. (Espíritos e Médiuns. Cap. 3. Leon Denis).
Toda pessoa que sente num grau qualquer a influência dos Espíritos é, por isso mesmo, médium. Essa faculdade é inerente às pessoas e conseqüentemente não constitui privilégio exclusivo de ninguém; por isso mesmo, poucas são as pessoas que não possuem algum rudimento dela. Podemos dizer, portanto, que todas as pessoas são, mais ou menos, médiuns. ( O Livro dos Médiuns. Cap. 14. Item 159. Allan Kardec).
Mediunidade, no sentido exato e usual da palavra é a faculdade que certas pessoas têm de entrar ostensivamente em comunicação com os espíritos e de transmitir mensagens destes fora do campo pessoal. (Evolução para o terceiro milênio. Parte 2. Cap. 4. Item 2. Carlos Toledo Rizzini).
Ela se manifesta nas crianças, nos velhos, nos homens e nas mulheres, seja quais forem seu temperamento, estado de saúde ou o grau de desenvolvimento intelectual e moral. (O Livro dos médiuns. Cap. 17. Item 200. Allan Kardec).
Nos últimos tempos, diz o Senhor, difundirei do meu Espírito sobre toda carne; vossos filhos e filhas profetizarão; vossos jovens terão visões e vossos velhos, sonhos. Nesses dias, difundirei do meu Espírito sobre os meus servidores e servidoras, e eles profetizarão. (Atos 2:17 e 18)
Quis o Senhor que a luz se fizesse para todos os homens e que em toda a parte penetrasse a voz dos Espíritos, a fim de que cada um pudesse obter a prova da imortalidade. (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 28. Itens 8 e 9. Allan Kardec).
Com que objetivo a Providência dotou alguns indivíduos da mediunidade de uma maneira marcante?
É uma missão da qual são encarregados; são os intérpretes entre os Espíritos e os homens.
Se é uma missão, porque não é privilégio dos homens de bem e porque é dada às vezes a pessoas que não merecem nenhuma estima e que podem abusar dela?
Ela lhes é dada porque precisam dela para o seu próprio melhoramento, a fim de que estejam em condições de receber bons ensinamentos; se não a aproveitar, sofrerão as conseqüências. Jesus falava de preferência aos pecadores, porque, dizia, era preciso dar àqueles que não têm. ( O Livro dos Médiuns. 2ª Parte. Cap. 17. Itens 12 e 14. Allan Kardec).
Conforme Edgard Armond, a mediunidade pode ser definida em dois tipos: mediunidade natural e mediunidade de prova.
(...) À medida que evolui e se moraliza; o indivíduo adquire faculdades psíquicas e aumenta, conseqüentemente, sua percepção espiritual. A isso denominamos - Mediunidade natural.
A muitos, entretanto, ainda que atrasados em sua evolução e moralmente incapazes, são concedidas faculdades psíquicas como graça. Não as conquistaram, mas receberam-nas de empréstimo, por antecipação, numa posse precária que fica dependendo do modo como for em utilizadas, da forma pela qual o indivíduo cumprir a tarefa cujo compromisso assumiu, nos planos espirituais ao recebê-la. A isso denominamos — Mediunidade de prova (Mediunidade.Cap. 1. Edgard Armond.)
Os médiuns, em sua generalidade, não são missionários na acepção comum do termo; são almas que fracassaram desastradamente, que contrariaram, sobremaneira, o curso das leis divinas, e que resgatam, sob o peso de severos compromissos e ilimitadas responsabilidades, o passado obscuro e delituoso. Quase sempre, são Espíritos que tombaram dos cumes sociais, pelos abusos do poder, da autoridade, da fortuna e da inteligência, e que regressam ao orbe terráqueo para se sacrificarem em favor do grande número de almas que desviaram das sendas luminosas da fé, da caridade e da virtude.
Todos os médiuns, para realizarem dignamente a tarefa a que foram chamados a desempenhar no planeta, necessitam identificar-se com o ideal de Jesus, buscando para alicerce de suas vidas o ensinamento evangélico, em sua divina pureza; a eficácia de sua ação depende do seu desprendimento e da sua caridade, necessitando compreender, em toda a amplitude, a verdade contida na afirmação do Mestre: “Dai de graça o que de graça receberdes''.
Não deverão encarar a mediunidade como um dom ou como um privilégio, sim como bendita possibilidade de reparar seus erros de antanho (do passado) (...) (Emmanuel. Cap.11. Mensagem aos médiuns. Psicografado por Chico Xavier).
Em mediunidade, portanto, não podemos olvidar o problema da sintonia. Atraímos os Espíritos que se afinam conosco, tanto quanto somos por eles atraidos. (Nos domínios da mediunidade. Cap. 1. André Luiz. Psicografado por Chico Xavier).
É de notar-se, além disso, que essa faculdade não se revela, da mesma maneira, em todos. Geralmente, os médiuns têm uma aptidão especial para os fenômenos desta, ou daquela ordem, donde resulta que formam tantas variedades, quantas são as espécies de manifestações. As principais são: a dos médiuns de efeitos físicos; a dos médiuns sensitivos, ou impressionáveis; a dos audientes; a dos videntes; a dos sonambúlicos; a dos curadores; a dos pneumatógrafos; a dos escreventes, ou psicógrafos. (O Livro dos Médiuns. Cap. 14. Item 159. Allan Kardec).
Médiuns de efeitos físicos - Os médiuns de efeitos físicos são particularmente aptos a produzir fenômenos materiais, como os movimentos dos corpos inertes, ou ruídos, etc...
Médiuns sensitivos ou impressionáveis - chamam-se assim às pessoas suscetíveis de sentir a presença dos Espíritos por uma impressão vaga, por uma espécie de leve roçadura sobre todos os seus membros, sensação que elas não podem explicar. Esta variedade não apresenta caráter bem definido. (...) Um bom Espírito produz sempre uma impressão suave e agradável; a de um mau Espírito, ao contrário, é penosa, angustiosa, desagradável.
Médiuns audientes - Estes ouvem a voz dos Espíritos. É, como dissemos ao falar da pneumatofonia, algumas vezes uma voz interior, que se faz ouvir no foro íntimo; doutras vezes, é uma voz exterior, clara e distinta, qual a de uma pessoa viva. Os médiuns audientes podem, assim, travar conversação com os Espíritos.
Médiuns falantes – (...) Neles, o Espírito atua sobre os órgãos da palavra, como atua sobre a mão dos médiuns escreventes. Querendo comunicar-se, o Espírito se serve do órgão que se lhe depara mais flexível no médium. A um, toma da mão; a outro, da palavra; a um terceiro, do ouvido. O médium falante geralmente se exprime sem ter consciência do que diz e muitas vezes diz coisas completamente estranhas às suas idéias habituais, aos seus conhecimentos e, até, fora do alcance de sua inteligência. Embora se ache perfeitamente acordado e em estado normal, raramente guarda lembrança do que diz. (...) Nem sempre, porém, é tão completa a passividade do médium falante. Alguns há que têm a intuição do que dizem, no momento mesmo em que pronunciam as palavras.
Médiuns videntes - Os médiuns videntes são dotados da faculdade de ver os Espíritos. Alguns gozam dessa faculdade em estado normal, quando perfeitamente acordados, e conservam lembrança precisa do que viram. Outros só a possuem em estado sonambúlico, ou próximo do sonambulismo. Raro é que esta faculdade se mostre permanente; quase sempre é efeito de uma crise passageira. Na categoria dos médiuns videntes se podem incluir todas as pessoas dotadas de dupla vista. A possibilidade de ver em sonho os Espíritos resulta, sem contestação, de uma espécie de mediunidade, mas não constitui, propriamente falando, o que se chama médium vidente. O médium vidente julga ver com os olhos, como os que são dotados de dupla vista; mas, na realidade, é a alma quem vê e por isso é que eles tanto vêem com os olhos fechados, como com os olhos abertos; donde se conclui que um cego pode ver os Espíritos, do mesmo modo que qualquer outro que tem perfeita a vista. (...)A faculdade consiste na possibilidade, senão permanente, pelo menos muito freqüente de ver qualquer Espírito que se apresente, ainda que seja absolutamente estranho ao vidente. (...) Entre esses médiuns, alguns há que só vêem os Espíritos evocados e cuja descrição podem fazer com exatidão minuciosa. Descrevem-lhes, com as menores particularidades, os gestos, a expressão da fisionomia, os traços do semblante, as vestes e, até, os sentimentos de que parecem animados. Outros há em quem a faculdade da vidência é ainda mais ampla: vêem toda a população espírita ambiente, a se mover em todos os sentidos, cuidando, poder-se-ia dizer, de seus afazeres.
(...)A faculdade de ver os Espíritos pode, sem dúvida, desenvolver-se, mas é uma das de que convém esperar o desenvolvimento natural, sem o provocar, em não se querendo ser joguete da própria imaginação. Quando o gérmen de uma faculdade existe, ela se manifesta de si mesma. Em princípio, devemos contentar-nos com as que Deus nos outorgou, sem procurarmos o impossível, por isso que, pretendendo ter muito, corremos o risco de perder o que possuímos.
Médiuns sonambúlicos - Pode considerar-se o sonambulismo uma variedade da faculdade mediúnica, ou, melhor, são duas ordens de fenômenos que freqüentemente se acham reunidos. O sonâmbulo age sob a influência do seu próprio Espírito; é sua alma que, nos momentos de emancipação, vê, ouve e percebe, fora dos limites dos sentidos. O que ele externa tira-o de si mesmo; suas idéias são, em geral, mais justas do que no estado normal, seus conhecimentos mais dilatados, porque tem livre a alma. Numa palavra, ele vive antecipadamente a vida dos Espíritos. O médium, ao contrário, é instrumento de uma inteligência estranha; é passivo e o que diz não vem de si. Em resumo, o sonâmbulo exprime o seu próprio pensamento, enquanto que o médium exprime o de outrem. Mas, o Espírito que se comunica com um médium comum também o pode fazer com um sonâmbulo; dá-se mesmo que, muitas vezes, o estado de emancipação da alma facilita essa comunicação. Muitos sonâmbulos vêem perfeitamente os Espíritos e os descrevem com tanta precisão, como os médiuns videntes.
Médiuns curadores – (...) Diremos apenas que este gênero de mediunidade consiste, principalmente, no dom que possuem certas pessoas de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer medicação. Dir-se-á, sem dúvida, que isso mais não é do que magnetismo. Evidentemente, o fluido magnético desempenha aí importante papel; porém, quem examina cuidadosamente o fenômeno sem dificuldade reconhece que há mais alguma coisa. (...) Todos os magnetizadores são mais ou menos aptos a curar, desde que saibam conduzir-se convenientemente, ao passo que nos médiuns curadores a faculdade é espontânea e alguns até a possuem sem jamais terem ouvido falar de magnetismo. A intervenção de uma potência oculta, que é o que constitui a mediunidade, se faz manifesta, em certas circunstâncias, sobretudo se considerarmos que a maioria das pessoas que podem, com razão, ser qualificadas de médiuns curadores recorre à prece, que é uma verdadeira evocação.
Médiuns Pneumatógrafos - Dá-se este nome aos médiuns que têm aptidão para obter a escrita direta, o que não é possível a todos os médiuns escreventes. Esta faculdade, até agora, se mostra muito rara. (...)Conforme seja maior ou menor o poder do médium, obtêm-se simples traços, sinais, letras, palavras, frases e mesmo páginas inteiras. Basta de ordinário colocar uma folha de papel dobrada num lugar qualquer, ou indicado pelo Espírito, durante dez minutos, ou um quarto de hora, às vezes mais. A prece e o recolhimento são condições essenciais. (O Livro dos Médiuns. Cap. 14. Itens 160 a 177. Allan Kardec).
Médiuns escreventes e psicográficos - De todos os meios de comunicação, a escrita manual é o mais simples, mais cômodo e, sobretudo, mais completo. (...)Quando atua diretamente sobre a mão, o Espírito lhe dá uma impulsão de todo independente da vontade deste último. Ela se move sem interrupção e sem embargo do médium, enquanto o Espírito tem alguma coisa que dizer, e pára, assim ele acaba. Nesta circunstância, o que caracteriza o fenômeno é que o médium não tem a menor consciência do que escreve. Quando se dá, no caso, a inconsciência absoluta; têm-se os médiuns chamados passivos ou mecânicos. (...)A transmissão do pensamento também se dá por meio do Espírito do médium, ou, melhor, de sua alma, pois que por este nome designamos o Espírito encarnado. O Espírito livre, neste caso, não atua sobre a mão, para fazê-la escrever; não a toma, não a guia. Atua sobre a alma, com a qual se identifica. A alma, sob esse impulso, dirige a mão e esta dirige o lápis. Notemos aqui uma coisa importante: é que o Espírito livre não se substitui à alma, visto que não a pode deslocar.
Domina-a, mau grado seu, e lhe imprime a sua vontade. Em tal circunstância, o papel da alma não é o de inteira passividade; ela recebe o pensamento do Espírito livre e o transmite. Nessa situação, o médium tem consciência do que escreve, embora não exprima o seu próprio pensamento. É o que se chama médium intuitivo. (...)No médium puramente mecânico, o movimento da mão independe da vontade; no médium intuitivo, o movimento é voluntário e facultativo. O médium semimecânico participa de ambos esses gêneros. (O Livro dos Médiuns. Cap. 15. Itens 178 e 179. Allan Kardec).
O médium deve controlar o espírito que se comunica, para que este lhe respeite a instrumentalidade, mesmo porque o espírito não entra no médium. (Vide: O Livro dos Espíritos .Questão 473. Allan Kardec). A comunicação é sempre através do perispírito, que vai oferecer campo ao desencarnado. Todavia, a diretriz é do encarnado. (Diretrizes de segurança. Cap. 6. Divaldo Pereira Franco e J. Raul Teixeira).
Qual a mediunidade mais preciosa para o bom serviço à Doutrina?
Não existe mediunidade mais preciosa uma que a outra. Qualquer uma é campo aberto às mais belas realizações espirituais, sendo justo que o médium, com a tarefa definida se encha de espírito missionário, com dedicação sincera e fraternidade pura, para que o seu mandato não seja traído na improdutividade. (O Consolador. Questão 386. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier).
Acena-nos a antigüidade terrestre com brilhantes manifestações mediúnicas, a repontarem da História.(...) Toda a passagem do Mestre inesquecível, entre os homens, é um cântico de luz e amor, externando-lhe a condição de Medianeiro da Sabedoria Divina. E, continuando-lhe o ministério, os apóstolos que se lhe mantiveram leais converteram-se em médiuns notáveis, no dia de Pentecostes (Atos 2:1-13), quando, associadas as suas forças, por se acharem “todos reunidos”, os emissários espirituais do Senhor, através deles, produziram fenômenos físicos em grande cópia, como sinais luminosos e vozes diretas, inclusive fatos de psicofonia e xenoglossia, em que os ensinamentos do Evangelho foram ditados em várias línguas, simultaneamente, para os israelitas de procedências diversas. Desde então, os eventos mediúnicos para eles se tornaram habituais. Espíritos materializados libertavam-nos da prisão injusta. (Atos 5 :18-20). O magnetismo curativo era vastamente praticado pelo olhar (Atos 3:4-6) e pela imposição das mãos (Atos 9:17) .Espíritos sofredores eram retirados de pobres obsessos, aos quais vampirizavam. (Atos 8-7).Um homem objetivo e teimoso, quanto Saulo de Tarso, desenvolve a clarividência, de um momento para outro, vê o próprio Cristo, às portas de Damasco, e lhe recolhe as instruções (Atos 9:3-7) .E porque Saulo, embora corajoso, experimente enorme abalo moral, Jesus, condoído, procura Ananias, médium clarividente na aludida cidade, e pede-lhe socorro para o companheiro que encetava a tarefa. (Atos 9:10-11). Não somente na casa dos apóstolos em Jerusalém mensageiros espirituais prestam contínua assistência aos semeadores do Evangelho; igualmente no lar dos cristãos, em Antioquia, a mediunidade opera serviços valiosos e incessantes. Dentre os médiuns aí reunidos, um deles, de nome Agabo (Atos 11:28), incorpora um Espírito benfeitor que realiza importante premonição. E nessa mesma igreja, vários instrumentos medianímicos aglutinados favorecem a produção da voz direta, consignando expressiva incumbência a Paulo e Barnabé. (Atos 13:1-4). Em Tróade, o apóstolo da gentilidade recebe a visita de um varão, em Espírito, a pedir-lhe concurso fraterno. (Atos:16:9-10). E, tanto quanto acontece hoje, os médiuns de ontem, apesar de guardarem consigo a Bênção Divina, experimentavam injustiça e perseguição. Quase por toda a parte, padeciam inquéritos e sarcasmos, vilipêndios e tentações. Logo no início das atividades mediúnicas que lhes dizem respeito, vêem-se Pedro e João segregados no cárcere. Estêvão é lapidado. Tiago, o filho de Zebedeu, é morto a golpes de espada. Paulo de Tarso é preso e açoitado várias vezes. (Mecanismos da mediunidade. Mediunidade. Espírito André Luiz. Psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira).
Dever-se-á provocar o desenvolvimento da mediunidade?
Ninguém deverá forçar o desenvolvimento dessa ou daquela faculdade, porque, nesse terreno, toda a espontaneidade é necessária; observando-se, contudo, a floração mediúnica espontânea, nas expressões mais simples, deve-se aceitar o evento com as melhores disposições de trabalho e boa-vontade, seja essa possibilidade psíquica a mais humilde de todas. ( O Consolador. Questão 384. Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier).
O desenvolvimento da mediunidade é proporcional ao desenvolvimento moral do médium?
Não; a faculdade propriamente dita relaciona-se ao organismo; é independente da moral; não acontece o mesmo com o seu uso, que pode ser bom ou mau, conforme as qualidades do médium.
Os médiuns que fazem mau uso de suas faculdades, que não se servem dela para o bem ou que não tiram proveito delas para sua instrução sofrerão as conseqüências disso?
Se as usam mal, serão duplamente punidos, porque lhes é dado um meio a mais para se esclarecerem e não o utilizam convenientemente. Aquele que vê claramente e tropeça é mais censurável do que o cego que cai no fosso. O Livro dos Médiuns. Cap. 20. Item 226. Questões 1 e 3. Allan Kardec).
O exercício da faculdade mediúnica pode ocasionar fadiga?
O exercício muito prolongado de toda e qualquer faculdade ocasiona fadiga; acontece o mesmo com a mediunidade; ela ocasiona necessariamente um gasto de fluido que provoca a fadiga, mas que se repara pelo repouso.
Há inconvenientes em desenvolver a mediunidade nas crianças?
Certamente, e asseguro que é muito perigoso, porque seus organismos frágeis e delicados seriam muito abalados, e sua imaginação jovem, muito excitada. Além disso, os pais prudentemente devem afastá-las dessas idéias ou pelo menos lhes falar apenas do ponto de vista das conseqüências morais. ( O Livro dos Médiuns. Cap. 18. Item 221. Allan Kardec).
É de se compreender que é muito raro que a faculdade de um médium seja rigorosamente restrita a um só gênero; o mesmo médium pode, sem dúvida, ter diversas aptidões, mas sempre há uma que domina, e é a essa que ele deve se aplicar, se for útil. É um erro grave querer forçar de todo modo o desenvolvimento de uma faculdade que não se possui; é preciso desenvolver as que se possua em germe; porém, procurar outras é de início perda de tempo, e em segundo lugar perder talvez, enfraquecer com certeza, as de que se é dotado.
Os médiuns podem perder sua mediunidade?
Isso acontece algumas vezes, qualquer que ela seja; mas pode também ser apenas uma interrupção momentânea que cessa com a causa que a produziu.
Que é o que pode causar o abandono de um médium, por parte dos Espíritos?
O que mais influi para que assim procedam os bons Espíritos é o uso que o médium faz da sua faculdade. Pode mos abandoná-lo, quando dela se serve para coisas frívolas, ou com propósitos ambiciosos; quando se nega a transmitir as nossas palavras, ou os fatos por nós produzidos, aos encarnados que para ele apelam, ou que têm necessidade de ver para se convencerem. Este dom de Deus não é concedido ao médium para seu deleite e, ainda menos, para satisfação de suas ambições, mas para o fim da sua melhora espiritual e para dar a conhecer aos homens a verdade. Se o Espírito verifica que o médium já não corresponde às suas vistas e já não aproveita das instruções nem dos conselhos que lhe dá, afasta-se, em busca de um protegido mais digno. (O Livro dos Médiuns. Cap. 17. Item 220. Questões 1 e 3. Allan Kardec).
Qual a maior necessidade do médium?
A primeira necessidade do médium é evangelizar-se a si mesmo antes de se entregas às grandes tarefas doutrinárias, pois, de outro modo poderá esbarrar sempre com o fantasma do personalismo, em detrimento de sua missão. (O Consolador. Questão 387. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier).
Tabela – Tipos de Mediunidade
Médiuns de Efeitos Físicos |
Médiuns tiptólogos:
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aqueles pela influência dos quais se produzem os ruídos, as pancadas. Variedade muito comum, com ou sem intervenção da vontade.
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Médiuns motores:
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os que produzem o movimento dos corpos inertes. Muito comuns.
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Médiuns de translações e de suspensões:
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os que produzem a translação aérea e a suspensão dos corpos inertes no espaço, sem ponto de apoio. Entre eles há os que podem elevar-se a si mesmos. Mais ou menos raros, conforme a amplitude do fenômeno; muito raros, no último caso.
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Médiuns de efeitos musicais:
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provocam a execução de composições, em certos instrumentos de música, sem contacto com estes. Muito raros.
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Médiuns de aparições:
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os que podem provocar aparições fluídicas ou tangíveis, visíveis para os assistentes. Muito excepcionais.
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Médiuns de transporte:
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os que podem servir de auxiliares aos Espíritos para o transporte de objetos materiais. Variedade dos médiuns motores e de translações. Excepcionais.
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Médiuns noturnos:
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os que só na obscuridade obtêm certos efeitos físicos.
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Médiuns pneumatógrafos:
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os que obtêm a escrita direta. Fenômeno muito raro e, sobretudo, muito fácil de ser imitado pelos trapaceiros.
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Médiuns curadores:
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os que têm o poder de curar ou de aliviar o doente, pela só imposição das mãos, ou pela prece. Esta faculdade não é essencialmente mediúnica; possuem-na todos os verdadeiros crentes, sejam médiuns ou não. As mais das vezes, é apenas uma exaltação do poder magnético, fortalecido, se necessário, pelo concurso de bons Espíritos.”
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Médiuns para efeitos intelectuais |
Médiuns audientes:
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os que ouvem os Espíritos. Muito comuns.
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Médiuns falantes:
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os que falam sob a influência dos Espíritos. Muito comuns.
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Médiuns videntes:
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os que, em estado de vigília, vêem os Espíritos. A visão acidental e fortuita de um Espírito, numa circunstância especial, é muito freqüente; mas, a visão habitual, ou facultativa dos Espíritos, sem distinção, é excepcional.
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Médiuns inspirados:
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aqueles a quem, quase sempre mau grado seu, os Espíritos sugerem idéias, quer relativas aos atos ordinários da vida, quer com relação aos grandes trabalhos da inteligência.
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Médiuns de pressentimentos:
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pessoas que, em dadas circunstâncias, têm uma intuição vaga de coisas vulgares que ocorrerão no futuro.
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Médiuns proféticos:
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variedade dos médiuns inspirados, ou de pressentimentos. Recebem, permitindo-o Deus, com mais precisão do que os médiuns de pressentimentos, a revelação de futuras coisas de interesse geral e são incumbidos de dá-las a conhecer aos homens, para instrução destes.
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Médiuns sonâmbulos:
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os que, em estado de sonambulismo, são assistidos por Espíritos.
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Médiuns extáticos:
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os que, em estado de êxtase, recebem revelações da parte dos Espíritos.
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Médiuns pintores ou desenhistas:
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os que pintam ou desenham sob a influência dos Espíritos. Falamos dos que obtêm trabalhos sérios, visto não se poder dar esse nome a certos médiuns que Espíritos zombeteiros levam a fazer coisas grotescas, que desabonariam o mais atrasado estudante.
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Médiuns músicos: |
os que executam, compõem, ou escrevem músicas, sob a influência dos Espíritos. Há médiuns músicos, mecânicos, semimecânicos, intuitivos e inspirados, como os há para as comunicações literárias.
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Variedade dos médiuns escreventes |
Médiuns escreventes ou psicógrafos:
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os que têm a faculdade de escrever por si mesmos sob a influência dos Espíritos.
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Médiuns escreventes mecânicos:
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aqueles cuja mão recebe um impulso involuntário e que nenhuma consciência têm do que escrevem. Muito raros.
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Médiuns semimecânicos:
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aqueles cuja mão se move involuntariamente, mas que têm, instantaneamente, consciência das palavras ou das frases, à medida que escrevem. São os mais comuns.
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Médiuns intuitivos:
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aqueles com quem os Espíritos se comunicam pelo pensamento e cuja mão é conduzida voluntariamente. Diferem dos médiuns inspirados em que estes últimos não precisam escrever, ao passo que o médium intuitivo escreve o pensamento que lhe é sugerido instantaneamente sobre um assunto determinado e provocado. São muito comuns, mas também muito sujeitos a erro, por não poderem, muitas vezes, discernir o que provém dos Espíritos do que deles próprios emana.
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Médiuns polígrafos:
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aqueles cuja escrita muda com o Espírito que se comunica, ou aptos a reproduzir a escrita que o Espírito tinha em vida. O primeiro caso é muito vulgar; o segundo, o da identidade da escrita, é mais raro.
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Médiuns poliglotas:
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os que têm a faculdade de falar, ou escrever, em línguas que lhes são desconhecidas. Muito raros. |
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Médiuns iletrados:
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os que escrevem, como médiuns, sem saberem ler, nem escrever, no estado ordinário.
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Outros gêneros de mediunidade |
Médiuns versejadores:
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obtêm, mais facilmente do que outros, comunicações em verso. Muito comuns, para maus versos; muito raros, para versos bons.
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Médiuns poéticos:
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sem serem versificadas, as comunicações que recebem têm qualquer coisa de vaporoso, de sentimental; nada que mostre rudeza. São, mais do que os outros, próprios para a expressão de sentimentos ternos e afetuosos. Tudo, nas suas comunicações, é vago; fora inútil pedir-lhes idéias precisas. Muito comuns.
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Médiuns positivos:
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suas comunicações têm, geralmente, um cunho de nitidez e precisão, que muito se presta às minúcias circunstanciadas, aos informes exatos. Muito raros.
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Médiuns literários:
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não apresentam nem o que há de impreciso nos médiuns poéticos, nem o terra-a-terra dos médiuns positivos; porém, dissertam com sagacidade. Têm o estilo correto, elegante e, freqüentemente, de notável eloqüência.
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Médiuns incorretos:
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podem obter excelentes coisas, pensamentos de inatacável moralidade, mas num estilo prolixo, incorreto, sobrecarregado de repetições e de termos impróprios.
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Médiuns historiadores:
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os que revelam aptidão especial para as explanações históricas. Esta faculdade, como todas as demais, independe dos conhecimentos do médium, porquanto não é raro verem-se pessoas sem instrução e até crianças tratar de assuntos que lhes não estão ao alcance. Variedade rara dos médiuns positivos.
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Médiuns científicos: |
não dizemos sábios , porque podem ser muito ignorantes e, apesar disso, se mostram especialmente aptos para comunicações relativas às ciências.
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Médiuns receitistas:
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têm a especialidade de servirem mais facilmente de intérpretes aos Espíritos para as prescrições médicas. Importa não os confundir com os médiuns curadores, visto que absolutamente não fazem mais do que transmitir o pensamento do Espírito, sem exercerem por si mesmos influência alguma. Muito comuns.
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Médiuns religiosos:
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recebem especialmente comunicações de caráter religioso, ou que tratam de questões religiosas,sem embargo de suas crenças, ou hábitos.
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Médiuns filósofos e moralistas:
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as comunicações que recebem têm geralmente por objeto as questões de moral e de alta filosofia. Muito comuns, quanto à moral.
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Médiuns de comunicações triviais e obscenas:
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Estas palavras indicam o gênero de comunicações que alguns médiuns recebem habitualmente e a natureza dos Espíritos que as dão. Quem haja estudado o mundo espírita, em todos os graus da escala, sabe que Espíritos há, cuja perversidade iguala à dos homens mais depravados e que se comprazem em exprimir seus pensamentos nos mais grosseiros termos...
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Médiuns sensitivos ou impressionáveis:* |
chamam-se assim às pessoas suscetíveis de sentir a presença dos Espíritos por uma impressão vaga, por uma espécie de leve roçadura sobre todos os seus membros, sensação que elas não podem explicar. Esta variedade não apresenta caráter bem definido. |
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Médiuns de psicometria: ** |
faculdade de ler impressões e recordações ao contacto de objetos comuns. (...)O pensamento espalha nossas próprias emanações em toda parte a que se projeta. (...)Em simples objetos relegados ao abandono podemos surpreender expressivos traços das pessoas que os retiveram ou dos sucessos de que foram testemunhas, através das vibrações que eles guardam consigo. |
Tabela - Referências bibliográficas:
- O Livro dos Médiuns. Cap. 16. Itens 189, 190, 191, 193. Allan Kardec.
- *O Livro dos Médiuns. Cap. 14. Itens 164. Allan Kardec.
- ** Nos domínios da mediunidade. Cap. 26. Espírito André Luiz. Psicografado por Chico Xavier.
Bibliografia:
- O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 28. Itens 8 e 9. Allan Kardec.
- O Livro dos Médiuns. Cap. 14, itens 159 a 177. Cap. 15, itens 178 e 179. Cap. 17, itens 12, 14 e 200 e 220. Cap. 18, item 221. Allan Kardec.
- O Livro dos Espíritos .Questão 473. Allan Kardec.
- Emmanuel. Cap.11. Mensagem aos médiuns. Psicografado por Chico Xavier.
- Nos domínios da mediunidade. Cap. 1. André Luiz. Psicografado por Chico Xavier.
- O Consolador. Questões 384 , 386 e 387. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier.
- Mecanismos da mediunidade. Mediunidade. Espírito André Luiz. Psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira.
- Espíritos e Médiuns. Cap. 3. Leon Denis.
- Diretrizes de segurança. Cap. 6. Divaldo Pereira Franco e J. Raul Teixeira.
- Evolução para o terceiro milênio. Parte 2. Cap. 4. Item 2. Carlos Toledo Rizzini.
- Mediunidade.Cap. 1. Edgard Armond.
- Bíblia: Atos 2:17 -18; 3:4-6; 2:1-13; 5 :18-20; 8-7; 9:3-7; 9:10-11; 9:17; 11:28; 13:1-4; 16:9-10.