Utilize o conteúdo da aula, designado por "Subsídio para o Evangelizador", para desenvolver palestras espíritas para jovens e adultos.

Aula 17 - O egoísmo e a caridade

Ciclo 1 - História: O Papa-Môscas  -  Atividade: Marcador de página - Sapo.

Ciclo 2 - História: Aprendendo a repartir -  Atividade: ESE - Cap. 11 - 4 - O egoísmo.  

Ciclo 3 - História: Prêmio ao trabalho -  Atividade: LE - L3 - Cap. 12 - Do egoísmo ou/e ESE - Cap.11 - 5. A fé e a caridade.

Mocidade - História: A quem amamos? - Atividade: 2 - Dinâmica de grupo:   Egoísmo x Altruísmo. 

 

Dinâmicas: EgoísmoPensar somente em si mesmo;   A caixa do egoísmo.

Mensagens Espíritas: Egoísmo.

Vídeos: - A conchinha falante - conto espírita infantil (Dica: pesquise no Youtube).

- O Gigante egoísta - historinha infantil (Dica: pesquise no Youtube).

Sugestão de livros infantis: - A conchinha falante. Robson Dias. Vovó Amália. Editora Feb.  

- O Elefante que queria tudo - Um conto sobre egoísmo. Roberto Belli. Editora Todo livro.

 

Leitura da Bíblia: 1Coríntios - Capítulo 10


10.24   Ninguém busque o seu próprio interesse, mas o do próximo.


10.33 Façam como eu, que me esforço para agradar a todos em todas as coisas, não procurando os meus interesses pessoais, mas o interesse do maior número de pessoas, a fim de que sejam salvas. 


 

Mateus - Capítulo 27


27.22   Disse-lhes Pilatos: Que farei, então, de Jesus, chamado Cristo? Disseram-lhe todos: Seja crucificado!


27.23   O governador, porém, disse: Mas que mal fez ele? E eles mais clamavam, dizendo: Seja crucificado!


27.24   Então, Pilatos, vendo que nada aproveitava, antes o tumulto crescia, tomando água, lavou as mãos diante da multidão, dizendo: Estou inocente do sangue deste justo; considerai isso.


27.25   E, respondendo todo o povo, disse: O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos.


27.26   Então, soltou-lhes Barrabás e, tendo mandado açoitar a Jesus, entregou-o para ser crucificado.


 

Tópicos a serem abordados:

- Ser egoísta significa colocar seus interesses, opiniões, desejos, necessidades em primeiro lugar, em detrimento (prejuízo) das demais pessoas com que se relaciona. É um vício do qual os indivíduos só se preocupam com o seu próprio interesse.

- A caridade é um sentimento oposto ao egoísmo, pois o indivíduo pensa primeiramente nos outros antes de pensar em si mesmo (1). Jesus disse: "Ame o próximo como a si mesmo: faça pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós", é a expressão mais completa da caridade.

- Jesus nos deu o exemplo da caridade. Jamais se recusava aquele que lhe procurava, fosse quem fosse; socorria a mulher adúltera (que cometeu traição), como o criminoso; nunca teve medo que a sua reputação sofresse por isso. Já Pôncio Pilatos (prefeito da província de Roma)  é o exemplo do egoísmo, pois mesmo sabendo que Jesus era um homem justo, lavou as suas mãos e disse: Que me importa!  E disse aos judeus:  Este homem é justo, por que o quereis crucificar? Entretanto, deixou que o conduzissem ao suplício (sofrimento).

- O egoísmo nasce do abuso do instinto de conservação, na medida que o Espírito faz as suas escolhas e opta por satisfazer sua vontade além do necessário. Por exemplo, será que aquele que compra várias roupas e sapatos, sendo que boa parte não utiliza e nem ao menos doa, precisa de tudo isto para conservação da sua vida? É o exagero que faz o homem se tornar ruim. Ele não foi criado egoísta, nem orgulhoso por Deus, que o criou simples e ignorante.

-  Existem aqueles que possuem um egoísmo familiar, ou seja, somente ajudam aqueles que fazem parte da sua família (por exemplo: divide o brinquedo somente com o seu irmão ou primo), esquecendo-se de que todos somos irmãos, pois temos um mesmo pai que é Deus.

-   O egoísmo é a fonte de todo mal. Se estudarmos todos os vícios (a vaidade, a ambição, a inveja, o ódio, o ciúme, a mentira etc...) veremos que no fundo de todos está o egoísmo. É a causa geradora de muitos sofrimentos, da mágoa, das brigas, da violência, das guerras.

 - Aquele que age de maneira egoísta enfraquece a sensibilidade no seu coração. Por exemplo, percebe que sua mãe está cansada do trabalho, mesmo assim não faz nada para ajudá-la. Já aquele que possui compaixão (sentimento de piedade pelo sofrimento alheio ; caridade) está sempre disposto a ajudar nos afazeres domésticos e deixa o seu quarto todo arrumado.

- Aqueles que não acreditam em nada (não crêem em Deus e nem numa vida futura), costumam concentrar todos os seus pensamentos, na vida presente. Esta preocupação exclusiva do presente conduz o homem a pensar somente em si mesmo. Ele pensa: ''Aproveitemos enquanto aqui estamos; aproveitemos o mais possível, pois tudo se acaba; aproveitemos depressa, porque não sabemos quanto tempo existiremos''.

- O egoísmo pode ser retirado do coração a medida que as pessoas se esclarecem sobre as coisas espirituais (estudam o evangelho de Jesus) e ligam menos valor às coisas materiais. Portanto, para combater o egoísmo é necessário estudar e colocar em prática os ensinamentos de Jesus.

- Quando a Humanidade se submeter à lei de amor e de caridade, deixará de haver egoísmo. Todos viverão em paz, em união, sem brigas, sem ódios. Reinará a verdadeira fraternidade e a justiça.

- O Espiritismo bem compreendido, que é uma doutrina cristã (de Jesus), transformará os hábitos, os costumes e as relações sociais. 

- O egoísmo é a fonte de todos os vícios, como a caridade é a fonte de todas as virtudes. Destruir um e desenvolver o outro, tal deve ser o objetivo de todos os esforços do homem, se quiser ser mais feliz neste mundo, tanto quanto no futuro.

 

Comentário (1): ESE. Cap. 17. Item 3. A.K.

 

Perguntas para fixação:

1. Qual é o nome do vício que dá origem a todos os outros vícios?

2. Qual é a fonte de todas as virtudes que é contrária ao egoísmo?

3. Qual o significado da palavra egoísmo?

4. O que é a caridade?

5. Cite algumas consequências ruins geradas pelo egoísmo.

6. Como é possível combater o egoísmo?

7. Quem é o maior exemplo de caridade?

8. E quem nos deu o exemplo de egoísmo?

9. Para ser feliz é preciso fazer o quê?

 

Subsídio para o Evangelizador:

            Segundo o dicionário aurélio a palavra ''egoísmo'' significa: Sentimento ou maneira de ser dos indivíduos que só se preocupam com o interesse próprio, com o que lhes diz respeito. (https://www.dicionariodoaurelio.com/Egoismo.html). 

            E o termo ''caridade'' significa o oposto: Amor a Deus e ao próximo; Esmola, favor, benefício: fazer a caridade; Bondade, compaixão. (https://www.dicionariodoaurelio.com/Caridade.html)

            Não é preciso ser versado em psicologia para perceber que a fonte de todos os vícios que caracterizam a imperfeição humana é o egoísmo. Dele dimanam a ambição, o ciúme, a inveja, o ódio, o orgulho e toda sorte de males que infelicitam a Humanidade, pelas mágoas que produzem, pelas dissensões que provocam e pelas perturbações sociais a que dão ensejo (As Leis Morais. Cap. 44. Rodolfo Calligaris).

            Dentre os vícios, qual o que se pode considerar como radical?

            Nós o dissemos muitas vezes: é o egoísmo: dele deriva todo o mal. Estudai todos os vícios e vereis que no fundo de todos está o egoísmo. Por mais que lhes deis combate, não chegareis a extirpá-los, enquanto não atacardes o mal pela raiz, enquanto não lhe houverdes destruído a causa. Tendam, pois, todos os esforços para esse efeito, porquanto aí é que está a verdadeira chaga da sociedade. Quem quiser, desde esta vida, ir aproximando-se da perfeição moral, deve expurgar o seu coração de todo sentimento de egoísmo, visto ser o egoísmo incompatível com a justiça, o amor e a caridade. Ele neutraliza todas as outras qualidades.(Livro dos Espíritos. Questão 913. Allan Kardec).

            Jesus vos deu o exemplo da caridade e Pôncio Pilatos o do egoísmo, pois, quando o primeiro, o Justo, vai percorrer as santas estações do seu martírio, o outro lava as mãos, dizendo: Que me importa! Animou-se a dizer aos judeus: Este homem é justo, por que o quereis crucificar? E, entretanto, deixa que o conduzam ao suplício. ( O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 11. Item 11. Allan Kardec).

            O egoísmo é sempre uma prova de secura do coração; estiola a sensibilidade para os sofrimentos alheios. O homem de coração, ao contrário, sente esse sofrimento e se emociona; é por isto que se sacrifica para os poupar ou os mitigar nos outros, porque gostaria que fizessem o mesmo por ele. Assim, é feliz quando evita uma pena ou um sofrimento a alguém; tendo-se identificado com o mal de seu semelhante, experimenta um alívio real quando não mais existe o mal. Contai com o seu reconhecimento se lhe prestardes serviço; mas do egoísta não espereis senão a ingratidão; o reconhecimento em palavras nada lhe custa, mas em ação o fatigaria e lhe perturbaria o repouso. Só age por outro quando forçado, e jamais espontaneamente; seu apego está na razão do bem que espera das pessoas, e isto algumas vezes mau grado seu ( Revista Espírita. Setembro de 1865. Um Egoísta - Um estudo Espírita moral. Allan Kardec).

            Vemo-lo manifesto neste mundo sob as mais variadas formas, a saber: egoísmo individual, egoísmo familiar, egoísmo de classe, egoísmo de raça, egoísmo nacional, egoísmo sectário.

            Em seu aspecto individual, funda-se num sentimento exagerado de interesse pessoal, no cuidado exclusivo de si mesmo, e no desamor a todos os

outros, inclusive os que habitam o mesmo teto, os quais, não raro, são os primeiros a lhe sofrerem os efeitos.

            O egoísmo familiar consiste no amor aos pais, irmãos, filhos, enfim àqueles que estão ligados pelos laços da consangüinidade, com exclusão dos demais.

            Limitados por esse espírito de família, são muitos, ainda, os que desconhecem que todos somos irmãos (porque filhos de um só Pai celestial), e se furtam a qualquer expressão de solidariedade fora do círculo restrito da própria parentela.

            O egoísmo de classe se faz sentir através dos movimentos reivindicatórios tão em voga em nossos dias. Ora é uma classe profissional que entra em greve, ora é outra que promove dissídio, ou são servidores públicos que pressionam os governos a fim de forçar o atendimento às suas exigências, agindo cada grupo tão somente em função de suas conveniências, sem atentar para o desequilíbrio e os sacrifícios que isso possa custar à coletividade.

            O egoísmo de raça é responsável, também, por uma série de dramas e conflitos dolorosos. Que o digam os pretos, vítimas de cruéis discriminações em várias partes do mundo, assim como os enamorados que, em tão grande número, não puderam tornar-se marido e mulher, consoante os anseios de seus corações, porque os prejuízos raciais de seus familiares falaram mais alto, impedindo a concretização de seus sonhos de felicidade.

            O egoísmo nacional é o que se disfarça ou se esconde sob o rótulo de “patriotismo”. Habitantes de um país, a pretexto de engrandecer sua pátria, invadem outros países, escravizam--lhes as populações, destroem-lhes a nacionalidade, gerando, assim, ódios insopitáveis que, mais dia menos dia, hão-de explodir em novas lutas sanguinolentas.

            O egoísmo sectário é aquele que transforma crentes em fanáticos, a cujos olhos só a sua igreja é verdadeira e salvadora, sendo, todas as outras, fontes de erro e de perdição, fanáticos aos quais se proíbe de ouvir ou ler qualquer coisa que contrarie os dogmas de sua organização religiosa, aos quais se interdita auxiliar instituições de assistência social cujos dirigentes tenham princípios religiosos diversos do seu, e aos quais se inculca ser um dever de consciência defender tamanha estreiteza de sentimentos. Esse tipo de egoísmo é, seguramente, o mais funesto, por se revestir de um fanatismo religioso, obstando que os ingênuos e desprevenidos o reconheçam pelo que é, na realidade. (As Leis Morais. Cap. 44. Rodolfo Calligaris).

            O egoísmo se origina do orgulho. A exaltação da personalidade leva o homem a considerar-se acima dos outros. Julgando-se com direitos superiores, melindra-se com o que quer que, a seu ver, constitua ofensa a seus direitos. A importância que, por orgulho, atribui à sua pessoa, naturalmente o torna egoísta.

            O egoísmo e o orgulho nascem de um sentimento natural: o instinto de conservação (1). Todos os instintos têm sua razão de ser e sua utilidade, porquanto Deus nada pode ter feito de inútil. Ele não criou o mal; o homem é quem o produz, abusando dos dons de Deus, em virtude do seu livre-arbítrio. Contido em justos limites, aquele sentimento é bom em si mesmo. A exageração é o que o torna mau e pernicioso. O mesmo acontece com todas as paixões que o homem freqüentemente desvia do seu objetivo providencial. Ele não foi criado egoísta, nem orgulhoso por Deus, que o criou simples e ignorante; o homem é que se fez egoísta e orgulhoso, exagerando o instinto que Deus lhe outorgou para sua conservação. (Revista Espírita. Julho de 1869. O Egoísmo e o orgulho. Allan Kardec).

            (...) O Instinto se encontra em toda a pujança nos animais e nos seres primitivos mais próximos da animalidade, nos quais ele exclusivamente domina, sem o contrapeso do senso moral, por não ter ainda o ser nascido para a vida intelectual. O instinto se enfraquece, à medida que a inteligência se desenvolve, porque esta domina a matéria. O Espírito tem por destino a vida espiritual, porém, nas primeiras fases da sua existência corpórea, somente a exigências materiais lhe cumpre satisfazer e, para tal, exercício das paixões constitui uma necessidade para o efeito da conservação da espécie e dos indivíduos, materialmente falando. Mas, uma vez saído desse período, outras necessidades se lhe apresentam, a princípio semimorais e semimateriais, depois exclusivamente morais. É então que o Espírito exerce domínio sobre a matéria, sacode-lhe o jugo, avança pela senda providencial que se lhe acha traçada e se aproxima do seu destino final. Se, ao contrário, ele se deixa dominar pela matéria, atrasa-se e se identifica com o bruto. (A Gênese. Cap. 3. Item 10. Allan Kardec).

            Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. Feliz aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento. ( O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 11. Item 8. Allan Kardec). 

            Como conceituar o estado de espírito do homem moderno, que tanto se preocupa com o “estar bem na vida”, “ganhar bem” e “trabalhar para enriquecer”?

            Esse propósito do homem viciado, dos tempos atuais. Constitui forte expressão de ignorância dos valores espirituais na Terra, onde se verifica a inversão de quase todas as conquistas morais.

            Foi esse excesso de inquietação, no mais desenfreado egoísmo, que provocou a crise moral do mundo, em cujos espetáculos sinistros podemos reconhecer que o homem físico, da radiotelefonia e do transatlântico, necessita de mais verdade que dinheiro, de mais luz que de pão. (O Consolador. Questão 68. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier)

            Pela crença em o nada, o homem concentra todos os seus pensamentos, forçosamente, na vida presente. Logicamente não se explicaria a preocupação de um futuro que se não espera. Esta preocupação exclusiva do presente conduz o homem a pensar em si, de preferência a tudo: é, pois, o mais poderoso estimulo ao egoísmo, e o incrédulo é conseqüente quando chega à seguinte conclusão: Gozemos enquanto aqui estamos; gozemos o mais possível, pois que conosco tudo se acaba; gozemos depressa, porque não sabemos quanto tempo existiremos. (O céu e o inferno. 1ª Parte. Cap. 1. Item 2. Allan Kardec).

            Por não saber donde vem, ele se crê mais do que é; e não sabendo para onde vai, concentra na vida terrena todo o seu pensar. (Revista Espírita. Julho de 1869. O Egoísmo e o orgulho. Allan Kardec).

            O egoísmo, estando fundado sobre o sentimento de interesse pessoal, parece bem difícil de ser inteiramente retirado do coração do homem: isso se conseguirá?

            À medida que os homens se esclarecem sobre as coisas espirituais, ligam menos valor às coisas materiais.  Depois, necessário é que se reformem as instituições humanas que o entretêm e excitam. Isso depende da educação. (Livro dos Espíritos. Questão 914. Allan Kardec). 

             O Espiritismo bem compreendido, quando estiver identificado com os costumes e as crenças, transformará os hábitos, os usos e as relações sociais. (O Livro dos Espíritos. Questão 917. Allan Kardec).

            Provando que os Espíritos podem renascer em diferentes condições sociais, quer por expiação, quer por provação, a reencarnação ensina que, naquele a quem tratamos com desdém, pode estar um que foi nosso superior ou nosso igual noutra existência, um amigo ou um parente. Se o soubesse, o que com ele se defronta o trataria com atenções, mas, nesse caso, nenhum mérito teria; por outro lado, se soubesse que o seu amigo atual foi seu inimigo, seu servo ou seu escravo, sem dúvida o repeliria. Ora, não quis Deus que fosse assim, pelo que lançou um véu sobre o passado. Deste modo, o homem é levado a ver em  todos, irmãos seus e seus iguais, donde uma base natural para a fraternidade; sabendo que pode ser tratado como haja tratado os outros, a caridade se lhe torna um dever e uma necessidade fundados na própria Natureza.

            Jesus assentou (aplicou) o princípio da caridade, da igualdade e da fraternidade, fazendo dele uma condição expressa para a salvação (Revista Espírita. Julho de 1869. O Egoísmo e o orgulho. Allan Kardec).

            "Amar o próximo como a si mesmo: fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós", é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro, a tal respeito, que tomar para padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo que para nós desejamos. Com que direito exigiríamos dos nossos semelhantes melhor proceder, mais indulgência, mais benevolência e devotamento para conosco, do que os temos para com eles? A prática dessas máximas tende à destruição do egoísmo. Quando as adotarem para regra de conduta e para base de suas instituições, os homens compreenderão a verdadeira fraternidade e farão que entre eles reinem a paz e a justiça. Não mais haverá ódios, nem dissensões, mas, tão-somente, união, concórdia e benevolência mútua. (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 11. Item4. Allan Kardec).

            O Cristo jamais se escusava (recusava); não repelia aquele que o buscava, fosse quem fosse: socorria assim a mulher adúltera, como o criminoso; nunca temeu que a sua reputação sofresse por isso. Quando o tomareis por modelo de todas as vossas ações? Se na Terra a caridade reinasse, o mau não imperaria nela; fugiria envergonhado; ocultar-se-ia, visto que em toda parte se acharia deslocado. O mal então desapareceria, ficai bem certos. (O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 11. Item 12. Allan Kardec).

            Quando a Humanidade se submeter à lei de amor e de caridade, deixará de haver egoísmo; o fraco e o pacífico já não serão explorados, nem esmagados pelo forte e pelo violento. Tal a condição da Terra, quando, de acordo com a lei do progresso e a promessa de Jesus, se houver tornado mundo ditoso, por efeito do afastamento dos maus.( O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 9. Item 5. Allan Kardec).

            O egoísmo é a fonte de todos os vícios, como a caridade é a fonte de todas as virtudes. Destruir um e desenvolver o outro, tal deve ser o objetivo de todos os esforços do homem, se quer assegurar sua felicidade neste mundo, tanto quanto no futuro. (O Livro dos Espíritos. Questão 917. Allan Kardec).

 

Observação (1): O instinto é a força oculta que solicita os seres orgânicos a atos espontâneos e involuntários, tendo em vista a conservação deles. Nos atos instintivos não há reflexão, nem combinação, nem premeditação (A Gênese . Cap. 3. Item 11. Allan Kardec).

 

Bibliografia:

- Livro dos Espíritos. Questão 913 e 917. Allan Kardec.

- O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 9, item 5. Cap. 11, itens 4 , 8 e 12. Allan Kardec.

- A Gênese. Cap. 3. Item 10. Allan Kardec.

- O céu e o inferno. 1ª Parte. Cap. 1. Item 2. Allan Kardec.

- Revista Espírita. Setembro de 1865. Um Egoísta - Um estudo Espírita moral. Allan Kardec.

- Revista Espírita. Julho de 1869. O Egoísmo e o orgulho. Allan Kardec.

- O Consolador. Questão 68. Espírito Emmanuel. Psicografado por Chico Xavier.

- As Leis Morais. Cap. 44. Rodolfo Calligaris.

-  Sites: https://www.dicionariodoaurelio.com/Egoismo.html

- https://www.dicionariodoaurelio.com/Caridade.html - Data da consulta: 06/08/14.

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